Cultura
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Por — São Paulo

Em agosto, Chico Buarque publica seu oitavo romance, “Bambino a Roma”, autoficção inspirada em sua infância na Itália. Quem não se aguentar de ansiedade, pode esperar o lançamento lendo alguns livros dedicados ao cantor que acabam de chegar às livrarias. Os 80 anos de Chico, que serão comemorados na próxima quarta-feira, 19 de junho, estão movimentando o mercado editorial.

Quem quiser saber o que aconteceu com Chico depois de sua meninice em Roma pode ler a biografia “Trocando em miúdos”, de Tom Cardoso. Prefere recordar os embates do compositor com a ditadura militar? Procure “O que não tem censura nem nunca terá”, de Márcio Pinheiro. Gostaria de entender melhor por que ele é um dos maiores artistas e intérpretes do Brasil? Então, invista em “Chico Buarque em 80 canções”.

Confira abaixo mais detalhes sobre cada um desses lançamentos:

“Trocando em miúdos: seis vezes Chico”

Autor: Tom Cardoso. Editora: Record. Páginas: 280. Preço: R$ 79,90.

Política, literatura, fama, polêmicas, censura e futebol. Esses são os temas que guiam a biografia “Trocando em miúdos: seis vezes Chico”, que Tom Cardoso (que também já esmiuçou as vidas de Caetano Veloso e Nara Leão) acaba de lançar. Em vez de seguir uma cronologia tradicional, o autor estrutura o livro em seis eixos que, juntos, perfazem um retrato múltiplo de Francisco Buarque de Hollanda. Em menos de 300 páginas, Cardoso acentua o perfil polímata do filho de Sérgio Buarque de Holanda, que abraçou não só a música, mas também o teatro, a literatura e a política e aprendeu a trabalhar as palavras para decifrar o desejo feminino e as contradições da alma brasileira.

“O que não tem censura nem nunca terá”

Autor: Márcio Pinheiro. Editora: L&PM. Páginas: 224. Preço: R$ 54,90.

Chico tinha 20 anos incompletos quando os militares implantaram no país um regime baseado na repressão política e cultural. A ditadura tentou impor-lhe um “cale-se”: ele foi censurado, vetado, exilado. Obras como a canção “Tamandaré” e a peça “Roda viva” foram proibidas. O compositor, porém, conseguiu driblar o arbítrio com versos de inteligência e beleza ímpares, como os de “Apesar de você”, que desafiou a censura e venceu.

Em “O que não tem censura nem nunca terá: Chico Buarque e a repressão artística na ditadura militar”, Márcio Pinheiro mostra como os versos do artista se converteram em símbolos da resistência à violência e ao obscurantismo da ditadura. A censura só foi tirar as mãos de Chico, em 1987, às vésperas da promulgação da Constituição Cidadã, quando ele lançou o disco “Francisco”.

“Chico Buarque em 80 canções”

Autor: André Simões. Editora: 34. Páginas: 368. Preço: R$ 87.

O que faz das canções de Chico obras de arte? Essa pergunta é respondida no livro de André Simões, que comenta 80 composições do artista, de “Pedro pedreiro”, de 1965, a “Que tal um samba?”, de 2022. Sem dissociar letra e música, o autor examina joias como “Construção”, “Beatriz” e “Tua cantiga” (parceria com Cristovão Bastos) considerando elementos como arranjo, interpretação, contexto histórico e recepção da canção. As análises de Simões prezam pelo rigor, mas sem alienar o leitor não especializado. Não à toa, o livro traz um glossário com termos como arpejo, cromatismo, harmonia, melodia, paronomásia, redondilha, síncope, tessitura e trínoto, entre outros conceitos próprios à pesquisa musical.

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