O cientista mineiro Arthur Abrantes esteve a uma pergunta de alcançar R$ 1 milhão no quadro "Quem quer ser um milionário", do programa "Domingão com Huck", da TV Globo, no último domingo (5). Primeiro brasileiro negro a se formar na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, o rapaz de 26 anos errou a questão final, que pedia para que ele respondesse quais cidades, entre as opções oferecidas, foram fundadas em 21 de abril.
A questão era a seguinte: "O dia 21 de abril marca a fundação das cidades de...". As opções apresentadas seguem reproduzidas a seguir:
- A. Londres e Brasília;
- B. Brasília e Roma;
- C. Brasília e Barcelona;
- D. Porto e Brasília.
Arthur optou pela letra C (Brasília e Barcelona). Mas a resposta correta era a letra B (Brasília e Roma). O bom desempenho do cientista, que é funcionário de uma startup em Los Angeles, na Califórnia, viralizou nas redes sociais — e internautas lamentaram o fato de ele ter errado apenas a última questão e ter levado para casa R$ 300 mil.
"A mensagem é: dê o primeiro passo. A gente que vem do interior, da escola pública, tem tendência de não acreditar em si mesmo", afirmou Arthur, para o apresentador Luciano Huck. "Me use como referência. Tem que estudar, trabalhar. Não é mágica. Estudei mais de nove mil fatos. Se fosse ano passado, teria passado vergonha. É trabalho e continuar acreditando em você", acrescentou.
Quem é Arthur Abrantes
Nascido em Paracatu, em Minas Gerais, Arthur é formado em Ciências da Computação em Harvard, universidade americana entre as mais conceituadas do mundo. Hoje, trabalha numa pequena empresa em Los Angeles, e sonha em abrir o próprio negócio — ele investirá o valor do prêmio, de R$ 300 mil, nessa empreitada.
![Arthur Abrantes se formou em Harvard, em 2022 — Foto: Arquivo pessoal](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/Ukcd_skN3rhQFJWBM71nGv3yISg=/0x0:981x652/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/U/8/6LK4UERTO5h1yRE1k3sw/arthur-abrantes-harvard.jpg)
Ele estudou a maior parte da vida em instituições públicas de ensino. Na adolescência, viu uma reportagem televisiva acerca da possibilidade de brasileiros realizarem cursos de graduação nos EUA. Passou então a estudar inglês sozinho, com o desejo de conseguir uma bolsa no exterior. Ao invés de se inscrever no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), preferiu se candidatar a 12 universidades americanas. Os resultados foram promissores.
Arthur foi aprovado em sete faculdades americanas, incluindo a prestigiosa Harvard. E mais. O rapaz ainda conseguiu uma bolsa de estudos, com o pagamento integral de mensalidades, gastos com moradia, refeições e passagens aéreas de ida e volta para o Brasil.