Lauro Jardim
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O general Lourena Cid, envolvido até o pescoço no caso das joias árabes negociadas ilegalmente para Jair Bolsonaro, será o personagem principal de uma investigação interna da Apex Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) que será concluída nas próximas horas. 

O processo foi iniciado em abril para investigar “possíveis desvios de conduta” na gestão do pai de Mauro Cid à frente do escritório da Apex em Miami, para o qual foi nomeado por Bolsonaro.

A conclusão principal é que o pai do Mauro Cid usou estrutura da Apex para negociar as joias vendidas ilegalmente nos EUA. Esse relatório será encaminhado nesta sexta-feira à Polícia Federal e ao TCU.

O relatório da Apex revela também que Lourena Cid conseguiu, depois de negociações com autoridades diplomáticas dos EUA, transformar oficialmente o escritório da Apex de Miami num "anexo consular" com direito, portanto, à imunidade diplomática — algo que nenhum outro escritório da Apex no exterior possui. 

Assim, o general tinha diversos privilégios na hora de entrar em sair dos EUA. 

A investigação traz ainda depoimentos de funcionários da Apex em Miami. Um deles, relatou que Lourena Cid não só manteve-se como chefe do escritório mesmo após a derrota de Bolsonaro como costumava dizer: "Eu vou ficar. Esse governo (de Lula) não vai tomar posse".

Mas, no dia 9 de janeiro, dia seguinte à tentativa de golpe, entregou os pontos. Já fora do cargo do qual disse que não sairia, foi à sua antiga sala e fez uma limpa nos arquivos dos seus computadores. 

Indiciado pela PF no caso das joias na semana passada, Lourena Cid admitiu que ter pagado de forma fracionada a Bolsonaro US$ 68 mil em espécie. O montante referia-se aos relógios que o ex-presidente ganhou de presente e depois foram vendidos (e depois recomprados) nos EUA.

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