Diogo Dantas
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Diogo Dantas

Bastidores dos clubes e da seleção brasileira e notícias do mercado da bola

Informações da coluna

Diogo Dantas

Repórter com mais de 10 anos de experiência. No GLOBO, cobriu Copas do Mundo, foi setorista do Flamengo e especializou-se nos bastidores e mercado da bola.

Depois de ter seu processo por estupro anulado, Cuca voltou a trabalhar, comanda o Athletico, e prometeu em sua apresentação ter uma postura diferente na prática.

Por isso, aceitou falar sobre os casos de Robinho e de Daniel Alves, mesmo sem fazer julgamento de valor sobre as condenações dos atletas.

Confira:

Meu processo foi anulado, mas nem por isso - ou muito menos por isso - me sinto à vontade em comentar esse tema. No entanto, nas minhas reflexões, e durante minha última coletiva, eu disse, e continuo dizendo, que o silêncio é uma forma de covardia. Robinho e Daniel Alves foram jogadores de máxima excelência. Eu os admirei em campo. Atleticamente, foram grandes. Já fui treinador dos dois.

No campo jurídico, cabe à justiça julgar e dar o veredito. E a nós, cumprirmos. No campo moral, o jogo é outro. Nesse campo moral, me restou o que entendo como um privilégio, que é o de poder buscar alguma forma de ajudar na transformação. Como? Falando sobre o assunto, me educando, buscando e propondo informação e conhecimento, criando e participando de ações efetivas fora e dentro do campo. Vivemos um tempo histórico onde nós homens precisaremos reconstruir o que é ser homem e combater de uma vez por todas qualquer violência contra a mulher. Eu estou só começando a fazer isso, e no momento em que eles estiverem quites com a Justiça eu estarei pronto para, se quiserem, repassar a eles o que eu tiver aprendido até lá. E com isso inspirarmos a garotada com bons exemplos. Porque, apenas com gols e títulos, não é mais suficiente.”

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