Serpente sensação da Viradouro vira estrela de espetáculo de dança no Rio

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— Todo processo operacional da serpente da Viradouro foi muito solitário, quase uma meditação. E, curiosamente, há uma cena em "AmazôniA" que também é muito solitária para mim. Um momento que me reconecta muito com o que vivi no Carnaval — conta o artista, já compartilhando um spoiler.

Idealizado como um projeto inédito de dança contemporânea, "AmazôniA" representa uma homenagem à riqueza e à diversidade da região amazônica, destacando sua importância cultural e ecológica. O espetáculo tem direção e coreografia assinada por João Wlamir, bailarino solista do Theatro Municipal do Rio, hoje ensaiador do corpo de baile, e fundador do Grupo de Dança DC.

— O espetáculo não é uma denúncia, apenas constato os fatos presentes, mas tem uma visão de toda a poesia que vivi durante quinze anos na Amazônia. Sou de Rondônia, toda a minha infância e juventude foram desenvolvidos lá. Então tenho muitas memórias únicas, memórias afetivas, memórias de cheiros, sabores. Vou passar para a plateia um despertar maior para que conheça esse ambiente que muitos ainda não conhecem — promete Wlamir.

Além de Torquato, "AmazôniA" conta com outros bailarinos de destaque no Carnaval, como Fernanda Lima, da comissão da Imperatriz, Clara Alves, da União da Ilha do Governador, Lucas Matheus, da Mangueira, Henry Silva, da Unidos da Tijuca, e Glayson Mendes, que representou Rás Gonguila na Beija-Flor de Nilópolis.