Música
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Por — Rio de Janeiro

Quando era adolescente e estava no ensino médio, Hamilton de Holanda tinha uma banda. No repertório, o melhor da MPB, e, entre as músicas, “Sina”, de Djavan (aquela de versos como “desse front/ virá lapidar o sonho/ até gerar o som/ como querer Caetanear/ o que há de bom”), que se tornou o “hino” do grupo, conta o bandolinista. Décadas depois, Hamilton homenageia não só aquela composição como outras 11 do artista alagoano, que compilou no álbum “Samurai”, lançado na última semana. O show do projeto acontece em 14 de outubro no Circo Voador, no Rio.

O novo trabalho mistura versões instrumentais com novas interpretações de hits como “Oceano”, “Flor de lis”, “Lilás” e, claro, “Sina.” As parcerias escolhidas foram as mais variadas, passando pelo pianista cubano Gonzalo Rubalcaba, por Zeca Pagodinho, pelo uruguaio Jorge Drexler (cantando em português), por Gloria Groove, pela indiana Varijashree Venugopal e pelo próprio Djavan, que aparece em “Lambada de serpente” e “Luz”.

Indicados ao Grammy

Além do desafio de escolher o repertório, Hamilton conta que se preocupou em não inventar muito, queria dar seu toque artístico sem descaracterizar a música original.

— A música do Djavan é popular, parece simples, mas ela é difícil de interpretar pela quantidade de detalhes. É o tipo de composição que, se a gente muda alguma coisa, ela perde a característica dela principalmente do ponto de vista melódico, do ritmo — diz Hamilton. — Fui muito meticuloso com isso, comecei tocando as faixas do jeito que são e depois fui adicionando coisas minhas para dar uma cara atual e do bandolim.

Conforme ficou à vontade com o repertório, ele ousou adicionar, pela primeira vez na carreira, efeitos digitais no bandolim. Hamilton gosta de experimentar e acredita que a tecnologia está aí para somar, inclusive na música. Por exemplo, a capa de seu álbum anterior, “Flying chicken” (que recebeu ontem a indicação ao Grammy Latino de melhor álbum de jazz — Djavan foi indicado a melhor álbum de música popular brasileira, pelo seu “D”), foi feita digitalmente por uma inteligência artificial generativa:

— Agora que abri essa porta de gravar com outros timbres, lascou (risos). Tem uma frase que coloco em todos os meus discos: “O moderno é tradição”. O importante é o encontro entre as duas coisas. As novas gerações vêm para ensinar, tanto quanto as mais antigas e, se eu conseguir entrar nesse fluxo, é como minha música se torna atemporal. É uma busca constante ter uma música hoje que possa ser tocada daqui a cem anos e o pessoal curtir.

A música de Djavan não chegou ao centenário, mas se mostra atemporal e multicultural, mostra Hamilton. As escolhas de participações internacionais fazem parte da mensagem que gostaria de passar:

— Dá a dimensão da música dele e, ao mesmo tempo, estou homenageando a música brasileira. Tem a ver com a memória e com o que pode vir à frente.

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