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Luiz Fara Monteiro
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CEO da LATAM critica demora para reinício das operações em Congonhas

Jerome Cadier desabafou sobre lentidão após incidente com um Learjet: "O que mais deve acontecer para que decidam não operar com aviação de pequeno porte em um aeroporto tão central para toda a malha aérea do país?"

Luiz Fara Monteiro|Do R7


CEO da LATAM, Jerome Cadier: "Nenhum voo decolou ou pousou por 8 horas por causa de um avião pequeno com problemas"
CEO da LATAM, Jerome Cadier: "Nenhum voo decolou ou pousou por 8 horas por causa de um avião pequeno com problemas"

O CEO da LATAM Brasil, Jerome Cadier, usou uma rede social para reclamar da longa inoperância na pista do Aeroporto de Congonhas, depois que um avião executivo — um Learjet — saiu da pista e foi parar próximo ao barranco que divide o aeródromo da avenida Washington Luis. 

Foram quase 9 horas de aeroporto fechado, o que causou o desvio e cancelamento de vários voos que deveriam pousar em Congonhas e de lá decolar. O terminal ficou lotado na noite deste domingo (9), com milhares de passageiros em busca de uma solução.

Leia o desabafo e crítica do presidente da LATAM Brasil: 

"Mais um absurdo…

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Ontem um avião de pequeno porte teve seus pneus estourados durante o taxi e parou na alça de acesso à pista do aeroporto de Congonhas. Isto aconteceu às 13h35. O aeroporto ficou impraticável até as 22h18.

Ou seja, novamente, nenhum voo decolou ou pousou por 8 horas por causa de um avião pequeno com problemas.

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O domingo de tarde é muito movimentado em Congonhas com a “volta” do final de semana e a preparação dos voos de segunda de manhã, pico de operação do aeroporto.

Resumo aqui o impacto somente na LATAM Airlines, para que vocês tenham uma ideia de como funciona a aviação.

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Só em função deste incidente e seus efeitos reacionários, entre ontem e hoje, tivemos mais de 180 voos cancelados, atrapalhando a vida de quase 30 mil pessoas. Tivemos inclusive impacto na saída dos voos internacionais de Guarulhos (GRU MAD, por exemplo, foi cancelado porque a tripulação não chegou a tempo).

Todos estes passageiros tiveram que ser realocados em outros voos, em outros dias. Muitos tiveram que ir para o hotel, e aqui convido vocês a pensarem se, de uma hora para outra, existe em São Paulo disponibilidade para milhares de quartos de hotéis sem reserva antecipada. Não existe nem transporte para tanta gente de uma vez.

Filas enormes, gente dormindo no chão, pessoas chorando e alguns brigando… um desespero!

Abrimos para remarcação sem custo para os impactados. Tentamos avisar a todos antes que se deslocassem para o aeroporto. Levamos equipe de outros aeroportos para atender os passageiros. Levamos água, já que não existia capacidade para alimentar a todos no aeroporto.

Imaginem o prejuízo financeiro por este incidente, que não é da responsabilidade da LATAM.

Aqui deixo minha pergunta final para vocês: o que mais deve acontecer em Congonhas para que decidam não operar com aviação de pequeno porte em um aeroporto tão central para toda a malha aérea do país?", finalizou Jerome.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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