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Na temida redação, o quesito que mais tira pontos dos brasileiros na prova do Enem é a competência 5, que exige que o candidato apresente um argumento para o tema escolhido pelos organizadores do exame a cada ano. Diferentemente de outros momentos em que o estudante também terá que usar todo seu poder de argumentação, nesse item de correção — chamado de “proposta de intervenção” —, ele deverá chegar no fim do texto com uma solução para o problema apresentado, ou seja, uma conclusão.

Ao todo, são cinco os itens considerados na correção: 1) domínio da escrita formal da Língua Portuguesa; 2) compreender o tema e não fugir da proposta da redação; 3) organização das ideias; 4) coesão e coerência; e 5) proposta de intervenção. Cada uma delas vale 200 pontos. O resultado máximo é 1.000 — que, em 2022, só foi atingido por 32 pessoas.

De todos eles, a proposta de intervenção é a mais difícil. Nela, além de demonstrar seu poder de crítica, o candidato deve indicar uma iniciativa que interfira no problema abordado na redação. Levantamento do GLOBO mostra que, provavelmente, a competência 5 deverá ser de novo um grande desafio para os 3,9 milhões de inscritos este ano. No ano passado, foi a competência em que os alunos tiraram a menor média (113 pontos), entre 2,4 milhões de redações corrigidas. De acordo com o documento “A redação no Enem 2023 - cartilha do participante”, publicado todo ano pelo Inep com as regras e orientações para a prova, a proposta de intervenção precisa ser “detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto” para conseguir 200 pontos no quesito, o que apenas 302 mil candidatos atingiram naquele ano. É nela que está também a maior diferença de notas: 52 pontos separam os alunos que vêm das redes estaduais (97 pontos) e da privada (149).

Para o professor de redação da plataforma AZ David Gonçalves, os alunos não podem problematizar o tema numa direção, por exemplo, e apresentar propostas em outra.

— A intervenção perfeita também requer apontamento do agente, da ação, do meio, da finalidade e o detalhamento como último elemento, relacionando aos problemas apresentados no desenvolvimento da redação — explica o professor, que recomenda o uso de expressões como “por meio de” e “com a finalidade de”.

Apesar de ter uma média de nota maior (119 pontos), a competência 1, por outro lado, é a mais difícil de se conseguir a pontuação máxima. Nela, os candidatos precisam demonstrar domínio da escrita formal da Língua Portuguesa, o que inclui o conhecimento das regras de ortografia e de acentuação. Só pouco mais de três mil tiraram nota 200 no ano passado.

Repertório e argumentos

Já a competência 2 — que consiste em compreender o tema e não fugir da proposta da redação — é a que tem a maior média de pontos. A média geral é de 140. Na rede privada, ela sobe para 170. Para gabaritar, é preciso desenvolver o tema com “argumentação consistente, a partir de um repertório sociocultural produtivo, e apresentar excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo”.

— Uma dica para não fugir do tema é repetir o recorte temático na introdução do texto. O aluno também precisa dominar o texto dissertativo-argumentativo, que tem introdução, argumentação e proposta de intervenção. Por fim, caprichar no repertório é o diferencial, usando filmes, séries, livros, legislações, dados e exemplos históricos — afirma Viviane de Souza, professora de Redação do Colégio Ari de Sá, em parceria com o SAS Plataforma de Educação.

A cartilha ainda apresenta as dicas para nota máxima nas competências 3 (organização das ideias) e 4 (coesão): o candidato que tira a maior nota é o que “apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema proposto, de forma consistente e organizada” e “articula bem as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos”.

Na hora de organizar as ideias para tentar garantir os 200 pontos na competência 3, é recomendado que o aluno utilize a folha de rascunho para selecionar os argumentos que pretende trabalhar na redação. Já na competência 4, a atenção é sobre os conectivos.

— Na competência 3, o aluno é avaliado pela capacidade de seleção e execução dos argumentos que vão sustentar o texto. Na competência 4, é importante usar de conectivos de adversidade, soma, continuidade, além de pronomes, artigos e sinônimos — diz David Gonçalves.

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