A ida de Jorge Seif ao show de Madonna em Copacabana incomodou fortemente o bolsonarismo, desde sua base de eleitores a correligionários.
Apoiadores do senador criticaram sua presença na área VIP do evento, alvo de ataques do bolsonarismo pela performance da cantora e seus dançarinos. Essa turma que insiste em ficar estacionada em meados do século passado em termos de comportamento, encheu as redes sociais de comentários homofóbicos e misóginos ao longo do fim de semana.
Aliados de Seif comentaram com interlocutores que ele “se queimou” e “deu um tiro no pé”, ainda mais em meio ao julgamento do TSE que pode cassá-lo. Além disso, a presença do senador atrapalhou a narrativa bolsonarista e deixou correligionários em uma “saia-justa”.
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Isso porque alguns (Zé Trovão, Eduardo Bolsonaro e Nikolas Ferreira entre eles) chegaram a criticar a expectativa pela presença de Janja na apresentação, mas a primeira-dama não foi — embora tenha desembarcado no Rio na véspera com essa intenção — e viajou ao Rio Grande do Sul em razão das fortes chuvas que assolam o estado. Com a ida de Seif, internautas cobraram parlamentares a se posicionar.
O senador justificou ao "Space Liberdade" que foi ao Rio a pedido de sua mulher, Catiane Seif. Mas alegou que decidiram ir embora ao perceber que não era um “show de música” — parece que a desculpa não colou muito.
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O diretor-executivo do site ultraconservador Brasil Sem Medo, Silvio Grimaldo, criticou Seif e questionou Catiane, por ser vice-presidente do PL Mulher de Santa Catarina. Escreveu:
“Como ela pode representar as mulheres conservadoras de SC prestigiando a indústria que mais degrada a figura da mulher, da mãe e da esposa? Madonna é antítese de tudo que deveria representar o PL Mulher”.
A propósito, também compareceram à área VIP do evento o governador Claudio Castro e Fabio Wajngarten, advogado de Bolsonaro.
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