Economia
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Por Manoel Ventura e Henrique Gomes Batista — Brasília

O ex-presidente do Banco Central Ilan Goldfajn se desvinculou do Fundo Monetário Internacional (FMI) para concorrer ao cargo de presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) como indicado do Brasil. A candidatura foi oficializada nesta segunda-feira. Se aprovado, Goldfajn será o primeiro brasileiro no comando da instituição, que financia projetos na América Latina.

Em nota pública, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirma que o candidato concilia ampla e bem-sucedida experiência profissional no setor público, em organismos multilaterais e no setor privado, além de sólida formação acadêmica, que o qualificam para o exercício do cargo de presidente da instituição.

O prazo para candidatura ao cargo de presidente do BID se encerra em 11 de novembro de 2022 e a eleição está marcada para o dia 20 de novembro de 2022.

Goldfajn encaminhou um e-mail interno ao FMI, nesta segunda-feira, ao qual o GLOBO teve acesso, em que afirma ter aceito ser indicado pelas autoridades brasileiras para concorrer à presidência do BID.

Licença sem remuneração

“Nesse ínterim e enquanto o processo estiver em andamento, renunciarei às minhas responsabilidades no FMI e entrarei imediatamente em licença sem remuneração até o dia das eleições do BID em 20 de novembro de 2022, para evitar conflito de interesses real ou percebido”, diz o e-mail.

Atualmente, ele ocupa o cargo de diretor de Hemisfério Ocidental no FMI. O governo brasileiro esperava apenas a descompatibilização de Goldfajn junto ao FMI para indicá-lo ao BID.

Na nota pública, Guedes afirma que o Brasil está comprometido com os princípios da boa governança necessários para a condução profissional e eficiente do BID e com a atuação do banco no processo de integração regional, impulsionando o desenvolvimento de infraestrutura verde de transportes, energia e telecomunicações, entre os países membros da Instituição.

"O Ministério da Economia, apoiado pelo Ministério das Relações Exteriores, fará gestões para que o Brasil, que é o segundo maior acionista do Banco, assuma a Presidência do BID pela primeira vez desde a sua criação", afirma a nota.

O ministro Paulo Guedes já se queixou de entrevistas dadas por Goldfajn em que ele criticou o governo brasileiro. Também reclamou quando o FMI divulgou previsões muito pessimistas para a economia brasileira, em descompasso com as estimativas do mercado. A indicação de Goldfajn para o cargo, porém, é vista como técnica, sem qualquer conotação política. Guedes escolheu um nome bem visto pelos países, com reconhecido conhecimento técnico e que não desperta polêmicas.

O nome de Goldfajn surgiu há duas semanas, quando o ministro da Economia, Paulo Guedes, apresentou o nome à secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen.

Guedes foi à capital americana participar dos encontros anuais do FMI e do Banco Mundial, e aproveitou a viagem para tentar angariar apoio a um nome brasileiro na chefia do BID — ele tratou do assunto também com os ministros das finanças do Chile, da Argentina e da Colômbia.

Presidente do Banco Central entre 2016 e 2019, indicado no governo Michel Temer (MDB), Goldfajn foi também economista-chefe e sócio do Itaú. Em 2021, foi nomeado diretor do Departamento de Hemisfério Ocidental do FMI.

A vaga da presidência do BID está aberta desde que Mauricio Claver-Carone, o último eleito ao cargo, foi deposto em setembro antes de concluir seu mandato de cinco anos após ser acusado de envolvimento amoroso com uma subordinada.

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