Sonar - A Escuta das Redes
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Um mergulho nas redes sociais para jogar luz sobre a política na internet.

Informações da coluna
Por — Rio de Janeiro

Dona da voz que introduziu os shows da cantora Ludmilla no festival americano Coachella, a deputada federal Erika Hilton se posicionou nesta segunda-feira sobre a polêmica em torno da última apresentação, que ocorreu neste domingo. Na ocasião, uma projeção com a frase "Só Jesus expulsa o Tranca Rua das pessoas" gerou acusações de intolerância religiosa contra a artista.

A expressão "Tranca Rua" é usada para descrever entidades espirituais presentes em expressões como a Umbanda. Sobre o tema, em postagem nas redes sociais, Erika disse ter recebido a notícia da projeção com "tristeza e preocupação". Segundo ela, a frase ataca e ofende pessoas de religiões de matriz africana.

"Quando se projeta essa realidade em um show do porte do show de Ludmilla no Coachella, é necessário refletir isso. Mensagens como essa, sem nenhum contexto, podem criar mais danos à luta pela liberdade religiosa ao invés de ajudar a combater essa realidade de preconceito e violência contra pessoas de axé", declarou a parlamentar.

Apesar da crítica, Erika Hilton prestou solidariedade a Ludmilla e desejou que a cantora possa usar a ocasião para discutir sobre o tema. A deputada disse ainda que a cantora não seja condenada, como mulheres negras constantemente são.

Por sua vez, Ludmilla rebateu as acusações e disse que a frase foi retirada de contexto.

"Quando eu disse que vocês teriam que se esforçar pra falar mal de mim, eu não achei que iriam tão longe. Hoje tiraram do contexto uma das imagens do vídeo do telão do show em 'Rainha da Favela', que traz diversos registros de espaços e realidades na qual eu cresci e vivi por muitos anos, querendo reescrever o significado dele, e me colocando em uma posição que é completamente contrária a minha", disse a cantora.

"Meu show começa com uma mensagem muito explícita, que não deixa dúvida sobre nada! Na sequência, eu apresento a realidade sobre a qual esse discurso precisa prevalecer! Sobre uma favela sem filtros, sem gourmetizações, sem representações caricatas", completou Ludmilla.

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