Preparando-se para receber a COP30 em 2025, Helder Barbalho quer que o Pará seja um “estado com carbono zero, com emissões neutralizadas”, quando começar a conferência. O governador defende uma política econômica de valorização da floresta e de uso do solo que possa permitir a “conciliação entre a preservação ambiental e o cuidado com a população”.
Quais os planos do governo no combate ao desmatamento?
O estado apresenta uma queda contínua. A soma de esforços com o governo federal, junto a ações de comando e controle, contribuíram para o resultado de 2023. Queremos fortalecer esse trabalho e continuar investindo na bioeconomia.
Como o estado investe no combate a queimadas e na mitigação dos efeitos das mudanças climáticas?
Os focos de incêndio podem ter viés criminoso, mas neste ano a vegetação está extremamente seca e as temperaturas em alta, devido também ao El Niño. Isso trouxe um grande alerta e na minha gestão dobramos o incentivo do Corpo de Bombeiros para o combate do fogo.
O que o governo tem feito contra a instabilidade fundiária?
Chegamos a expedir 17 mil títulos definitivos nos últimos quatro anos e 11 meses a partir de uma estrutura tecnológica que permite a aceleração e a construção junto aos cartórios para ter acesso às informações, garantindo transparência e integridade ao processo.
E como o governo atua para frear o garimpo?
É fundamental uma maior presença dos órgãos de fiscalização e hoje a maior parte dos casos está em áreas federais. É determinante que o Brasil possa ter a rastreabilidade como norma de toda comercialização minerária na Amazônia, fazendo a convergência das informações desde a autorização de exploração de lavras até a emissão de nota fiscal ou da licença ambiental.
Ambientalistas criticam o modelo de ocupação do Pará.
Precisamos apresentar soluções econômicas a partir da valoração da floresta viva, mas não é sustentável preservar a floresta e deixar o povo morrer de fome.