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acima de 18 anos
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Toda mulher grávida deve ganhar peso durante a gestação. Por isso, o acompanhamento do ganho de peso gestacional é muito importante, pois ganhos inadequados (abaixo ou acima das recomendações) podem aumentar o risco da mãe ter filhos pequenos ou grandes para idade gestacional, e também o risco de problemas para a mãe, como pressão arterial elevada, diabetes gestacional e obesidade no pós-parto.
Assim, a curva de ganho de peso gestacional é um instrumento de monitoramento do estado nutricional materno utilizado nas consultas de pré-natal. Esse instrumento permite acompanhar o ganho de peso ao longo da gestação e é composto por quatro curvas, uma para cada um dos quatro grupos de índice de massa corporal (IMC) pré-gestacional: baixo peso, eutrofia, sobrepeso e obesidade. O instrumento apresentará faixas de ganho de peso que ajudam a entender se a gestante está ganhando peso adequado, abaixo ou acima do recomendado.
Atualmente, uma curva de monitoramento de IMC durante a gestação é utilizada na rotina de atendimento pré-natal no Sistema Único de Saúde, principalmente por profissionais que atuam na atenção primária.
Esta curva faz parte da caderneta e do cartão da gestante utilizado em municípios do país. Além da curva de IMC de Atalah, as recomendações de ganho de peso gestacional são feitas seguindo a proposta do Instituto de Medicina Americano, que considera o IMC pré-gestacional.
Diferentemente da curva anterior, que era baseada em dados de IMC de uma pequena amostra da população Chilena, as novas curvas e recomendações de ganho de peso gestacional foram estabelecidas com base em dados de 21 estudos participantes do Consórcio Brasileiro de Nutrição Materno-infantil (CBNMI), realizados entre 1990 e 2018. Foram considerados dados de 7.086 gestantes saudáveis, que deram à luz crianças a termo, com peso adequado para idade gestacional. Essas gestantes totalizaram 29.323 medidas de peso.
Diversos modelos estatísticos foram testados para a construção da curva e modelos aditivos generalizados para localização, escala e forma (GAMLSS) foram os que apresentaram melhor desempenho, considerando diagnóstico do modelo e a frequência de medidas abaixo e acima de percentis selecionados (50; 25/75; 10/90; 3/97).
A validação externa utilizou dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional entre 2008 e 2018 e dados do estudo ‘Nascer no Brasil’ (2011), considerando os mesmos critérios para seleção das gestantes. As recomendações de ganho de peso serão definidas a partir dos dados do CBNMI, considerando a capacidade das curvas em predizer a ocorrência de desfechos neonatais adversos, como nascimento de crianças pequenas/grandes para idade gestacional e desfechos maternos, como a retenção de peso pós-parto.
Esse trabalho está em fase final de elaboração.
Uma nova curva de monitoramento e novas recomendações de ganho de peso gestacional estão sendo propostas, com apoio da Coordenação Nacional de Alimentação e Nutrição e do Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde. Esta curva já passou pelas fases de validação interna e externa, e o processo de definição de recomendações baseadas nesta curva está em fase final. Todas estas informações serão incorporadas à caderneta da gestante em 2021.
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