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A relações-públicas Thais Portilho, de 41 anos, mais conhecida como Selkie, convive há 17 com uma saudade latente do Rio. Desde 2007, mora em Londres, onde se casou e teve uma filha. Volta e meia, vem à cidade natal dar uma relaxada. “Afinal, resido na capital da formalidade. Com a distância, passei a sentir falta até do caos carioca”, diz. Não à toa, escolheu o Rio para realizar a primeira incursão no universo da arte digital, do qual é colecionadora. “Durante a pandemia passei a conhecer artistas digitais em todo mundo e a interagir com eles, virtualmente e em eventos na Europa e nos Estados Unidos. É um ambiente muito globalizado. Quis trazê-los para o Rio para eles trocarem experiências com artistas tradicionais e movimentarem a cena da cidade”, conta.
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Essa efervescência estará presente de amanhã, 17, a domingo, 23, na primeira edição da Residência de Arte do Rio. São 15 convidados de fora — 11 americanos, um colombiano, uma argentina, um dominicano e um indonésio — e quatro brasileiros (Ottis, André Dahmer, Daniel Tucci e Mateu Velasco), e agitará dois pontos da cidade: uma casa do século do século XIX, em Santa Teresa, onde os artistas estrangeiros ficarão hospedados e todos criarão em conjunto, e São Conrado.
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Na quinta-feira, os 19 criativos vão grafitar o muro da Praia de São Conrado, das 8h às 17h, na altura do quiosque Voo Livre. A ideia partiu do muralista nova-iorquino Efdot, que tem collabs com marcas como Nike e Apple e ateliê no Brooklyn. “Será a maneira perfeita de mesclar nossas visões de forma vibrante e colaborativa”, diz Edfot. A fotógrafa de Portland (EUA) Rachel ST Wood está empolgada: “Essa chama vai queimar depois da residência. Queremos inspirar os cariocas a expandirem os limites da arte”. No sábado, 22, a casa em Santa Teresa vai sediar uma performance do indonésio Foodmasku — ele cria máscaras com comida. Também no local será aberta a exposição (a partir das 17h30, é preciso agendar a visita em rioartresidency@gmail.com) com trabalhos produzidos durante a residência.
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