Receita de Médico
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Receita de Médico

Um debate sobre pesquisas, tratamentos e sintomas.

Informações da coluna

Por Eduardo Rauen


Quando falamos em suplementos alimentares devemos pensar em primeiro lugar na palavra “suplementar” cujo significado é “suprir o que falta”. Trazendo o significado real da palavra fica fácil entender o que são os chamados suplementos alimentares ainda tão questionados hoje em dia.

Segundo a Anvisa, “não são medicamentos e, por isso, não servem para tratar, prevenir ou curar doenças. Os suplementos são destinados a pessoas saudáveis. Sua finalidade é fornecer nutrientes, substâncias bioativas, enzimas ou probióticos em complemento à alimentação”.

Três coisas aqui de extrema importância:

1 — suplementos não são medicamentos;

2 — servem para suprir o que falta e;

3 —não substituem a alimentação.

De forma bem simples, suplemento alimentar é uma forma de ingerir algo, como nutrientes, enzimas, probióticos e substâncias bioativas, na impossibilidade de ingerir o alimento ou para complementar algo que falta.

Essa categoria está bem estabelecida por meio do marco regulatocorrido no ano de 2018 e publicado pela Anvisa através da RDC 243, que tem como objetivo melhorar o acesso aos consumidores brasileiros a produtos seguros e de qualidade, além de melhorar o controle sanitário, gerenciar o risco destes produtos e minimizar a veiculação de algo sem comprovação científica.

Quando a Anvisa define suplementos alimentares ela diz que são indicados para pessoas saudáveis. Isso como uma opção de complementação nutricional no caso de dietas restritivas, atividade física intensa, alterações metabólicas, sendo que, pessoas doentes, devem procurar um profissional de saúde habilitado para prescrever tais produtos caso venha a apresentar, por exemplo, deficiência de nutrientes.

Também sempre recebemos questionamentos sobre a segurança desses produtos. O suplemento alimentar é seguro? Posso ingerir tal produto?

A maior parte dos riscos está relacionada a produtos irregulares. Mas mesmo os regulares devem ser ingeridos de acordo com a dosagem indicada. Por isso, a indicação de suplementos alimentares deve vir de um profissional de saúde habilitado para sua prescrição pois, assim, consegue indicar o produto correto, a dose necessária e o grupo de pessoas que pode fazer uso de tal substância.

Alimentar-se não é apenas comer para deixar de sentir fome ou porque o que se escolheu é muito saboroso. Envolve aspectos mais profundos, definidos pela chamada “Lei de Escudero”, como quantidade, que deve ser suficiente para suprir as necessidades energéticas; qualidade, os alimentos consumidos devem suprir as necessidades nutricionais; harmonia, pois se deve ter equilíbrio entre os nutrientes e a quantidade em que são consumidos; e adequação, ou seja, deve atender às necessidades específicas de cada pessoa. Certos pacientes, mesmo se alimentando de forma adequada, possuem dificuldade de absorção de alguns nutrientes. Nesses casos, a suplementação recomendada pelo profissional que fez o diagnóstico se faz necessária.

Contudo, para alguns grupos de pessoas saudáveis, fazer uso de suplementos alimentares é necessário, como atletas de alta performance, por exemplo, a fim de complementar o aporte energético necessário, em conjunto com uma dieta adequada e treinamento físico.

Por fim, é importante também que exames laboratoriais sejam realizados para que seja dosada a deficiência de determinadas substâncias, pois somente na sua deficiência, a suplementação de vitaminas e minerais, por exemplo, tem indicação. Lembrando que a superdosagem de vitaminas é extremamente prejudicial ao nosso organismo, podendo inclusive alterar o seu bom funcionamento, trazendo riscos à saúde e potenciais riscos de doenças graves.

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