Integrantes do diretório do PT no Rio de Janeiro desistiram, ao menos por enquanto, de insistir no nome de Anielle Franco para a vice da chapa de Eduardo Paes nas eleições da capital no ano que vem. O nome da ministra da Igualdade Racial vinha sendo ventilado por uma ala da divisão municipal do partido desde agosto, quando ela esteve na cidade e saiu bem avaliada de um jantar oferecido pelo prefeito na Gávea Pequena, na Zona Sul carioca. A ideia, no entanto, não vingou.
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Dois meses depois, a leitura dessa mesma ala do PT é que a costura pela vice de Paes será “turbulenta”, já que o prefeito tem demonstrado que quer uma pessoa de seu círculo de confiança nessa posição. No processo de conquista desse espaço, será necessário, dizem esses petistas, marcar posição e garantir que Lula, aliado de Paes, tenha um nome para indicar de “bate-pronto” à aliança, sem qualquer tipo de obstáculo. Anielle, para começo de conversa, está em Brasília.
O trabalho na Esplanada dos Ministérios, avalia o PT do Rio, faz com que Anielle esteja distante da realidade de uma pré-candidata à vice. E a ocupa com outras tarefas. No mês passado, por exemplo a ministra precisou demitir uma de suas principais auxiliares devido a publicações em redes sociais que ofendiam torcedores do São Paulo, após a final da Copa do Brasil. O episódio rendeu ameaças de morte à Anielle, que solicitou escolta ao Ministério da Justiça. Daí as dificuldades diante da eleição.
Ainda assim, os petistas da capital fluminense querem filiar a irmã de Marielle Franco e cogitam um cenário em que, em 2026, ela possa concorrer a um cargo no Congresso. Por ora, a insistência deles, alheia à ministra, será para que Paes não deixe o partido de fora da chapa municipal em 2024.
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