Apenas nos primeiros seis meses de 2024, os casos de coqueluche em Minas Gerais já superaram todo o ano passado. O estado registrou, em 2024, 89 casos suspeitos e 15 confirmados para a coqueluche. Conforma apuração da CBN, isso representa um mais casos confirmados do que todo o ano passado. Em 2023, foram 153 notificações de suspeitas e 13 confirmações.
A maioria dos casos notificados e confirmados ocorrem em crianças menores de um ano. Segundo dados do Ministério da Saúde, na região Sudeste, além de Minas Gerais, o estado de São Paulo teve casos confirmados da doença, um total de 78.
A Secretaria de Estado de Saúde alertou que com a chegada do inverno é importante reforçar a vacinação para evitar a coqueluche. Além disso, surtos ocorridos na Europa e na Ásia também reforçam a necessidade de ampliar a vacinação dos grupos prioritários.
A coqueluche é uma infecção respiratória altamente contagiosa, causada por bactéria. Os sintomas são semelhantes aos de um resfriado, como coriza, febre leve e tosse, podendo evoluir para uma tosse mais severa, intensa e persistente, além do paciente apresentar vômito e dificuldade para respirar.
Ela é transmitida pelo contato direto do doente com uma pessoa não vacinada, por meio de gotículas de saliva eliminadas por tosse, espirro ou ao falar.
O Diretor de Promoção à Saúde de Belo Horizonte, Paulo Roberto Correa reforça a preocupação com os surtos da doença e o cenário de alerta vivido atualmente. Ele também orienta sobre a importância com a vacinação do público prioritário e de outros grupos chamados.
Em Minas Gerais, segundo informações da Rede Nacional de Dados em Saúde, até o dia 11 de junho, a cobertura vacinal em 2024 da pentavalente, em menores de 1 ano, estava em 80,13%, e da vacina tríplice bacteriana, em crianças de 15 meses, em 74,9%. A meta recomendada para as duas vacinas é de 95%. Em 2023, a cobertura para as duas vacinas ficou abaixo do previsto pelo Ministéiro da Saúde.
Em consonância com o Ministério da Saúde, em caráter excepcional, a SES recomenda a indicação da vacina tipo adulto, para os trabalhadores da saúde que atuam nos serviços de saúde públicos e privados.
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A vacinação também é reforçada em ginecologistas, obstetras e trabalhadores de saúde que atuam em casas de parto, pós-parto imediato, Unidade de Terapia Intensiva, berçários, pediatria, doulas e trabalhadores em geral que atuam em berçários e creches que atendem menores de 5 anos.
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