Cultura

Paulinha Abelha: médicos suspendem 'drogas para a manutenção da vida'; entenda o uso desses remédios

Estado de saúde da cantora do Calcinha Preta, que segue na UTI e ainda passa por diálise para eliminar substâncias tóxicas do corpo, é considerado estável, 'sem intercorrências'
A cantora participou de gravações de sucesso da banda Calcinha Preta, como "Louca por ti", "Ainda te amo", "Baby doll" e "Liga pra mim". Foto: Reprodução Instagram
A cantora participou de gravações de sucesso da banda Calcinha Preta, como "Louca por ti", "Ainda te amo", "Baby doll" e "Liga pra mim". Foto: Reprodução Instagram

Internada desde o dia 11 de fevereiro, Paulinha Abelha , vocalista da banda de forró Calcinha Preta, parou de usar "drogas para a manutenção da vida". A informação consta do último boletim médico liberado pela equipe do Hospital Primavera, em Aracaju, para onde ela foi transferida na noite da última quinta-feira (17). A nota afirma ainda que ela ainda "recebe terapia renal substitutiva, sem intercorrências", o que significa que a cantora ainda faz diálise, procedimento que consiste em remover as substâncias tóxicas que ficam retidas no organismo quando os rins deixam de funcionar adequadamente. De uma maneira muito simplificada seria a filtragem do sangue com o uso de equipamentos.

'Menos inchada e linda como sempre': Vocalista do Calcinha Preta conta visita a Paulinha Abelha

Familiares e amigos de Paulinha manifestaram alívio com as novas notícias nas redes sociais, mas mantiveram os pedidos de orações por sua recuperação.

Perfil: Quem é Paulinha Abelha, cantora de forró que está em coma por problemas renais em Sergipe

Mas o que seriam "drogas para a manutenção da vida"? Segundo especialistas são remédios usados para manter estáveis pacientes que estão internados na UTI com o auxílio de ventilação mecânica. Esse é o caso da cantora, que entrou em coma e passou a respirar com a ajuda de aparelhos na última sexta-feira (18). Consistem em sedativos, anestésicos e bloqueadores neuromusculares. A seguir, entenda como é feito o uso desses medicamentos em uma UTI.

Evolução da doença: Passo a passo do quadro de saúde de Paulinha Abelha

Anestésico local: Lidocaína (2%) sem vasoconstritor. Utilizado no primeiro atendimento do paciente, quando ele apresenta insuficiência respiratória.

Ansiolítico: Diazepam. Serve para sedação e para evitar crise convulsiva.

Bloqueadores neuromusculares: Besilato de atracúrio, besilato de cisatracúrio e brometo de rocurônio. São importantes para intubar o paciente e para manter a intubação, já que neutralizam os movimentos respiratórios.

Fármaco antídoto: Cloridrato de naloxona. Diminui os efeitos colaterais de outros medicamentos, como os opioides (que aliviam a dor). Uma dose grande de opioide pode diminuir o batimento cardíaco do paciente e a respiração.

Fármaco para controle de delírio: Haloperidol. Controla delírios do paciente. O problema, que pode ocorrer por intoxicação medicamentosa, deve ser evitado pois pode fazer com que a pessoa apresente convulsões.

Fármaco para sedação contínua: Cloridrato de midazolam, propofol, e cloridrato de cetamina. São calmantes que agem no controle de irritabilidade, nervosismo ou excitação.

Fármaco para analgesia: Cloridrato de dextrocetamina, citrato de fentanila e sulfato de morfina. Aliviam dores e são também usados nos cuidados cuidados paliativos em pacientes que apresentam baixa capacidade de recuperação.

Fármacos vasoativos: Sulfato de atropina, hermitartarato de epinefrina, hermitartarato de norepinefrina. Ajudam no controle do coração e na circulação pulmonar de pacientes intubados. Também são usados em casos de parada cardiorrespiratória.

Sedativo: Etomidato. Usado no primeiro atendimento do paciente, quando há insuficiência respiratória.

O boletim médico anterior a esse dizia: "O Hospital Primavera informa que a paciente Paula Menezes Leca Viana foi admitida nesse hospital no dia de ontem, 17 de fevereiro, em uma Unidade de Terapia Intensiva devido quadro de coma em investigação. No momento, encontra-se clinicamente estável, quadro infeccioso controlando e respirando com suporte de aparelhos". Esse é o texto do novo boletim médico divulgado pelo hospital para onde a cantora Paulinha Abelha, internada em coma por problemas renais, foi transferida na noite de quinta-feira. A contora foi internada no dia 11 de fevereiro com complicações renais.