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O ritmo da opinião pública

Informações da coluna

Vera Magalhães

Jornalista especializada na cobertura de poder desde 1993. É âncora do "Roda Viva", na TV Cultura, e comentarista na CBN.

Pablo Ortellado

Professor de Gestão de Políticas Públicas na USP

A seis meses das eleições municipais, levantamento do instituto Datafolha mostra a influência dos padrinhos políticos no pleito municipal em São Paulo. Pré-candidato à reeleição, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) teria hoje 18% dos votos dos entrevistados pelo apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Principal adversário do emedebista, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) arregimenta 23% dos paulistanos por ser vinculado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na rejeição, 45% dos eleitores da capital paulista não votariam de jeito nenhum em alguém apoiado pelo atual presidente — ante 42% da pesquisa realizada em março. Já um candidato que tem Bolsonaro como cabo eleitoral sofreria rejeição de 61%. Em março, o levantamento apontou 63%. Com a margem de erro de três pontos percentuais, para mais ou para menos, os políticos estão em uma curva inversa.

Ainda segundo o Datafolha, 46% das pessoas ouvidas conhecem o apoio de Lula à candidatura de Boulos, enquanto 29% dizem desconhecer. Já 26% sabem do endosso de Bolsonaro ao prefeito. Incluído pelo instituto agora, o coach Pablo Marçal, pré-candidato pelo PRTB, é identificado por 10% dos entrevistados como apoiado por Bolsonaro.

Outros apoiadores dos pré-candidatos também foram avaliados: o vice-presidente Geraldo Alckmin, do mesmo partido da deputada Tabata Amaral (PSB), e o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), alinhado a Nunes.

No caso de Alckmin, 14% votariam na pessebista pelo apoio do ex-governador paulista, ante 49% de rejeição. De acordo com o Datafolha, 23% dos entrevistados reconhecem Boulos com candidato apoiado por Alckmin, e não Tabata.

O candidato apoiado por Tarcísio teria 18% dos votos, ante 45% que nunca o fariam. Nunes é visto como nome do governador por 33%.

A pesquisa foi realizada nos dias 27 e 28 deste mês. O Datafolha ouviu 1.092 pessoas no levantamento, e a pesquisa foi registrada na Justiça Eleitoral sob o nº SP-08145/2024.

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