Pulso
PUBLICIDADE
Pulso

O ritmo da opinião pública

Informações da coluna

Vera Magalhães

Jornalista especializada na cobertura de poder desde 1993. É âncora do "Roda Viva", na TV Cultura, e comentarista na CBN.

Pablo Ortellado

Professor de Gestão de Políticas Públicas na USP

Por Marlen Couto — Rio

Dados da nova pesquisa Ipec contratada pelo GLOBO apontam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conseguiu recuperar parte da avaliação positiva do seu governo entre os brasileiros evangélicos. Após o percentual dos que consideram o governo bom ou ótimo nessa população passar de 31% para 24% entre março e abril, a taxa agora oscilou positivamente para 29% em junho.

Embora o governo do petista não tenha avançado, no período, em acenos ao grupo religioso, que apoiou em sua maioria Jair Bolsonaro (PL) na eleição passada, especialistas têm apontado para a possibilidade de um reposicionamento do segmento a depender da reação da economia. Por enquanto, o índice negativo segue superior ao positivo. Entre os evangélicos, 34% avaliam o governo como ruim ou péssimo, número próximo ao dos 35% registrados em abril. Já os que consideram a atual gestão regular são 33%.

Lula entre os religiosos  — Foto: Arte O Globo
Lula entre os religiosos — Foto: Arte O Globo

Os resultados entre os evangélicos seguem descolados da população como um todo. No quadro geral, 37% apontam a atual gestão como ótima ou boa, enquanto as avaliações negativas (ruim e péssimo) somam 28%. Outros 32% a consideram como regular.

Já entre os católicos, o movimento foi o inverso. Lula segue com aprovação maior nesse segmento da população, mas os que consideram sua gestão ótima ou boa passaram de 48%, em abril, para 42%, em junho, uma oscilação negativa de seis pontos percentuais.

Por outro lado, católicos que apontam uma gestão ruim ou péssima, que eram 20%, agora somam 25%. A taxa dos que consideram o governo regular oscilou de 27% para 31%.

O Ipec entrevistou presencialmente 2.000 brasileiros acima de 16 anos entre 1° e 5 de junho, em 127 municípios. A margem de erro do estudo é estimada em dois pontos percentuais para mais ou menos, para um nível de confiança de 95%.

Mais recente Próxima Avaliação de Lula 3 supera as de Bolsonaro, Temer e Collor nos primeiros meses de governo, aponta pesquisa Ipec/O GLOBO