A primeira-dama Rosângela Silva, a Janja, foi muito firme e clara em seu primeiro posicionamento após o ataque hacker em sua conta em rede social, na noite de segunda-feira. O mais importante foi o fato de que Janja não falou apenas em sua própria defesa. Ela foi atingida e, como sempre acontece com as mulheres, o ataque digital incluiu misoginia, ofensas e ameaças físicas. É assim com as mulheres. Quando elas são atacadas nas redes sociais, isso inclui ataque à pessoa da mulher, e com ameaças de cunho misógino. Independentemente de suas atividades ou tendência política, a mulher é sempre alvo. Ao levar muito a sério o que sofreu, Janja está numa jornada pelo problema coletivo da violência contra a mulher.
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Janja da Silva foi atacada, recebeu até ameaça de estupro. E se é crime ameaçar o estupro na vida real, também é crime a ameaça no mundo digital. Hoje já se sabe que a internet não é um mundo à parte onde todos os crimes podem ser perpetrados sem que ninguém seja punido. O que fizeram ao hackear uma conta e deixar mensagens misóginas e ameaçar estupro uma pessoa, uma mulher, é inaceitável.
Então é importante que a Janja mantenha a firmeza que mostrou em seu posicionamento, pois quando ala faz isso, está combatendo um crime que já atingiu muitas outras mulheres. Quem já viveu ataques misóginos digitais sabe como dói e como é difícil reagir superando o sentimento de vulnerabilidade que atinge a vítima.
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Qualquer pessoa pública enfrenta discordância e tem pessoas que criticam. Mas as críticas têm que se limitar à discussão política, profissional, ideológica, não pode se transformar no cometimento de crime de ameaça à integridade pessoal.