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Mariana Barbosa

No GLOBO desde 2020, foi repórter no Brazil Journal, Folha, Estadão e Isto é Dinheiro e correspondente em Londres.

Rennan Setti

No GLOBO desde 2009, foi repórter de tecnologia e atua desde 2014 na cobertura de mercado de capitais. É formado em jornalismo pela Uerj.

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Maior empresa especializada em visto de residência para brasileiros que querem emigrar para os Estados Unidos ou Europa, a D4U faturou R$ 100 milhões no ano passado — 37% a mais do que no ano anterior. Em 2024, a empresa projeta crescer na mesma proporção, com a ampliação de serviços e a inclusão de mais um destino para quem quer deixar o país: Dubai.

A empresa tem a atriz Giovanna Antonelli como garota propaganda e acaba de inaugurar um escritório no Rio, no Shopping Bossa Nova Mall, no aeroporto Santos Dumont. A localização é estratégica. Ao lado fica um posto de atendimento do consulado americano, o único do país que realiza entrevistas com brasileiros que estejam em processo de obtenção de green card.

O escritório da D4U no Rio é o quarto da empresa no Brasil — os outros estão em São Paulo, Goiânia e João Pessoa. A empresa também está expandindo na América Latina, com escritórios em Buenos Aires e Bogotá, países que já respondem por 15% da demanda da empresa.

Além da expansão geográfica, a D4U está ampliando o campo de atuação: originalmente focada no profissional ou investidor que busca residência no exterior, a empresa agora ajuda também na obtenção do visto de turista e estudante.

Desde que foi fundada na Flórida pelo brasileiro Wagner Pontes, em 2015, a D4U já conseguiu vistos para 9 mil pessoas, sendo 2 mil só no ano passado.

Pontes fundou o negócio depois de ter o próprio visto de residência nos EUA negado porque o prestador de serviço contratado deu entrada de forma errada. — Esse é um serviço que mexe com os sonhos das pessoas, mas costuma ser feito de forma muito amadora — diz o empresário, que vive em Boca Raton, na Flórida. Em geral, o serviço é feito por profissionais autônomos ou advogados, que trabalham para poucos clientes.

Segundo Pontes, o visto de residência nos EUA para investidores ou profissionais qualificados custa em torno de US$ 15 mil, mas o processo é burocrático — são mais de 2 mil páginas de questionários e documentos — e pode levar um ano. — De maneira geral, o processo para a Europa é mais facilitado e costuma levar de dois a três meses — diz. Para competir com EUA e Europa, Dubai eliminou a burocracia: o visto sai em uma semana.

A D4U fez uma parceria com a Câmara de Comércio de Dubai no Brasil e em breve vai levar formadores de opinião a Dubai para vender o destino como uma opção para quem quer sair do país. — Hoje o custo de vida em Dubai é mais baixo que em Miami, sem contar a isenção de impostos para pessoa física — diz Pontes.

O crescimento da D4U pode ser explicado pela taxa de sucesso: 99% dos vistos são aprovados. Se o pedido for recusado, a empresa faz a reaplicação sem custo. — Se é um caso que a gente não acredita, a gente declina. Não vamos comprometer o índice de sucesso por um contrato a mais — diz Pontes.

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