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Por Bloomberg — Nova York

Faltam poucos dias para o maior evento do ano da Apple. Nesta quarta-feira, dia 7, em uma apresentação batizada de “Far Out”, a empresa deve apresentar a linha iPhone 14, uma nova lista de smartwatches e novos AirPods.

No ano passado, o iPhone 13 foi visto como uma atualização do iPhone 12. Ele introduziu algumas melhorias na câmera e adicionou o ProMotion à versão Pro, mas não foi um desvio muito significativo do modelo anterior.

Na época, esperava-se que o iPhone 14 trouxesse mudanças mais significativas. Mas, ao que tudo indica, pelo segundo ano consecutivo, elas serão mais modestas do que alucinantes.

O dispositivo continuará a vir em quatro variações: dois modelos Pro e duas versões padrão. Mas não haverá iPhone 14 mini para suceder o iPhone 13 mini.

Em vez disso, a Apple está se concentrando em dispositivos grandes. Está planejado um iPhone 14 de 6,1 polegadas, um iPhone 14 Plus de 6,7 polegadas, um iPhone 14 Pro de 6,1 polegadas e um iPhone 14 Pro Max de 6,7 polegadas.

Os produtos de luxo da empresa devem gerar mais fogos de artifício no lançamento de quarta-feira, como o novo Apple Watch de última geração e os fones de ouvido AirPods Pro atualizados.

Os modelos normais do iPhone 14 receberão algumas mudanças no hardware da câmera, mas as atualizações mais significativas serão reservadas para a linha Pro – e isso pode ser o grande tema do evento.

Ao contrário do modelo padrão, o iPhone 14 Pro está pronto para receber um chip A16 mais rápido, uma tela sempre ativa e um sistema de câmera grande angular traseira de 48 megapixels.

Mudanças de design

Espera-se que o iPhone 14 Pro receba algumas mudanças de design - a mais significativa sendo uma área de entalhe renovada para a câmera e os sensores de Face ID. Isso marcará o segundo ano consecutivo em que a Apple reduz o tamanho do entalhe, embora a mudança do ano passado não tenha trazido uma melhoria funcional de fato.

Câmeras traseiras do iPhone 13 Pro — Foto: SeongJoon Cho/Bloomberg
Câmeras traseiras do iPhone 13 Pro — Foto: SeongJoon Cho/Bloomberg

O novo entalhe será composto por recortes de hardware para a câmera frontal (com foco automático pela primeira vez) e sensores de reconhecimento facial aprimorados. Quando o dispositivo estiver em uso, o entalhe parecerá um único orifício em forma de cápsula.

Além do entalhe, os modelos do iPhone 14 Pro devem parecer um pouco maiores no geral e incluir molduras mais finas. Eles terão baterias maiores também.

Há também uma área de câmera significativamente maior na parte traseira do iPhone 14 Pro e Pro Max para o novo sistema grande angular de 48 megapixels e sensores aprimorados de telefoto e ultra grande angular. Espera-se melhorias para gravação de vídeo e fotografia com pouca luz também.

E a Apple dará um impulso maior ao eSIM desta vez, com as operadoras se preparando para direcionar os usuários para os cartões SIM digitais embutidos em vez dos físicos. Na verdade, a Apple considerou remover completamente o slot físico do cartão SIM a partir deste ano ou no próximo para alguns modelos.

AirPods em exibição em uma loja da Apple — Foto: Hollie Adams/Bloomberg
AirPods em exibição em uma loja da Apple — Foto: Hollie Adams/Bloomberg

A expectativa é que os novos iPhones sejam colocados à venda no dia 16 deste mês, cerca de uma semana antes do normal, o que deve dar à Apple mais alguns dias de receita para o trimestre encerrado em setembro.

Dada a difícil comparação com o ano passado, quando a empresa viu um salto significativo nas vendas induzidas pela pandemia de Covid, a Apple poderia usar os poucos bilhões de dólares extras para diminuir as preocupações dos investidores sobre a desaceleração do crescimento.

Receita proveniente dos iPhones

No papel, a Apple obtém cerca de 50% de sua receita com o iPhone, mas a porcentagem real é muito maior. Esse número de 50% representa o dinheiro ganho com a venda de unidades reais do iPhone, ignorando o impacto do dispositivo em outros produtos. Os AirPods e o Apple Watch só funcionam bem para proprietários de iPhone, e um novo telefone pode estimular os compradores a comprar acessórios adicionais.

Os AirPods e o Apple Watch são os de melhor desempenho na categoria Wearables, Home and Accessories da empresa, que gera cerca de 10% de sua receita (a Apple TV e o HomePod estão no mesmo segmento, mas as atualizações para esses produtos só chegarão até mais tarde. ).

É provavelmente por isso que a Apple está lançando atualizações para o iPhone e seus dois principais acessórios simultaneamente. O novo AirPods Pro atualizará um modelo que foi colocado à venda pela primeira vez em outubro de 2019.

O novo produto mais significativo será o primeiro Apple Watch Pro da empresa. Ele foi projetado para seguir diretamente os relógios robustos e sofisticados da Garmin Ltd. _ uma linha destinada a atletas, como praticantes mountain bikes, caminhadas e maratonistas.

Enquanto a Apple detinha cerca de 36% do mercado de smartwatch no segundo trimestre, de acordo com a Counterpoint Research, aqui está uma estatística que você pode achar surpreendente: embora a Apple seja conhecida por preços premium, a Garmin é líder em participação de mercado para modelos que custam cerca de US$ 500. Com o Apple Watch Pro, isso pode mudar.

O novo produto mais significativo será o primeiro Apple Watch Pro da empresa — Foto: Divulgação/Apple
O novo produto mais significativo será o primeiro Apple Watch Pro da empresa — Foto: Divulgação/Apple

O novo Apple Watch de última geração terá uma tela visivelmente maior, para que os usuários possam visualizar mostradores de relógio redesenhados e mais estatísticas de rastreamento de condicionamento físico e saúde ao mesmo tempo. Também terá uma bateria maior, juntamente com um modo de baixo consumo de energia e uma caixa de titânio resistente. Além disso, apresenta um design totalmente novo que renova o padrão introduzido pela primeira vez com a Série 4 em 2018.

Apple Watch Pro: modelo maior

Comenta-se que o Apple Watch Pro será bem grande e provavelmente não atrairá todos os consumidores, pois será maior que a maioria dos pulsos. Devido ao tamanho maior, as pulseiras mais antigas do Apple Watch podem não parecer alinhadas com o novo dispositivo, mas o novo gabinete foi projetado para que as pulseiras existentes ainda funcionem.

Assim como a introdução dos iPhones Pro em 2019, o lançamento de uma linha Apple Watch Pro permitirá que a empresa reserve seus novos recursos mais significativos para um dispositivo mais caro que pode gerar mais receita. Dados os novos recursos, o preço deve chegar a pelo menos US$ 900 a US$ 1.000, superando o atual Apple Watch Edition. Para termos de comparação, os relógios sofisticados da Garmin custam entre US$ 1.000 e US$ 1.500. Amazfit também compete nesta categoria, embora geralmente a preços mais baixos.

Os outros dois Apple Watches a serem lançados na quarta-feira não serão reformulados de forma significativa. Está chegando um novo Apple Watch SE que se parecerá com o modelo atual de 2020, mas verá seu chip atualizado do S5 para um S8. Esse processador também será incluído nos modelos padrão e Pro da Série 8.

As principais atualizações da série 8 serão um novo sensor de temperatura corporal e recursos de saúde da mulher relacionados à fertilidade (esses recursos também estão chegando ao modelo robusto). Isso aumentará os recursos de saúde existentes do dispositivo, incluindo as funções de eletrocardiograma, saturação (nível de oxigênio no sangue) e frequência cardíaca.

Enquanto alguns observadores da Apple pediram que a empresa diversificasse além do iPhone, a empresa continua a focar no iPhone. Ela busca gerar mais receita com produtos vinculados ao dispositivo, enquanto reserva seus maiores aprimoramentos para seus modelos mais sofisticados e lucrativos.

O 7 de setembro não será o fim dos lançamentos de produtos Pro da Apple: continuará com o lançamento do iPad Pros e Macs de última geração em outubro.

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