No dia em que fez o pedido de recuperação judicial, a Americanas informou ter em caixa apenas R$ 250 milhões disponíveis. É um valor menor que os R$ 800 milhões na última quarta-feira. O recuo se refere aos bloqueios feitos pelos bancos nos últimos dias.
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Na petição, a varejista destacou que o valor foi reduzido por conta dos bloqueios feitos pelos bancos, como BTG, Bradesco, Safra, Itaú e Votorantim. A varejista pediu também à Justiça que os valores sejam desbloqueados.
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A empresa classifica a situação como "periclitante" permitindo que a manutenção dos negócios do "seja impossível sem a proteção da recuperação judicial".
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Assim, segundo a empresa, com os bloqueios, a situação de caixa da companhia "que já era sensível, foi drasticamente afetada".
Em uma das petições, a Americanas diz que "de forma ilícita, arbitrária e ilegítima, o Safra, o Bradesco e o Itaú também promoveram resgates e bloqueios indevidos no caixa do Grupo Americanas".
Ou seja, dos R$ 800 milhões que ainda restavam no caixa, o Banco Safra bloqueou quase R$ 100 milhões, o Bradesco cerca de R$ 474 milhões e o Banco Itaú quase R$ 50 milhões. "Restam, hoje, no caixa, livre para pagamento de obrigações, apenas R$ 250 milhões, aproximadamente".
Em outro trecho, a companhia diz que sem esses recursos corre o risco de fechar as portas. "As lojas do Grupo Americanas, portanto, correm o risco concreto de fechar as portas, considerando a ausência de capital mínimo para a manutenção da atividade empresarial".