Conteúdo publicado há 20 dias

George Clooney assa a batata de Biden

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A batata de Joe Biden não parou de assar, nem enquanto ele recebia dezenas de líderes mundiais em uma das mais importantes cúpulas da Otan. (Lá no pé explico o que rolou nessa cúpula, darling. Devia até ser o lead, mas como aqui nessa newsletter o que mais importa são as eleições americanas...)

Certamente o tiro mais midiático veio de George Clooney, afinal, é o George Clooney. How you're doing, Clooney? Beijo, me liga. E foi sem dó, com alguma piedade, que o ator disparou em um artigo no The New York Times:

"É devastador dizer isso, mas o Joe Biden com quem eu estava há três semanas na arrecadação de fundos não era o Joe ' big F-ing deal ' Biden de 2010. Ele nem era o Joe Biden de 2020. Ele era o mesmo homem que todos nós testemunhamos no debate."

Para os perdidos. O Biden que todo mundo testemunhou no debate com Trump, há duas semanas, era um tipo de zumbi boquiaberto, paralisado, vendo o nada. E quando falava, trocava palavras, errava informações triviais.

Soprando para derrubar

Mas o tiro mais matador foi dado mesmo por Nancy Pelosi, a ex-presidente toda poderosa da Câmara e vista como uma das poucas pessoas que poderiam convencer Biden a desistir da disputa. Em entrevista na manhã de ontem ao "Morning Joe", o programa predileto de Biden, ela disse:

"Cabe ao presidente decidir se ele vai concorrer. Estamos todos encorajando-o a tomar essa decisão, porque o tempo está se esgotando. Ele é amado, ele é respeitado, e as pessoas querem que ele tome essa decisão."

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Aí você pode estar pensando: Mas Tixa, não tem nada demais essa declaração. O problema, darling, é que na segunda-feira Biden enviou uma carta enfática aos congressistas dizendo que ele já tomou a decisão de concorrer. A Nancy agora fala que ele tem que decidir se vai concorrer, se ele já decidiu?

A imprensa americana relata que Nancy não dá declarações ao vento sem pensar em cada milímetro do que diz. O efeito foi imediato.

Até agora nenhum senador democrata tinha pedido a saída de Biden da disputa. Pois agora temos o senador Peter Welch, de Vermont. Ele escreveu no The Washington Post:

"Para o bem do país, estou pedindo ao presidente Biden que se retire da disputa."

MMA

Mas a prova de fogo, mais uma, diga-se de passagem, acontece no fim desta quinta-feira quando Biden vai conceder uma entrevista coletiva para falar sobre o fim da cúpula da Otan. Vai ser um MMA, BRASEW. Poderia ser anunciado assim:

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Do lado direito do ringue, pesando um milhão de toneladas de raiva acumulada: os jornalistas. (Eles passaram anos por lá sem escrever nada sobre a condição de saúde de Biden e agora estão sentindo que foram manipulados para acreditarem que estava tudo bem).

Do lado esquerdo do ringue, pesando dois quilos: Joe Biden. (Que já tem um problema de comunicação desde sempre, mas que terá que provar que não precisa de teleprompter, papeizinhos, cola ou qualquer outra coisa para responder perguntas livremente sem parecer um zumbi).

Vamos à Otan

Primeiramente, como diria o Temer, a batata do Biden está assando até na Otan. O pessoal não acredita muito que ele vá ganhar e já se preocupa com o futuro da organização em um governo Trump.

Segundamente?..

Otan é aquele grupo de países que prometem ser fiéis uns aos outros, na alegria e na tristeza, na saúde ou na doença, ou em um ataque da Rússia? Quando um país da organização é atacado militarmente, todos os outros entram juntos na guerra. Ou seja, quer fazer uma terceira guerra mundial? Ataca um país da Otan. Bem simples.

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P.S: A Ucrânia não é da Otan. Só para esclarecer. Queria muito. Zelensky não sai de lá das reuniões. Mas não é, por enquanto. Mas o pessoal diz que, fatalmente, o país vai entrar na organização.

A galera da Otan foi para Washington esta semana. Mais de 30 líderes reunidos. E aí eles aprovaram uma declaração conjunta que, pela primeira vez ever, aponta o dedo para a China. O grupo acusou o país do Xi Jinping de ser um "facilitador decisivo da guerra da Rússia contra a Ucrânia". Treta, darling. E ainda exigem que a China pare de mandar "componentes de armas" e outras tecnologias essenciais para a reconstrução do Exército russo. Viu? Lead no pé.

E amanhã vem aqui saber como foi a entrevista coletiva de alto risco do Biden, sobre a Otan.

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