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Por Thomaz Rocha — Rio de Janeiro

Quem vê Débora Falabella no ar na novela das nove, “Terra e paixão”, e postando diariamente vídeos no TikTok, rede social em que tem 300 mil seguidores, não imagina que a atriz já pensou em desistir da profissão por conta da grande exposição. Isso aconteceu antes mesmo do fenômeno “Avenida Brasil” (2012), trama que mobilizou o país.

— Sempre fui muito fechada. Me assustei com a invasão de privacidade e comecei a questionar minha carreira. Ficava pesando os prós e os contras. Talvez tenha ficado descrente, por causa da exposição grande. Eu tinha muitas questões como “será que vou para sempre estar com a minha cara num veículo fazendo com que as pessoas na rua me reconheçam?”. Isso em algum momento me incomodou — diz a artista. — É muito absurdo você sair na rua e as pessoas te reconhecerem. Não consigo me acostumar com isso, acho esquisito. Teve uma época em que eu dei uma uma panicada, mas não desisti, né? Continuei. Entendi que a profissão não era só isso, mas dei uma apavorada, sim. Entendo totalmente atrizes que desistiram da profissão, como Lídia Brondi e Ana Paulo Arósio. Elas largaram no auge. Não é fácil lidar com uma exposição de vida.

Hoje, conta Débora, sua grande dificuldade em rede social é poder falar só sobre trabalho. A atriz criou recentemente um perfil no TikTok em que posta todo dia vídeos das gravações de “Terra e paixão” e curiosidades sobre a profissão.

— Achava que nunca fosse entrar no TikTok. Foi interessante porque consigo falar do meu trabalho lá. Consigo fazer meu próprio veículo de comunicação, então a gente acaba resolvendo a nossa maneira de se divulgar — argumenta.

Com pai publicitário, Débora entrou na faculdade de Publicidade e Propaganda, fez estágio, mas não chegou a concluir. Ela entendeu que as artes cênicas eram realmente sua paixão, mas se arrepende dessa escolha como formação universitária. E avalia fazer outra faculdade.

— Não tenho a menor conexão com a publicidade, mas tenho vontade ainda de estudar Letras. É tão amplo, né? Nessa área você tem a possibilidade de aprender tantas coisas bacanas para a vida de artista. Já pensei em fazer faculdade de Cinema também. Se eu pudesse voltar atrás, eu não teria feito Artes Cênicas de jeito nenhum. Acho que como um curso é interessante, mas não é tão prático — diz.

Sem expor

Sem firmeza na faculdade, mas convicta de sua profissão, Débora acredita que faz de seu ofício um alto-falante para abordar temas importantes. Sua personagem atual, Lucinda, por exemplo, é vítima de violência doméstica.

— O objetivo dessa história é mostrar como muitas têm dificuldade para sair do relacionamento abusivo — avalia Débora, que também já viveu relacionamentos nocivos. — Em momentos da minha vida já passei por isso, em algumas relações, nas formas de se separar ou não, mas acho que tem coisas... É melhor olhar para a frente. Não gosto de ficar cavucando e vendo se alguma relação foi abusiva para expor algo.

Sobre adultério, ela diz que alertaria uma amiga, caso fosse testemunha, mas pondera sobre a necessidade de não ser leviana e de respeitar diferentes acordos em relacionamentos.

— Se eu vir um cara sacaneando minha amiga, se vir ela sofrer por um sujeito escroto, vou falar — diz. — Mas também existem tipos de combinados entre os casais, e aí temos que respeitar aquele pacto, né? Busco não sair julgando uma situação antes de saber exatamente do que se trata.

Este ano, Débora esteve no cinema em “Bem-vinda, Violeta!”, como uma escritora que busca inspirações na Cordilheira dos Andes para seu livro, lidando com as energias do Universo. Por sua vez, apesar de ter formação católica, a atriz se dedica, na prática espiritual, ao zen-budismo e à meditação. E vem se questionando se não poderia estar mais ligada à religiosidade.

— Me pergunto se eu não viveria melhor com minhas angústias se não tivesse uma devoção maior na religião — questiona. — Está muito difícil viver neste mundo sem uma crença, sem um antidepressivo ou sem um remédio para a ansiedade.

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