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Riken Yamamoto ganhou nesta terça-feira (5) o Prêmio Pritzker 2024, considerado a maior honraria da arquitetura mundial. No comunicado, os organizadores destacaram o "estilo tranquilizador" do japonês. "Riken Yamamoto, arquiteto e militante social", cria "sociedades harmônicas apesar da diversidade de identidades, economias, políticas, infraestruturas e residências", destacou o texto.
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Entre os trabalhos mais notáveis de Yamamoto estão a Universidade Nagoya Zokei, no Japão, concluída em 2022; o The Circle no aeroporto de Zurique, na Suíça, finalizado em 2020; e a Biblioteca de Tianjin, inaugurada na China em 2012.
O comunicado do prêmio indicou que Yamamoto foi escolhido "principalmente por nos lembrar que na arquitetura, assim como na democracia, os espaços devem ser criados pela vontade do povo". "Para mim, reconhecer o espaço é reconhecer toda uma comunidade", afirmou o prestigiado arquiteto nascido em 1945, em Pequim. Após a Segunda Guerra Mundial, ele emigrou para Yokohama, no Japão.
"A abordagem arquitetônica atual enfatiza a privacidade, rejeitando a necessidade de relações sociais. No entanto, ainda podemos honrar a liberdade de cada indivíduo enquanto vivemos juntos no espaço arquitetônico", defende Yamamoto, citado pelos organizadores do prêmio.
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O prêmio foi criado em 1979 pelo falecido magnata Jay Pritzker e sua esposa Cindy, para homenagear arquitetos cujo trabalho demonstrasse "uma combinação das características de talento, visão e comprometimento", segundo a organização.
Tom Pritzker, diretor da Fundação Hyatt, que promove o prêmio, destacou que Yamamoto "desenvolve um novo idioma na arquitetura com o qual não apenas cria espaços para as famílias viverem, mas também cria comunidades para que as famílias vivam juntas. Seus trabalhos estão sempre conectados com a sociedade. Cultivam a generosidade de espírito e honram o tempo humano".
Yamamoto, que mora em Yokohama, receberá o prêmio em Chicago, nos Estados Unidos. Ele é o nono arquiteto japonês a receber Pritzker. O Brasil já teve dois arquitetos premiados, Oscar Niemeyer (1985) e Paulo Mendes da Rocha (2006). O último ganhador do prêmio foi o britânico David Chipperfield.
