| ![](https://cdn.statically.io/img/img.uol.com.br/x.gif) | ![](https://cdn.statically.io/img/img.uol.com.br/x.gif) 28/09/2005 - 21h06 Rebelo vence elei��o e � o novo presidente da C�mara Da Reda��o Em S�o Paulo O governo federal conseguiu emplacar na presid�ncia da C�mara dos Deputados um nome de sua confian�a, com a vit�ria do deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP). Rebelo, 49, venceu em segundo turno o oposicionista Jos� Thomaz Non� (PFL-AL), por 258 votos a 243. Houve ainda seis votos em branco e dois votos nulos. No primeiro turno, realizado nesta quarta-feira, ambos os candidatos obtiveram 182 votos.
A disputa foi acirrada, voto a voto. Aldo Rebelo chegou a abrir 20 votos de vantagem sobre Jos� Thomaz Non�, mas os dois candidatos chegaram a empatar em 213 a 213. S� foi poss�vel declarar a vit�ria matem�tica de Aldo faltando 13 votos para o final da apura��o.
No discurso de agradecimento, minutos ap�s o final da apura��o, Aldo Rebelo disse que "esse espa�o [a C�mara] � um espa�o independente que pertence, unicamente, a seu titular, que � o povo brasileiro".
Aldo Rebelo comandar� a Casa at� o dia 2 de fevereiro de 2007, data prevista para a escolha da pr�xima Mesa Diretora.
A candidatura de Rebelo foi fortemente apoiada pelo Pal�cio do Planalto, que abdicou de uma candidatura petista e investiu pesado -houve promessa de verbas e o presidente Luiz In�cio Lula da Silva ligou pessoalmente a parlamentares pedindo votos a Rebelo.
O PL desistiu de candidatura pr�pria e passou a apoiar Rebelo depois de o governo prometer mais verbas para o Minist�rio dos Transportes, controlado pelo partido. Al�m de PT e PL, deram apoio a Rebelo o PSB e parte do PMDB.
![S�rgio Lima/Folha Imagem](https://cdn.statically.io/img/n.i.uol.com.br/ultnot/crise/050928comemora200.jpg) | | Aldo Rebelo comemora sua vit�ria na C�mara | Rebelo � muito identificado com o governo petista. Foi ministro-chefe da Secretaria de Coordena��o Pol�tica e Assuntos Institucionais e l�der do governo na C�mara. Para seus cr�ticos, isso mostra que pode haver uma subordina��o da C�mara ao Executivo.
Em discurso antes da vota��o do segundo turno, Aldo Rebelo prometeu autonomia em rela��o ao governo. Disse que seu passado pol�tico serve de resposta para as insinua��es de que ter� vincula��o com o Executivo.
"Nunca dependi do governo para ser eleito", afirmou. "Acima do governo est� o pa�s. Acima do governo est� est� o povo. Acima do governo, est� est� a necessidade de restabelecer o di�logo", acrescentou. Como compromisso, disse que projetos enviados pelo Executivo n�o ser�o votados caso haja propostas similares em tramita��o no Congresso Nacional.
O governo, que perdeu a elei��o na C�mara no in�cio deste ano para Severino Cavalcanti (PP-PE), retoma agora influ�ncia sobre a Casa, que foi governada pelo petista Jo�o Paulo Cunha (SP) em 2003 e 2004.
Severino Cavalcanti pediu a ren�ncia ao cargo e ao mandato na semana passada, ap�s den�ncias de que teria cobrado propina do empres�rio
Sebasti�o Buani, dono de um restaurante na C�mara. O caso ficou conhecido como "mensalinho".
Come�o na UNE
Ex-ministro da Coordena��o Pol�tica, o jornalista Aldo Rebelo ingressou na vida pol�tica em 1976, quando foi secret�rio-geral da Uni�o Nacional dos Estudantes (UNE). Desde ent�o, foi vereador e por quatro vezes deputado federal pelo PCdoB. Antes, esteve filiado por cinco anos ao PMDB.
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