Céline Dion apresenta visão crua e dolorosa em documentário

Por - 24/06/24 às 14:49

Celine DionCeline Dion / Reprodução TV

Com estreia marcada para 25 de junho, terça-feira, na Prime Video, o “Eu Sou: Céline Dion” nos convida a entrar em uma jornada de luto, dores e superação de uma das maiores vocalistas da história da música. O OFuxico já assistiu e te contamos tudo sobre ele por aqui.

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Em um tom sombrio, o foco é explorar, parcialmente, a carreira brilhante da voz de sucessos como “The Power Of Love” e “My Heart Will Go On” e também entrar em um mundo bem dificultoso e doloroso da cantora, pós o diagnóstico de Síndrome de Pessoa Rígida (SPR).

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A doença causa espasmos, dores, enrijecimentos de músculos, tudo de maneira progressiva e com um prognóstico que não indica cura, apenas tratamento para dar qualidade de vida aos afetados. O distúrbio afeta um indivíduo a cada um milhão, sendo mais comum em mulheres.

O Tempo

Ao longo de suas 1h40, Céline Dion tem sua carreira celebrada, além de mostrar como o tempo é implacável. A cantora passa por dramas que são, inegavelmente, dolorosos. Vivendo reclusa com seus dois filhos e os pets. Entre lembranças, ela mostra como sua voz ficou afetada, alcançando pouquíssimas notas altas e com a sua voz falhando.

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Além disto, sua rotina virou outra: muitas medicações para evitar novas crises, dias banhando a músicas, principalmente ópera, e um silêncio constante, além de pouquíssimos compromissos para a sua vida profissional.

Esforço para felicidade

Na maior parte do tempo, o maior sentimento que existe nele é a melancolia: lembrança de momentos gloriosos que acabam em uma fração de segundos. As cenas mais tocantes de Céline são sempre com ela contando como a música foi o fio condutor de sua vida e como, agora, após cancelar uma sequência de shows e se mostrar transparante sobre o diagnóstico, resta apenas a esperança de que, um dia, ela possa fazer o que mais ama: performar.

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Nota-se que a cena mais dolorosa e a mais bonita também estão ao final do documentário: ela luta, constantemente e com muita garra, para se alimentar da felicidade de cantar. Em sessões para gravar a faixa “Love Again”, seus agudos e sua voz de cabeça falham, mas desistir não é uma opção.

Após um esforço tremendo, ela começa a apresentar espaços e uma crise acontece. As imagens são chocantes e cruas, mostrando uma dura realidade. A calmaria vem e com elas muitas emoções. E é ali que Céline declara: mesmo que custe duras crises, ela não vai parar. Tudo isto em uma cena tocante, em que ela cantarola uma de suas memoráveis canções.

Saldo final

“Eu Sou: Céline Dion” é cru, ou seja, tem cenas fortes, duras e necessárias para mostrar um mundo além do glamour da vida de uma das maiores cantoras do mundo. Sempre doce e gentil, o documentário traz sentimentos mistos ao colocar o foco na SPR, uma doença pouco conhecida, mas implacável.

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No final, a celebração de sua carreira perde um pouco do tom, dando um ar fúnebre a alguém que tem tanta garra, força e sonhos, e no final, fica o questionamento: deveria ser assim? No fundo, exploramos aqui fases de um luto pessoal, com aquela chama que move, a todos nós, e que chamamos de esperança.

Mesmo que o foco principal seja mostrar os novos dilemas, as comparações de quem ‘ela foi’ para quem ‘ela é’, deixam uma sensação amarga. Mas, se tem algo que se sobressai, são as emoções, e este aqui é completamente carregado de todas elas.

Em formação no Jornalismo pela UMESP. Escreve sobre cultura pop, filmes, games, música, eventos e reality shows. Me encontre por aí nas redes: @eumuriloorocha