Lauro Jardim
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A pesquisa Quaest, divulgada há pouco, que mediu a aprovação do governo Lula em quatro estados (São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Paraná) traz uma péssima notícia para um governo que anda tenso com sua popularidade. A preocupação chegou ao ponto de ter convocado, no mês passado uma reunião ministerial para discutir soluções para reverter as avaliações ruins das recentes pesquisas.

A avaliação negativa do governo nestes quatro estados supera a positiva, segundo a Quaest. Um resultado que fará Lula mais inquieto ainda com a performance do seu governo. Fará também com que ele redobre a cobrança sobre seus ministros. E jogará mais responsabilidade sobre a campanha institucional "Fé no Brasil", que a Secom lançará na semana que vem, focada em parte em tentar seduzir os evangélicos — apesar do slogan que remete obviamente à religião, o governo cisma em negar que a campanha seja fortemente direcionada a esse público.

Aos números:

* Em São Paulo, o maior colégio eleitoral do Brasil, a Quaest ouviu 1.656 eleitores. A "aprovação" (50%) do governo empata com a "desaprovação" (48%), quando se considera a margem de erro de 2,4 pontos percentuais. E quando o pesquisador pede ao entrevistado para avaliar positiva ou negativamente o governo, o resultado é péssimo para Lula: o "negativo" bate 37% enquanto o positivo fica em 32% (29% responderam que veem o governo de forma "regular").

* Em Minas, segundo o maior colégio eleitoral do Brasil, a Quaest ouviu 1.506 eleitores. Lá, a "aprovação" (52%) do governo é superior numericamente à "desaprovação" (47%), mas significa um empate quando se considera a margem de erro de 2,5 pontos percentuais. Quando o pesquisador pede ao entrevistado para avaliar positiva ou negativamente o governo, o resultado é um empate em termos de margem de erro, embora o "negativo" (35%) supere numericamente o "positivo" (34%). Os que veem o governo de forma "regular" são 30%.

* No Paraná, estado que em 2022 deu a Jair Bolsonaro 62% dos votos no segundo turno, a Quaest ouviu 1.121 eleitores. No estado, a "desaprovação" (54%) do governo bate de longe a "aprovação" (44%). A margem de erro é de 2,9 pontos percentuais. Quando o pesquisador pede ao entrevistado para avaliar positiva ou negativamente o governo, o resultado é da mesma forma péssimo para Lula: o "negativo" (41%) supere numericamente o "positivo" (30%). Os que veem o governo de forma "regular" são 27%.

* Em Goiás, um coração pulsante do agronegócio no país, a Quaest ouviu 1.127 eleitores. Lá, a "aprovação" (43%) do governo é inferior à "desaprovação" (50%), numa pesquisa que tem margem de erro de 2,5 pontos percentuais. Quando o entrevistado avalia positiva ou negativamente o governo, o resultado é novamente ruim para Lula: o "negativo" chega a 40% enquanto o "positivo" fica em 32%. Os que veem o governo de forma "regular" são 27%.

A pesquisa, encomendada pela Genial Investimentos, ouviu eleitores com 16 anos ou mais entre os dias 4 e 7 de abril.

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