Cultura
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Por O GLOBO — Rio de Janeiro

O apresentador Fausto Silva, o Faustão, foi submetido a um transplante de rim, na última segunda-feira (26), devido a um agravamento de uma doença renal crônica. Nos últimos anos, Faustão lidava com problemas renais — com lesões nos rins e perda progressiva da capacidade dos órgãos de filtrar o sangue. Devido à retenção de líquidos, ele mantinha uma rotina de filtragem em hospitais, para drenar o excesso de líquido no corpo.

Em 2021, o apresentador foi internado para tratar uma infecção urinária decorrente da doença crônica. Na ocasião, ele se submeteu um tratamento com o auxílio de um cateter, utilizado para a realização de diálise contínua, procedimento médico que visa a remoção de resíduos e água em excesso no sangue, algo normalmente feito pelos rins.

Qual é o estado de saúde de Faustão?

Após o transplante de rim, Faustão seguirá em observação para "acompanhamento da adaptação do órgão e controle clínico", como ressalta o boletim divulgado nesta terça-feira (27). O texto foi assinado pelos médicos responsáveis por seu tratamento — Marcelino Durão, nefrologista e coordenador médico de transplante renal do Hospital Israelita Albert Einstein; Sérgio Ximenes, urologista e membro da equipe de transplante renal do Hospital Israelita Albert Einstein; Fernando Bacal, cardiologista do Hospital Israelita Albert Einstein; e Miguel Cendoroglo Neto, diretor médico de serviços hospitalares e prática médica do Hospital Israelita Albert Einstein.

Por que Faustão precisou passar por transplante de rim?

De acordo com o boletim, o procedimento foi realizado após o Hospital Albert Einstein ter sido acionado pela Central de Transplantes do Estado de São Paulo e ter realizado a avaliação sobre a compatibilidade do órgão doado. O apresentador recebeu o novo rim cerca de seis meses após ter sido submetido a um transplante de coração devido a um grave quadro de insuficiência cardíaca.

O caso de Faustão — em que um transplantado precisa de um novo órgão renal — é incomum, mas não tão raro. No estado de São Paulo, entre os dois mil transplantes renais ocorridos em 2023 pelo Sistema Único de Saúde (SUS), 34 foram de pessoas já transplantadas de outro órgão que precisaram receber um rim tempos depois.

Essa situação faz o paciente se tornar prioridade e ser colocado novamente na fila de espera pela cirurgia, explica o nefrologista e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) José Osmar Medina Pestana, diretor do Hospital do Rim, também no estado paulista.

O boletim médico não especificou se o problema nos rins de Faustão foi de fato ligado ao procedimento cardíaco. Mas essa relação existe e, segundo um trabalho publicado no New England Journal of Medicine, que avaliou 70 mil transplantados entre 1990 e 2000, 16,5% dos pacientes transplantados desenvolvem problemas renais.

O que é a doença renal crônica?

A doença renal crônica (também chamada pela sigla DRC) atinge 10% da população mundial. Com prevalência crescente nas últimas décadas, a DRC registrou aumento de 42% em sua taxa de mortalidade em 17 anos e tornou-se um dos motivos predominantes de óbitos em todo o mundo. No Brasil, um estudo de 2015 estimava a prevalência da DRC em 8,9% da população do país.

O aumento da prevalência da DRC está associado ao envelhecimento populacional e a condições crônicas não transmissíveis (CCNTs), das quais se destacam o diabetes mellitus e a hipertensão arterial. Também são fatores de risco a obesidade, hipercolesterolemia e tabagismo. A DRC evolui de maneira assintomática até que a insuficiência renal se torne severa e, no estágio posterior, crônica, quando as únicas opções terapêuticas são hemodiálise, diálise peritoneal ou transplante renal.

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