Malu Gaspar
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Informações da coluna

Por Malu Gaspar

A Polícia Federal apreendeu R$ 128 mil e US$ 7.535 na casa do irmão do governador Cláudio Castro, Vinícius Sarciá Rocha, durante as buscas da Operação Sétimo Mandamento, deflagrada nesta manhã. Foram encontradas também na casa do irmão do governador anotações e planilhas com nomes, valores e porcentagens.

Parte do material estava num cofre e outra parte, em caixas de remédios.

Sarciá Rocha é irmão de criação de Castro. Ele é presidente do Conselho de Administração da Agência de Fomento do Estado do Rio de Janeiro (AgeRio) e atua na gestão do governador. Quando as investigações da PF começaram, ele trabalhava na Fundação Leão XII, que administrava os contratos sob investigação.

O governador não é alvo da ação desta quarta-feira, que foi autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas é investigado nesse mesmo inquérito.

Mas outros integrantes de seu governo estão recebendo a visita da PF: Astrid de Souza Brasil Nunes, subsecretária de Integração Sociogovernamental e de Projetos Especiais da Secretaria estadual de Governo, e Allan Borges Nogueira, gestor de Governança Socioambiental da Cedae.

A operação investiga desvio de recursos, corrupção e lavagem de dinheiro, além de fraude em licitação, que teriam sido praticados em contratos de projetos assistenciais do Governo do Estado entre 2017 e 2020, nas gestões de Luiz Fernando Pezão e Wilson Witzel.

No pedido de abertura do inquérito, apresentado em novembro de 2022, a Procuradoria-Geral da República afirmou ter se baseado em depoimentos do delator Marcus Vinícius de Azevedo, ex-assessor de Cláudio Castro na Câmara do Rio, que relatou supostos repasses de propina ao político quando ele ocupou os cargos de vereador e de vice-governador entre 2017 e 2020.

Castro assumiu o governo em 2020, quando Witzel foi afastado do cargo.

Quando o STJ autorizou a abertura do inquérito, o Palácio Guanabara negou qualquer irregularidade e disse que Castro entrou com um pedido para anular a delação.

De acordo com as investigações, o grupo do qual o irmão do governador é acusado de participar recebia propina de 5% e 25% dos valores dos contratos, que somam mais de R$ 70 milhões.

A PF diz ainda que os investigados usaram os projetos sociais de forma eleitoreira, direcionando os projetos para seus redutos eleitorais.

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