“Do Rio, Brasil, para a Califórnia, direto para o Coachella. Senhoras e senhoras, Ludmilla!” Era a voz de nenhuma outra que não a estrela americana Beyoncé, em gravação, que abriu na tarde de domingo o show da brasileira Ludmilla no festival californiano Coachella. A surpresa, segundo a assessoria de Lud, foi um gesto de carinho do ícone máximo da música contemporânea para a maior artista preta latino-americana, que tem em Beyoncé sua maior referência artística.
Ainda na introdução, a voz da deputada federal Erika Hilton anunciou em seguida, em inglês: “Essa é a minha casa, e na minha casa eu não tolerarei nenhum tipo de ódio, racismo, homofobia, transfobia, xenofobia ou misoginia. Este é um espaço de autopolarização, um espaço de liberdade. Todos aqui têm seus próprios valores. Respeite-me, respeite a minha história. Respeite o meu povo e a minha comunidade. Respeite a mulher negra mais ouvida na América Latina. Ludmilla está na casa!”
“Favela venceu”, “Sintomas de prazer”, “Deixa de onde”, “Maldivas” (ao lado da mulher, a dançarina Brunna Gonçalves) e “Piña Colada” (com a participação do astro colombiano Ryan Castro) foram algumas das músicas que Ludmilla mostrou na apresentação, que teve como produtor Henry Bordeuax, que já trabalhou com Ariana Grande e Justin Bieber, e como stage manager (uma espécie de diretor técnico) Zack Purciful, com experiência em turnês de Beyoncé e Christina Aguilera. Ao fim do show, Ludmilla agradeceu Beyoncé.
A apresentação da cantora começou por volta das 15h, horário local, às 19h em Brasília. Ele poderá ser visto a partir de 23h40, hora do Brasil, no Canal do YouTube do Coachella.