Bela Megale
PUBLICIDADE
Bela Megale

Investigações criminais, bastidores do poder e a vida política de Brasília

Informações da coluna

Bela Megale

É colunista do GLOBO em Brasília e colaboradora da revista "Época". Passou pelas redações de "Folha de S.Paulo", "Veja", "Istoé", entre outras publicações.

Por Bela Megale

Com a decisão de Lula em aberto sobre o nome que indicará para comandar a Procuradoria-Geral da República (PGR), integrantes do governo trabalham para que o presidente receba mais dois nomes.

Uma ala se articula para marcar uma agenda entre o presidente e o subprocurador-geral da República Aurélio Rios. Com atuação na área de direitos humanos, em especial na defesa de comunidades indígenas, Rios se destacou como crítico ferrenho da Lava-Jato. Também chegou a atuar, no início da carreira, como assessor de Sepúlveda Pertence, quando este esteve à frente da PGR.

Nesta terça-feira-feira, Aurélio Rios foi ao Palácio do Planalto onde teve reuniões com ministros de Lula.

Outra ala do governo defende que o presidente se reúna com um nome indicado pelo atual procurador-geral da República, Augusto Aras. Sem chance de ser reconduzido ao cargo, Aras está disposto a trabalhar com os interlocutores do governo na escolha de uma opção para sucedê-lo.

O nome defendidos por Aras é o subprocurador Carlos Frederico Santos, responsável pelo inquérito dos atos golpistas de 8 de janeiro. O PGR também vê com bons olhos Humberto Jacques de Medeiros. Pesa contra ele, porém, ter se posicionado pela inelegibilidade de Lula em 2018.

Lula vinha trabalhando com dois nomes principais para o comando da PGR: Antônio Carlos Bigonha, apoiado pelo PT, e Paulo Gonet, avalizado pelos ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes.

O petista chegou a se encontrar com ambos, e, após as conversas, escalou membros do governo e aliados para buscarem novas opções para o posto. O mandato de Aras termina no dia 26 e o presidente tem urgência em definir um indicado.  

Mais recente Próxima CNJ afasta juiz que participou de grupo de empresários pró-golpe