Economia
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Por Bloomberg — Nova York

Uma investigação dos EUA sobre mensagens de texto não autorizadas em Wall Street está forçando muitos dos maiores bancos do mundo a criar uma nova função de compliance: o fiscal de WhatsApp.

Quando reguladores americanos puniram 11 bancos de Wall Street, na terça-feira, por não impedirem funcionários de usar plataformas de mensagens não autorizadas, os investigadores pararam um momento para descrever alguns dos piores infratores – incluindo chefes de mesas de operações, equipes de negociação e executivos com responsabilidades nacionais e globais.

Em alguns casos, os gerentes chegaram a enviar mensagens de texto para os funcionários encarregados de garantir que os bancos cumprissem a lei.

Então, como parte da solução -- além de mais de US$ 2 bilhões em multas aplicadas até agora -- uma lista de empresas, incluindo Bank of America, Citigroup, Goldman Sachs e Morgan Stanley, prometeram, cada uma, contratar um consultor de compliance para analisar como eles monitoram e arquivam quaisquer comunicações relacionadas ao trabalho, inclusive nos telefones celulares dos funcionários ou em outros dispositivos pessoais.

A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, em inglês) destacou falhas anteriores na supervisão, descrevendo pelo menos alguns gerentes seniores de cada empresa que trocavam mensagens de texto desenfreadas com colegas e clientes.

A agência disse anteriormente que está particularmente frustrada com os executivos, que deveriam ajudar a fazer as regras serem cumpridas, mas, ao invés disso, as quebraram.

Conselho de chefe

No Bank of America, que mais pagou multas na terça-feira, um chefe de uma mesa de operações disse a brokers de outras empresas para deletarem mensagens que trocaram em dispositivos pessoais e mudar para o Signal, que é criptografado, de acordo com a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities. O executivo renunciou este ano.

A decisão da SEC de convocar os executivos - com base em uma amostra de mensagens que os bancos foram solicitados a coletar para a investigação - pode aumentar a pressão sobre as empresas para garantir que certos gerentes sejam responsabilizados.

O JPMorgan, primeiro banco a encerrar a investigação no ano passado, demitiu alguns executivos por causa das investigações e puniu muitos outros, por vezes reduzindo seus bônus.

As autoridades não nomearam ninguém nos inquéritos. Uma pessoa próxima a um dos maiores bancos disse que os investigadores não especificaram necessariamente às empresas quais funcionários foram descritos.

Dois executivos próximos aos bancos disseram que algumas das pessoas descritas como empregadas não estão mais lá e que as pessoas que saíram não necessariamente se foram por causa da investigação.

Uma porta-voz do Citigroup disse, em comunicado, que o banco está satisfeito por ter o caso resolvido.

Já um porta-voz do Deutsche Bank disse em comunicado: “implantamos proativamente plataformas de texto e de conversa totalmente compatíveis e convenientes e continuaremos a escalar essas tecnologias para atender às expectativas de nossos reguladores e clientes”.

Representantes de outros bancos preferiram não comentar ou não responderam imediatamente às mensagens pedindo comentários da Bloomberg.

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