Com a rixa entre o governo da Rússia e o líder do grupo paramilitar Wagner ganhando grandes proporções, o mundo olha com mais atenção a organização que tira o sono de Vladimir Putin. Entre os muitos questionamentos em torno do grupo paramilitar comandado por Yevgeny Prigojin está a origem do nome.
Segundo o canal americano ABC, Wagner teria sido o nome de guerra de um dos primeiros comandantes do grupo nos combates no leste da Ucrânia, Dmitry Utkin, ex-tenente-coronel do serviço de inteligência militar russo, o GRU. Utkin teria se apaixonado pela Alemanha nazista, incluindo o compositor favorito de Adolf Hitler, Richard Wagner.
A versão é confirmado pelo site Foreign Policy e também aparece no verbete da Wikipedia sobre o grupo paramilitar russo.
De acordo com relatórios publicados pelo Centro de Combate ao Terrorismo em West Point, Dmitry Utkin e o financista Yevgeny Prigojin iniciaram o grupo Wagner, por volta de 2014, no início do conflito Ucrânia-Rússia na Península da Crimeia.
Na sexta-feira, Prigojin acusou o Exército da Rússia de bombardear suas bases próximas à linha de frente com a Ucrânia, convocando uma "rebelião armada" contra o comando militar russo em resposta e, por consequência, levando autoridades no país a investigá-lo e a adotar medidas de segurança reforçadas em Moscou.
A escalada de tensão — que inclui relatos não confirmados de embates entre as tropas mercenárias e as forças de Moscou, com um suposto abatimento de um helicóptero militar russo —, ocorreu após o magnata e fundador do Wagner criticar duramente o ministro da Defesa, Sergei Shoigu e a atuação do Exército na ofensiva militar da Rússia, em um novo capítulo em que desafia a liderança militar no Kremlin.