Os hits das ruas no Carnaval pelo Brasil

Sua "Jamburana" ainda segue viva no Carnaval de Belém e de outros cantos do Brasil. Mas este ano, no Norte, os metais e o batuque da nervosa "Banzeiro" foram o maior sucesso de Dona Onete

Em meio ao funk, ao brega, ao arrocha, Pernambuco não abandona o frevo. Este ano, o destaque no gênero foi essa canção, que cita Antonio Nóbrega, o Galo da Madrugada e Lia de Itamaracá

O MC de Caxias é responsável pelo maior hit do Carnaval em todos os cantos do Brasil, com seu refrão (o original, não o "o pai te ama" da versão comportada) sendo cantado em blocos, barraquinhas de camelôs e bailes de bacanas

Lançada em 1975, a música de João Donato foi das mais ouvidas nos blocos do Rio, com sua melodia saindo dos metais e das vozes dos foliões

Uma das bandas mais importantes do Brasil hoje, o BaianaSystem se consolidou como um fenômeno do Carnaval baiano em 2017, arrastando multidões sem apelos populistas

Envolvente em seus caminhos simples e originais, a música chamou atenção antes de ser gravada, quando MC Beijinho a apresentou pela primeira vez - num programa policial sensacionalista, de dentro de um camburão, enquanto era preso por roubar celulares. O vídeo viralizou e preparou sua cama para o Carnaval.

Referência ao apelido da droga da estação há algumas estações (MDMA, ou MD, ou Michael Douglas), a música brinca com seus efeitos. "Nunca mais eu vou dormir", diz a letra apoiada na batida eletrônica

Responsável pelo grande sucesso do Carnaval de 2015, "Lepo Lepo", Márcio Victor volta com "Mulher no poder", turbinada por um cavaquinho neurótico. A letra passa longe da militância feminista que sugere - como mostram os versos "No comando só as solteirinhas/ A baladinha promete"

Uma das campeãs do Carnaval de Salvador, a música se apoia no ritmo do pagode baiano e na simplicidade de sua célula central: "oeêh"

Irresistível pelo ritmo, teve uma das coreografias mais populares do Carnaval, explicada sem meias palavras nos versos: "Quando ela bate com a bunda no chão/ Quando ela mexe com a bunda no chão"

Exemplo claro da vitalidade do funk, parte de uma referência da rua (a musiquinha do caminhão de gás) e de um grito primal na linha do genial "Ah, eu tô maluco". Precisou de mais nada para ser sucesso

O trio de Brasília faz uma espécie de haicai impublicável em prol da diversidade sexual - eles mesmos descrevem como "o primeiro sucesso unissex e polissexariano do Brasil"

A música causou polêmica ao juntar mulheres bêbadas e apelo sexual - foi acusada de fazer apologia ao estupro. Isso não impediu que se tornasse o maior hit do Carnaval da Bahia

Um dos hinos do Carnaval, ouvido em todas as latitudes do Brasil, o que se pode explicar pelo apelo do arranjo e pela boa letra. Os versos de abertura tinham efeito arrebatador nas ruas: "Eu não espero o Carnaval chegar pra ser vadia/ Sou todo dia/ Sou todo dia"