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Por Carolina Nalin — Rio de Janeiro

Imagine visitar a Floresta Amazônica sem sair do lugar. De onde estiver, com um óculos de realidade virtual ou um smartphone, uma pessoa pode se embrenhar na mata, navegar pelos rios, conhecer construções ribeirinhas e até experimentar o clima equatorial de intensas chuvas de Manicoré, a 333 quilômetros de Manaus.

Essa é a proposta do ambiente virtual MetAmazonia, um metaverso criado pela Empresa Brasileira de Conservação de Florestas (EBCF) e lançado durante a Gitex Global 2022, em Dubai, uma das maiores feiras de tecnologia do mundo.

A companhia atua há 15 anos no Brasil e se dedica a comprar áreas privadas sob pressão do desmatamento para criar polos de preservação. É ligada ao Amagroup, conglomerado fundado em Miami, nos EUA, que reúne greentechs e fintechs, startups verdes e financeiras voltadas para o combate ao desmatamento e à pobreza com a promoção do desenvolvimento sustentável.

O modelo de negócio da EBCF conta com diferentes fontes de receita, como venda de créditos de carbono, ecoturismo, pesquisa científica e manejo sustentável de produtos não madeireiros. No espaço 3D, desenvolvido pelo estúdio Zoan e projetado pelo motor gráfico de jogos Unreal Engine, é possível conhecer o terreno de 20 mil hectares da EBCF no interior do Amazonas e mais 15 comunidades no entorno.

O ambiente digital que concilia os mundos virtual e físico foi construído com a combinação de dados compilados pela EBCF ao longo dos anos e incluem imagens de satélite, de drones e sistemas sensoriais telemétricos.

Apesar de seu caráter virtual, o MetAmazonia não foi feito para funcionar como refúgio intocável para admiradores da Floresta Amazônica e nem para a EBCF se isentar dos desafios reais da região. Segundo Leonardo Barrionuevo, CEO da EBCF, o espaço virtual serve para dar mais transparência às ações já desenvolvidas na floresta.

O metaverso vai ser financiado por NFTs (tokens não-fungíveis) que serão vendidas para ampliar a captação de recursos para os projetos de preservação da biodiversidade na Amazônia. Os valores vão de US$ 20 (R$ 105) para pessoas físicas até um valor mais vultoso para grandes investidores.

A expectativa é captar entre US$ 150 milhões e 200 milhões nos próximos anos. Quem investir poderá acompanhar pela plataforma a evolução das ações no espaço real. Já está no ar em https://www.metamazonia.io/.

— Esperamos que, com esse tipo de imersão e engajamento, consigamos proteger mais áreas e atender mais comunidades — diz Barrionuevo.

A EBCF já implementou 20 projetos nas áreas de educação, saúde, geração de renda, infraestrutura, empoderamento feminino, tecnologia e pesquisa científica na Amazônia. Entre as iniciativas estão projetos de capacitação para extrativistas da comunidade Jatuarana e um inventário da fauna e flora local, por exemplo.

Os projetos seguem padrões ESG (ambiental, social e de governança), e objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU, aponta o executivo. Segundo ele, empresas investidoras poderão comprar blocos do terreno virtual e realizar algumas modificações no espaço digital:

— Uma empresa pode criar uma eco store, um showroom integrado à natureza nesse terreno, para expor seus produtos com base em ingredientes locais. Além disso, pode realizar uma conferência de fim de ano da empresa para que os colaboradores conheçam a floresta, por exemplo. São muitas possibilidades.

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