Lollapalooza 2024: como chegar, line-up, ingressos ainda disponíveis e o que mais você precisa saber para curtir o festival

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Surgido nos Estados Unidos em 2005, e agora estabelecido no calendário paulistano, o festival encara neste 2024 um cenário cheio de trunfos, situações desafiadoras e sob nova realização: sai de cena a produtora T4F, responsável por estabelecer o Lolla no Brasil, e entra em ação a Rock World, à frente de pesos pesados como o Rock in Rio e o paulistano The Town, novidade de 2023.

Ou seja, se por um lado o Autódromo de Interlagos tem agora melhor estrutura para receber um evento deste porte (até a realização do The Town, os banheiros eram todos químicos, sem ligação com o esgoto), há de se considerar no horizonte um mercado saturado de festivais, competindo pelo calendário e pela carteira de fãs. O Lolla, porém, aposta em sua tradição para seguir relevante.

— Há um aumento de competição não só no número de festivais, mas também na quantidade de apresentações solo — pondera Marcelo Beraldo, diretor artístico do Lollapalooza. — O que vale lembrar é que o Lolla tem uma reputação e um crédito de quem já foi, conhece a estrutura e confia em nossa curadoria. Ligados no zeitgeist (o espírito do tempo) do mercado dos festivais, os produtores assinalam que, depois de uma onda avassaladora de referências oitentistas, agora a moda são os sucessos dos anos 1990 e 2000 — representados em atrações como os já citados Limp Bizkit, Blink-182 e também The Offspring.

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— Agora, os 1990 e os 2000 estão com tudo. Mas tem também para os mais jovens e chegados ao pop, com Sam Smith e SZA. Ela é um fenômeno, a artista com mais indicações no Grammy 2024 — afirma Leca Guimarães, diretora do festival.

Embora o verdadeiro chamariz do Lolla sempre tenham sido as atrações internacionais, a edição deste ano não abriu mão de nomes graúdos da música brasileira. É o caso do show solo de Gilberto Gil, na tarde de domingo, e da derradeira apresentação do Titãs Encontro — com os sete integrantes vivos da formação original, pela última vez.

— São dois shows históricos, e que a gente lutou muito para trazer — diz Leca.

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Ainda na área de grandes nomes internacionais, vale destacar o quarteto Greta Van Fleet, que faz sua segunda passagem no Lollapalooza paulistano e ficará responsável por realizar o show de encerramento do festival, na noite de domingo. Em entrevista ao GLOBO, o baixista do Greta, Sam Kiszka, não escondeu a vontade de fazer uma parceria com outro nome do line-up: o músico irlandês Hozier, que se apresenta no começo da noite de sábado.

— Na minha opinião, ele é rock and roll. É moderno, tem um quê de pop, tem um pouco de folk, mas tem uma atitude rock and roll e seria superlegal (a cooperação entre os dois).

O festival tem ainda a chegada do Kings of Leon para a vaga deixada pelo Paramore, que anunciou sua saída do festival em janeiro.

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O Lollapalooza continua figurando como uma boa pedida para nomes da música brasileira — caso de Xamã, que fará sua estreia no line-up da festa, e Rael, que já esteve no evento. Este é cria da Zona Sul paulistana, onde há um efervescente cenário de rappers, e diz que há certa relação afetiva ao voltar a esse pedaço da cidade, em Interlagos, para apresentar um show que revisita sua carreira.

— Vai além do Lolla. Nasci e cresci ali naquela região. Cheguei a pintar capacete para corredores de kart — diz o artista, que se apresentará na tarde de domingo. — Vou fazer uma celebração, contar minha história, minha diversidade musical.

Para tal “resgate”, ele deve contar com a parceria de Emicida e Mano Brown, com quem dividirá os microfones. Será o “Raelpalooza”, como ele mesmo diz.

No sábado, será a vez de Xamã (no ar na novela “Renascer”, na TV Globo), que ressalta a oportunidade de levar o rap a um festival de música alternativa.

—É muito importante ter o rap presente em festivais de música no geral, principalmente do tamanho do Lolla. É uma forma de mostrar toda a diversidade e potencial do nosso som, e acredito ser uma mistura que enriquece ainda mais a cultura brasileira — afirma o carioca, que diz ter feito novos arranjos de suas músicas e ter preparado apresentações inéditas de faixas no palco para seu show.

Embora estejam esgotados os tíquetes que permitam trânsito livre no festival ao longo de todos os três dias, ainda há entradas avulsas disponíveis para sexta, sábado e domingo, ou combinando dois dias do festival por vez, com desconto.

Diante da cota de entradas que ainda estão disponíveis, é difícil imaginar que este Lollapalooza repita o recorde da última edição, com mais de 300 mil pessoas ao longo de três dias.

Seria exagero, contudo, dizer que não há apetite para suas atrações em terras paulistanas. Exemplo disso é o show esgotado da cantora americana Fletcher, em evento paralelo do Lolla nesta semana, no charmoso Cine Joia, no bairro da Liberdade, no centro da capital paulista. É o peso da tradição.

Em resumo, a principal mudança é a possibilidade de embarcar na estação Autódromo da CPTM (a 10 minutos de caminhada do portão de entrada) ao longo de 24 horas no dia do evento. Demais estações das Linhas 4, 5, 8 e 9 (que fazem ligação ou parte do consócio ViaMobilidade) ficarão abertas para desembarque e integrações por 24 horas no dia do evento.

No caso das outras linhas da CPTM, entre as 4h e 0h o serviço ocorrerá normalmente. Na madrugada, (entre 0h e 4h), todas as estações estarão abertas apenas para desembarque. No caso do Metrô, a operação de apenas desembarque será das 0h e 4h40.

Também se repetirá a opção de trens expressos partindo da Estação Pinheiros da CPTM diretamente para a Estação Autódromo. Na sexta, haverá uma partida por hora entre 10h30 e 16h. No sábado e no domingo, é uma partida a cada 30 minutos entre 10h30 e 16h.

O retorno se dará a cada cinco minutos a partir da meia-noite até às 2h. Os destinos serão intercalados entre as estações Osasco e Pinheiros. O tempo previsto de viagem é de 30 minutos. O preço de ida e volta é R$ 30. A compra ocorrerá no site da viamobilidade.

Há ainda uma opção de ônibus executivos que deixará os fãs no autódromo. A saída ocorrerá entre 10h e 16h em três pontos da capital paulista. Haverá três opções de horário para retorno marcadas. Eles sairão do Terminal Barra Funda, da Praça Alexandre Gusmão, do McDonalds no Panamby e da Estação Conceição. O preço varia entre R$ 35 e R$ 30, a depender do ponto de partida. A venda ocorre no site lollaexpress.com.br

Outra opção são os transfers que saem de hotéis, caso do Hilton Morumbi, do Transamérica Higienópolis e do E-Suites Congonhas. As partidas ocorrem entre 10h e 16h, com três opções de horário para retorno. O valor é R$ 130, e a venda ocorre pelo site eventos.com.br

O Lollapalooza ainda anunciou que haverá bloqueio de vias em todo o entorno do autódromo.

Sexta-feira (22)

• Blink-182
• Arcade Fire
• The Offspring
• Diplo
• Jungle
• The Blaze
• Dom Dolla
• Marcelo D2
• Fletcher
• Kittin
• MK
• Luísa Sonza
• Baianasystem
• Lourena
• Ratier
• Mary Mesk
• Classmatic
• Maneva
• Rancore
• Milla Journée
• Ella Whatt
• Dexter 8º Anjo
• Nouvella
• From House to Disco

Sábado (23)

• Kings of Leon
• Limp Bizkit
• Titãs Encontro
• Hozier
• Thirty Seconds to mars
• Above & Beyond
• Jessie Reyes
• King Gizzard & The lizard Wizard
• BK
• Timmy Trumpet
• Perce the Veil
• Kevin O Chris
• Loud Luxury
• Manu Gavassi
• Groove Delight
• Mc Luanna
• Tulipa Ruiz
• Gabe
• Jessica Brankka
• Riascode
• Supla
• Day Limns
• Giu
• Marina Dias
• Xamã
• Sarah Stenzel B2 Curol
• Stop Play Moon

Domingo (24)