Lauro Jardim
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Por — Brasília

A Delegacia de Defraudações da Polícia Civil do Rio de Janeiro instaurou, no dia 27 de maio, um inquérito para investigar um caso envolvendo a Cruz Vermelha Rio Grande do Sul – que participa, neste momento, de campanhas para a arrecadação de fundos para vítimas das enchentes em Porto Alegre e nas demais cidades gaúchas.

A denúncia registrada na Polícia Civil é de que a Cruz Vermelha tenha desviado R$ 5,4 milhões. De acordo com o boletim de ocorrência, a CVB-RS venceu uma licitação para atuar como Organização Social no Rio de Janeiro, prestando serviços de administração hospitalar.

O contrato, firmado em dezembro de 2016, venceu em outubro de 2021, mas a instituição continuou operando por mais 23 dias. O valor acordado para pagamento pelos serviços remanescentes foi de R$ 5,4 milhões.

Conforme a denúncia em investigação, o presidente e a diretora-tesoureira da CVB-RS teriam transferido os valores para terceiros, deixando de pagar os funcionários e fornecedores. O delegado Delmir da Silva Gouvêa abriu sindicância para apurar os fatos.

Procurado, o presidente da entidade, Ismael Pereira, classificou a denúncia como "caluniosa" e afirmou que os valores, que entraram e saíram da conta da Cruz Vermelha no mesmo dia, foram usados para pagar as despesas com funcionários e questões trabalhistas.

Ismael Pereira afirmou ainda que seus advogados entrarão em contato com o delegado do caso para apresentar todos os documentos e dar as versões do fato. Disse o presidente por nota:

"Em relação ao valor recebido do TAC, toda a prestação de contas já foi feita junto aos órgãos competentes, mas destacamos que 30% do valor foi bloqueado diretamente na fonte por ações trabalhistas e o restante do valor foi destinado por completo ao pagamento dos passivos administrativo, jurídico e tecnológico oriundos do contrato de gestão. É necessário reforçar que o pagamento do TAC, pelo governo do estado do Rio de Janeiro, só ocorreu 14 meses depois do encerramento do contrato de gestão, ou seja, mais de um ano em que os passivos foram se acumulando. Passivos estes que se acumularam mas que se originaram muito antes da atual gestão da Cruz Vermelha do Rio Grande do Sul e que foram criados pelo próprio Órgão Central da Cruz Vermelha Brasileira, que utilizou o CNPJ da afiliada gaúcha para realizar contratos de gestão de saúde no Rio de Janeiro. A respeito do inquérito aberto, a Cruz Vermelha do Rio Grande do Sul irá se colocar à disposição do processo para demonstrar a documentação que já fora outrora apresentada, bem como para oferecer todo e qualquer esclarecimento".

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