Líder do PT no Rio contraria Quaquá e insiste na vice de Paes: 'Não fala em nosso nome'

Não pegou bem, em nível local, a decisão de Washington Quaquá, vice-presidente nacional do PT, de admitir publicamente (tão cedo) que o partido pode ficar de fora da chapa de Eduardo Paes à reeleição no Rio.

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Em entrevista à CNN Brasil, o deputado disse que, embora interessados na vice-prefeitura, os petistas não estão com a “faca no pescoço” de Paes, que estaria focado em escolher “alguém da sua confiança” para a vaga, já que deve deixar a prefeitura para buscar o governo do estado, em 2026.

Quaquá, embora influente no PT fluminense, não o comanda (o presidente estadual hoje é João Maurício, que, em entrevista à repórter Luísa Marzullo, sustentou a demanda pela vice).

E os diretórios nacional e fluminense tampouco são os único interessados: a ala municipal da legenda na capital é que tem esquentado a disputa e ventilado nomes, como o de Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial — uma escolha mais do que improvável, dada a falta experiência da ministra.

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Diz Tiago Santana, que presidente o PT carioca:

— Ele (Quaquá) não fala em nome do PT carioca. Sabemos que a questão será decidida pela direção nacional, não só no Rio mas no Brasil. E estamos tranquilos porque temos diálogo direto com a presidenta Gleisi Hoffmann.

Mais do que a atitude de praticamente abrir mão da vice de Paes, pesou contra Quaquá, diante dos correligionários do Rio, o timing da declaração.

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Se não a vice, a intenção era pleitear, adiante, apoio de Paes para eleger vereadores (o PT quer subir de três para cinco cadeiras na Câmara) ou para ocupar espaços mais relevantes no secretariado municipal.

Hoje, o petismo pilota a Assistência Social, o Desenvolvimento Econômico Solidário e o Meio Ambiente, mas tem apetite por orçamentos maiores, como o da Riotur, empresa pública de turismo do Rio.

Sem sequer poder simular que está com a “faca no pescoço” do prefeito, a colheita do PT nos próximos meses pode ser ainda mais árida do que o imaginado.

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