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Um mergulho nas redes sociais para jogar luz sobre a política na internet.

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RESUMO

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GERADO EM: 21/06/2024 - 09:26

Confusão de Zambelli em PL antiaborto gera críticas e viralização

Deputada Zambelli se confunde em discurso sobre PL antiaborto, gerando críticas e viralização nas redes sociais. Projeto propõe punições mais severas para mulheres que realizarem abortos após a 22ª semana de gestação. Presidente da Câmara recua e proposta será analisada por comissão. Presidente do Senado critica projeto como irracionalidade.

O trecho de uma fala da deputada Carla Zambelli (PL-SP) tomou as redes sociais nos perfis de esquerda na rede X (antigo Twitter). Ao defender o PL antiaborto durante coletiva realizada pela bancada evangélica, na quarta-feira, a parlamentar se confundiu e disse que quem "não desejar o bebê", deve "entregar ao aborto", em vez de "entregar para adoção". O PL quer equiparar o aborto depois da 22ª semana de gravidez a homicídio.

— Não quer o bebê? Entrega pro aborto — disparou Zambelli, sendo corrigida imediatamente pelos colegas presentes.

O trecho se espalhou por perfis de esquerda e contra o projeto de lei. Usuários também criaram um cartão com o rosto de Zambelli e a frase. "O ato falho é mais certeiro que Carla Zambelli", disparou um perfil, enquanto outro a chamou de "lúcida", reproduzindo a frase.

De autoria do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), o texto abre margem para fixar em 22 semanas um prazo máximo para os abortos legais — casos de estupro, risco de vida à mulher e má formação do feto. Depois desse período, a mulher passaria a ficar suscetível a penas duras, seja qual for o motivo do aborto. Esse segundo ponto do projeto foi o que despertou maior controvérsia e escancarou o retrocesso na pauta, segundo os críticos, já que a punição à mulher seria maior do que a aplicada a um estuprador, que pode pegar até dez anos de prisão.

O PL teve o pedido de urgência aprovado na Câmara dos Deputados na semana passada, sem registro nominal dos votantes e espaço para os parlamentares discursarem. No entanto, após as reações negativas da sociedade civil, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), recuou na terça-feira e afirmou que a proposta será analisada por uma comissão na Casa.

Também na terça, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), fez um discurso em que classificou o que propõe o texto como “irracionalidade”. A fala ocorreu um dia após a Casa ser palco de uma audiência dominada por conservadores e defensores do projeto de lei antiaborto, com uso de dramatização para discutir o tema.

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