Presidente da Fifa, Gianni InfantinoAFP

Rio - O presidente da Fifa, Gianni Infantino, se manifestou a favor de derrota automática em casos de racismo no futebol. O dirigente lamentou mais um caso de preconceito, dessa vez com o goleiro Maignan, do Milan, no duelo com a Udinese, no último sábado (20).
"Temos que implementar a derrota automática para o time cujos torcedores cometeram racismo e causaram abandono da partida, bem como proibições mundiais de estádios, e acusações criminais para racistas", afirmou Infantino.
O duelo entre Milan e Udinese foi interrompido pelo árbitro aos 33 minutos do primeiro tempo, logo após Maignan relatar as ofensas racistas. Os jogadores se retiraram de campo e a partida chegou a ser interrompida por cinco minutos, mas foi retomada em seguida.
Veja a nota da Fifa, assinada por Gianni Infantino, na íntegra:
"Os acontecimentos que ocorreram em Udine e Sheffield no sábado são totalmente abomináveis e completamente inaceitáveis. Não há lugar para racismo ou qualquer forma de discriminação - tanto no futebol como na sociedade. Os jogadores afetados pelos acontecimentos de sábado têm meu total apoio.

Precisamos que todas as partes interessadas relevantes tomem medidas, começando pela educação nas escolas, para que as gerações futuras entendam que isso não faz parte do futebol ou da sociedade.
Além do processo de três etapas (partida interrompida, partida interrompida novamente e partida abandonada), temos que implementar a derrota automática para o time cujos torcedores cometeram racismo e causaram abandono da partida, bem como proibições mundiais de estádios, e acusações criminais para racistas.

A Fifa e o futebol mostram total solidariedade às vítimas do racismo e de qualquer forma de discriminação. De uma vez por todas: não ao racismo! Não a qualquer forma de discriminação!"