Cultura
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Por , Em The New York Times

Um videogame ridicularizado por colocar metralhadoras nas mãos de criaturinhas fofas, semelhantes demais às de Pokémon, se tornou um megasucesso instantâneo no fim de semana. Mais de 300 mil jogadores conectaram-se simultaneamente a "Palworld”, lançado em acesso antecipado na sexta-feira, fazendo com que os servidores travassem momentaneamente e expulsassem os usuários de seu mundo cruel repleto de tiroteios entre galinhas e esquilos.

Na noite de domingo, Palworld havia se tornado um dos jogos mais populares do planeta. Vendeu mais de 5 milhões de cópias no Steam, se tornando um dos games mais jogados de todos os tempos na plataforma, com usuários simultâneos chegando a 1,5 milhão. O título permaneceu no topo da lista dos mais vendidos na tarde de segunda-feira, classificado acima de grandes lançamentos como “Call of Duty” e “Baldur’s Gate 3”, e também está disponível em consoles Xbox por meio do serviço de assinatura Game Pass.

O estúdio Pocketpair, de Tóquio, enfrentou memes e zombarias nos últimos três anos, após o trailer inicial de "Palworld" gerar comparações com uma versão apocalíptica de Pokémon. Em uma página que anunciava o jogo, a Pocketpair foi obrigada a escrever explicitamente: “Não é uma paródia”.

O trailer mostrava personagens fazendo a colheita e criando ovelhas em um cenário de fantasia antes de estourar um tiroteio no qual um cordeiro era usado como escudo vivo. Outras cenas incluíam animais virtuais trabalhando como escravos em uma fábrica de armas onde as criaturas “trabalhariam para sempre, desde que fossem alimentadas até o fim de sua vida”.

A versão lançada no fim de semana modificou a jogabilidade, concentrando-se nas mais de 100 criaturas que os jogadores poderiam controlar. Takuro Mizobe, presidente-executivo da Pocketpair, resistiu às comparações com a franquia da Nintendo. “Pode ser uma sorte ser o meme de Pokémon com armas, mas não era nossa intenção”, disse ele durante uma entrevista ao The Gamer em 2021.

Mizobe e os principais desenvolvedores do jogo argumentam que Palworld se parece mais com um jogo de sobrevivência, e citaram como influências “Minecraft”, “Dragon Quest” e “Grand Theft Auto”.

Recentemente, ele disse à publicação Automaton que seu jogo havia passado por uma revisão legal. “Levamos nossos jogos muito a sério”, disse ele em comunicado, “e não temos absolutamente nenhuma intenção de infringir a propriedade intelectual de outras empresas”.

Um porta-voz da Pokémon Co. não quis comentar. Pocketpair não respondeu imediatamente aos pedidos de comentários.

Os jogadores ainda estão fazendo comparações online, enviando vídeos para o YouTube e Twitch com títulos como “Pokémon com armas”.

Ryan Broderick, jornalista por trás do Garbage Day, um boletim informativo sobre cultura digital, disse que seu tempo com o jogo foi divertido, embora superficial. "Palworld" satisfaz o desejo de fãs de Pokémon como ele, que buscam novos conteúdos para além da fórmula tradicional de capturar monstros. Mas ele não vê "Palworld" como um substituto confiável para a série.

“Como curiosidade cultural, não creio que haja nada de errado em conferir. Mas não espere nada de bom”, disse Broderick. “Esta empresa fez o jogo da maneira mais preguiçosa possível.”

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