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Por — Rio de Janeiro

Quando Jimmy Kimmel tomou o palco do Dolby Theater às 20h deste domingo (10), duas dúvidas permaneciam na cabeça das pessoas: 1) quantos prêmios "Oppenheimer" iria ganhar? 2) Messi, cachorro de "Anatomia de uma queda", estaria presente na cerimônia?

Com a presença do doguinho sendo logo notada, a questão no ar passou apenas entender o tamanho do favoritismo do drama de Christopher Nolan, que chegou na cerimônia com 13 indicações, tendo conquistado os prêmios de melhor filme no Globo de Ouro, no Bafta, no Critics Choice e no PGA Awards (prêmio do sindicato dos produtores), sem falar nos troféus de melhor elenco no SAG (sindicato dos atores) e de melhor direção no DGA (sindicato dos diretores). Restava pouca dúvida que também levaria o Oscar de melhor filme para casa. E deu o óbvio.

O longa de Nolan terminou a premiação com sete estatuetas, incluindo melhor filme, direção, ator (Cillian Murphy) e ator coadjuvante (Robert Downey Jr.). O segundo maior vencedor da noite foi "Pobres criaturas", com quatro prêmios (melhor atriz, para Emma Stone, além de figurino, design de produção e maquiagem e penteado). "Zona de interesse" venceu em melhor longa internacional e som, enquanto que "Barbie", "Anatomia de uma queda", "Os rejeitados", "Ficção americana" e "O menino e garça" levaram um Oscar cada para casa.

Apesar de previsível, o Oscar para "Oppenheimer" vem para consagrar um fenômeno de bilheteria e crítica importante para a indústria cinematográfica pós-Covid 19. Desde que os cinemas reabriram definitivamente, em 2022, alguns sucessos de bilheteria passaram pelas telas, como "Top Gun: Maverick", "Avatar: O caminho das águas", "Super Mario Bros.: O filme" e "Barbie", todos com mais de US$ 1 bilhão de faturamento nas salas de todo mundo, mas nenhum foi tão surpreendente quando o longa de Christopher Nolan.

Auxiliado pelo fenômeno "Barbenheimer", o drama sobre o pai da bomba atômica faturou US$ 957 milhões nas bilheterias mundiais, números quase que impensáveis para uma cinebiografia sobre um físico nuclear com três horas de duração. O desempenho veio para comprovar que a experiência cinematográfica ainda é algo que atraí o pública.

Em tempos pandêmicos, muitas previsões fatalistas sobre o fim do cinema e a ascensão do streaming atormentaram as cabeças dos grandes estúdios de Hollywood. "Oppenheimer" vem para comprovar que ainda vale apenas apostar no cinema. E em autores.

Obviamente, Nolan está muito distante do cinema de autor que conhecemos tradicionalmente, mas em um cenário tomado por filmes de super-heróis, uma iniciativa como "Oppenheimer" traz sim características autorais. Que também estão presentes em "Duna: Parte 2", filme que em dez dias já arrecadou quase US$ 400 milhões mundialmente.

"Oppenheimer" não irá mudar o cinema, mas está bem longe de ser um oscarizavel tão esquecível como "No ritmo do coração" ou "Green book: O guia", para citar dois recentes vencedores de melhor filme.

O sucesso comercial e o desempenho em premiações de "Oppenheimer" pode ajudar a apontar para uma nova Hollywood, como previu Martin Scorsese em entrevista ao GLOBO no ano passado:

— A combinação de "Barbie" e "Oppenheimer" foi muito especial. Foi a tempestade perfeita, que aconteceu no melhor momento. O mais importante é que levou as pessoas aos cinemas, o que acho incrível. O encaixe perfeito entre um filme que é puro entretenimento e repleto de cores e outro de muito vigor estético e sobre os perigos do fim da civilização é difícil de explicar. É difícil encontrar dois filmes tão opostos, e eles funcionam em total sintonia. Acho que os filmes oferecem a esperança para que um novo tipo de cinema surja, diferente do que está acontecendo nos últimos 20 anos em Hollywood.

Confira a lista completa de ganhadores:

Melhor filme

  • "Ficção americana"
  • "Barbie"
  • "Anatomia de uma queda"
  • "Os rejeitados"
  • "Assassinos da lua das flores"
  • "Maestro"
  • "Oppenheimer" (vencedor)
  • "Vidas passadas"
  • "Pobres criaturas"
  • "Zona de interesse"

Melhor direção

  • Yorgos Lanthimos, “Pobres criaturas”
  • Christopher Nolan, “Oppenheimer” (vencedor)
  • Martin Scorsese, “Assassinos da lua das flores”
  • Justine Triet, "Anatomia de uma queda"
  • Jonathan Glazer, "Zona de interesse"

Melhor atriz

  • Emma Stone, “Pobres criaturas” (vencedora)
  • Lily Gladstone, “Assassinos da lua das flores”
  • Carey Mulligan, “Maestro”
  • Sandra Hüller, “Anatomia de uma queda”
  • Annette Bening, “Nyad”

Melhor ator

  • Cillian Murphy, “Oppenheimer” (vencedor)
  • Paul Giamatti, “Os rejeitados”
  • Bradley Cooper “Maestro”
  • Jeffrey Wright, “Ficção americana”
  • Colman Domingo, “Rustin”

Melhor atriz coadjuvante

  • Da’Vine Joy Randolph, “Os rejeitados” (vencedora)
  • Jodie Foster, “Nyad”
  • Danielle Brooks, “A cor púrpura”
  • Emily Blunt, “Oppenheimer”
  • America Ferrera, “Barbie”

Melhor ator coadjuvante

  • Ryan Gosling, “Barbie”
  • Robert Downey Jr., “Oppenheimer” (vencedor)
  • Robert De Niro, “Assassinos da lua das flores”
  • Sterling K. Brown, “Ficção americana”
  • Mark Ruffalo, “Pobres criaturas”

Melhor roteiro original

  • “Vidas passadas”
  • “Anatomia de uma queda” (vencedor)
  • “Os rejeitados”
  • “Maestro”
  • “Segredos de um escândalo”

Melhor roteiro adaptado

  • “Zona de interesse”
  • “Pobres criaturas”
  • “Oppenheimer”
  • “Barbie”
  • "Ficção americana" (vencedor)

Melhor longa internacional

  • “Dias perfeitos” (Japão)
  • “A sala dos professores” (Alemanha)
  • “Eu, capitão” (Itália)
  • “A sociedade da neve” (Espanha)
  • “Zona de interesse” (Inglaterra) (vencedor)

Melhor longa de animação

  • "O menino e a garça" (vencedor)
  • "Elementos"
  • "Nimona"
  • "Meu amigo robô"
  • "Homem-Aranha: Através do Aranhaverso"

Melhor documentário

  • “Bobi Wine: The People's President”
  • “The Eternal Memory”
  • “Four daughters”
  • “To Kill a Tiger”
  • “20 dias em Mariupol” (vencedor)

Melhor montagem

  • "Anatomia de uma queda
  • "Os rejeitados"
  • "Assassinos da lua das flores
  • "Oppenheimer" (vencedor)
  • "Pobres criaturas"

Melhor direção de fotografia

  • “O conde”
  • “Assassinos da lua das flores”
  • “Maestro”
  • “Oppenheimer” (vencedor)
  • “Pobres criaturas”

Melhor trilha sonora original

  • “Ficção americana”
  • “Indiana Jones e a Relíquia do Destino”
  • “Assassinos da lua das flores”
  • “Oppenheimer” (vencedor)
  • “Pobres criaturas”

Melhor canção original

  • “It Never Went Away” de Jon Batiste, Dan Wilson para “American Symphony”
  • “I’m Just Ken” de Mark Ronson de Andrew Wyatt para “Barbie”
  • “What Was I Made For?” de Billie Eilish, Finneas O’Connell para “Barbie” (vencedor)
  • “The Fire Inside” de Diane Warren para “Flamin' Hot - O Sabor que Mudou a História”
  • “Wahzhazhe (A Song for My People) para “Assassinos da lua das flores” Moon”

Melhor figurino

  • “Barbie”
  • “Assassinos da lua das flores”
  • “Napoleão”
  • “Oppenheimer”
  • “Pobres criaturas” (vencedor)

Melhor maquiagem e penteado

  • “Golda - A Mulher de Uma Nação”
  • “A sociedade da neve”
  • “Maestro”
  • “Oppenheimer”
  • “Pobres criaturas” (vencedor)

Melhor som

  • “Resistência”
  • “Missão: Impossível - Acerto de Contas Parte Um”
  • “Maestro”
  • “Oppenheimer”
  • “Zona de interesse” (vencedor)

Melhor design de produção

  • “Barbie”
  • “Assassinos da lua das flores”
  • “Napoleão”
  • “Oppenheimer”
  • “Pobres criaturas” (vencedor)

Melhor efeitos visuais

  • "A resistência"
  • "Godzilla: Minus One" (vencedor)
  • "Guardiões da galáxia Volume 3"
  • "Missão: Impossível - Acerto de Contas Parte Um"
  • "Napoleão"

Melhor curta-metragem

  • "The After"
  • "Invincible"
  • "Night of Fortune"
  • “Red, White and Blue”
  • "“The Wonderful Story of Henry Sugar” (vencedor)

Melhor curta de animação

  • “Letter to a Pig”
  • “Ninety-Five Senses”
  • "Our Uniform"
  • "Pachyderme"
  • “War Is Over! Inspired by the Music of John & Yoko” (vencedor)

Melhor curta de documentário

  • “The ABCs of Book Banning”
  • “The Barber of Little Rock”
  • “Island in Between”
  • “The Last Repair Shop” (vencedor)
  • “Nǎi Nai & Wài Pó”

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