Economia
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Por — Rio

Relatório anual da Oxfam Internacional, ONG de combate à pobreza, indica que serão necessários 230 anos para acabar com a pobreza, mas o primeiro trilionário do mundo deve ser conhecido em dez anos. Segundo o documento, uma imensa concentração do poder das grandes empresas e monopólios em nível global está exacerbando a desigualdade em toda a economia.

O relatório que se baseia em dados compilados pela Forbes e foi divulgado no início da reunião do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.

Sete de cada dez das maiores empresas do mundo têm bilionários como CEOs ou principais acionistas. "Ao pressionar os trabalhadores, evitar o pagamento de impostos, privatizar o Estado e contribuir para o colapso climático, essas empresas estão impulsionando a desigualdade e agindo a serviço da entrega de cada vez mais patrimônio a seus donos, já ricos", diz o texto.

Para acabar com a desigualdade extrema, destaca, os governos terão que redistribuir de forma radical o poder dos bilionários e das grandes empresas às pessoas comuns.

De acordo com o relatório, desde 2020, os cinco homens mais ricos do mundo viram suas fortunas mais do que duplicar (Elon Musk, Jeff Bezos, Bernard Arnault, Larry Ellison e Warren Buffett), enquanto o patrimônio de quase cinco bilhões de pessoas diminuiu, enquanto enfrentam a alta da inflação, a guerra e a crise climática.

Se cada um dos mais ricos do mundo gastassem um US$ 1 milhão por dia, eles levariam 476 anos para esgotar todo o seu patrimônio combinado.

A Oxfam mostra ainda que, em termos globais, os homens possuem US$ 105 trilhões a mais do que as mulheres, e essa diferença equivale a mais de quatro vezes a economia dos Estados Unidos. O 1% mais rico do mundo possui 43% de todos os ativos financeiros globais.

Nos Estados Unidos, o patrimônio de uma família negra comum é apenas 15,8% do patrimônio de uma família branca comum. No Brasil, em média, a renda dos brancos está mais de 70% acima da renda da população negra.

Apenas 0,4% das mais de 1.600 maiores e mais influentes empresas do mundo estão comprometidas publicamente com o pagamento de salários dignos a seus trabalhadores e apoiam isso em suas cadeias de valor.

Entre as medidas para interromper o ciclo de acúmulo de riqueza, está a reestruturação dos mercados, regulação de empresas, tributação de corporações e super-ricos, além do fortalecimento de investimentos em bens e serviços públicos. ...

Poder corporativo

O relatório avalia que as cerca de 148 maiores empresas do mundo obtiveram quase US$ 1,8 trilhão em lucros nos 12 meses encerrados em junho de 2023. Isso é 52,5% maior do que a média entre 2018 e 2021, o que vem ajudando a alimentar as fortunas dos super ricos, ao mesmo tempo em que milhões de trabalhadores enfrentam uma inflação em alta e menor poder aquisitivo.

A Oxfam chama a atenção para o setor de petróleo e gás, as empresas farmacêuticas e o setor financeiro por terem obtido lucros maiores nos últimos dois anos do que a média dos anos anteriores.

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