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04 julho 2024
Autoridades reafirmam a validade do Consenso de Montevidéu sobre População e Desenvolvimento
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Em parceria com o Ministério Público do Trabalho, UNOPS equipa escola com itens de informática
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02 julho 2024
1ª Reunião de Mulheres Parlamentares do G20
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Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no Brasil
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são um apelo global à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade. Estes são os objetivos para os quais as Nações Unidas estão contribuindo a fim de que possamos atingir a Agenda 2030 no Brasil.
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01 julho 2024
ONU alerta: o mundo não está cumprindo os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
Faltando apenas seis anos para o fim do prazo, o progresso atual está muito aquém do que é necessário para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Sem investimentos maciços e ações em escala, o cumprimento dos ODS - o projeto para um mundo mais resiliente e próspero e o caminho para sair das atuais crises globais - permanecerá indefinida, adverte o Relatório sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 2024, lançado na sexta-feira (28 de junho).Um mundo em grande agitaçãoO relatório revela que apenas 17% das metas dos ODS estão atualmente na direção correta para serem cumpridas, sendo que quase metade apresenta progresso mínimo ou moderado e mais de um terço está estagnado ou regredindo. Os impactos persistentes da pandemia da COVID-19, a escalada de conflitos, as tensões geopolíticas e o crescente caos climático prejudicaram gravemente o progresso.De acordo com o relatório, mais 23 milhões de pessoas foram empurradas para a pobreza extrema e mais de 100 milhões de pessoas estavam sofrendo de fome em 2022 em comparação com 2019. O número de mortes de civis em conflitos armados disparou em 2023. Esse ano também foi o mais quente já registrado, com as temperaturas globais se aproximando do limite crítico de 1,5°C.Um momento de escolha e consequência"Este relatório destaca a necessidade urgente de uma cooperação internacional mais forte e mais eficaz para maximizar o progresso a partir de agora", disse o secretário-geral da ONU, António Guterres. "Faltando mais de seis anos, não podemos deixar de cumprir a nossa promessa para 2030 de acabar com a pobreza, proteger o planeta e não deixar ninguém para trás."Prioridades urgentes:Financiamento do desenvolvimento: A lacuna de investimento dos ODS nos países em desenvolvimento agora é de US$ 4 trilhões por ano. Os países em desenvolvimento precisam de mais recursos financeiros e espaço fiscal. A reforma da arquitetura financeira global é fundamental para liberar o volume de financiamento necessário para estimular o desenvolvimento sustentável.Paz e segurança: O número de pessoas deslocadas à força atingiu um nível sem precedentes, quase 120 milhões até maio de 2024. As mortes de civis aumentaram em 72% entre 2022 e 2023 em meio à escalada da violência, destacando a necessidade urgente de paz. É essencial resolver os conflitos em andamento por meio do diálogo e da diplomacia.Aceleração da implementação: São necessários investimentos maciços e parcerias eficazes para promover transições críticas em alimentos, energia, proteção social, conectividade digital e muito mais.Histórias de sucesso e oportunidades de açãoO relatório destaca exemplos de sucesso e resiliência que podem ser aproveitados por meio de ações decisivas.Os notáveis avanços recentes na implantação de energia renovável, por exemplo, destacam um caminho claro para uma transição energética justa. Na maioria das regiões, meninas alcançaram a paridade e até mesmo passaram à frente dos meninos na conclusão da escolaridade em todos os níveis. O aumento do acesso à Internet em cerca de 70% em apenas oito anos também ilustra como é possível uma rápida mudança transformadora. Da mesma forma, décadas de progresso contra o HIV/AIDS fornecem um modelo para a superação de outras pandemias por meio da solidariedade global e do financiamento de avanços científicos."Repetidas vezes, a humanidade demonstrou que, quando trabalhamos juntos e aplicamos nossa mente coletiva, podemos criar soluções para problemas aparentemente intratáveis", disse Li Junhua, subsecretário-geral da ONU para Assuntos Econômicos e Sociais.Momentos-chave para os ODSA Cúpula do Futuro, que acontecerá nos dias 22 e 23 de setembro na sede da ONU em Nova Iorque, será fundamental para colocar o mundo de volta no caminho certo para alcançar os ODS. As deliberações na Cúpula incluirão a crise da dívida que está impedindo o avanço de tantos países em desenvolvimento e a necessidade urgente de reforma da arquitetura financeira internacional.De acordo com o relatório, tanto a Conferência sobre Financiamento para o Desenvolvimento quanto a Cúpula Mundial para o Desenvolvimento Social em 2025 serão momentos importantes para impulsionar os ODS. Mas, como o Sr. Li enfatizou: "O tempo das palavras já passou - as declarações políticas devem se traduzir urgentemente em ações. Precisamos agir agora e com ousadia".Principais conclusões:Pela primeira vez neste século, o crescimento do PIB per capita em metade das nações mais vulneráveis do mundo é mais lento do que o das economias avançadas.Quase 60% dos países enfrentaram preços de alimentos moderadamente a anormalmente altos em 2022.Com base nos dados coletados em 2022 em 120 países, 55% dos países não tinham leis de não discriminação que proibissem a discriminação direta e indireta contra as mulheres.O aumento do acesso ao tratamento evitou 20,8 milhões de mortes relacionadas à AIDS nas últimas três décadas.O progresso na educação continua sendo motivo de grande preocupação, com apenas 58% dos estudantes em todo o mundo atingindo a proficiência mínima em leitura ao final do ensino fundamental.O desemprego global atingiu o mínimo histórico de 5% em 2023, mas ainda há obstáculos persistentes para a obtenção de trabalho decente.A capacidade global de gerar eletricidade a partir de energia renovável começou a se expandir em uma taxa sem precedentes, crescendo 8,1% ao ano nos últimos cinco anos.A banda larga móvel (3G ou superior) é acessível a 95% da população mundial, em comparação com 78% em 2015.As altas temperaturas recordes dos oceanos provocaram um quarto evento global de branqueamento de corais.Os níveis da dívida externa permaneceram altos, sem precedentes, nos países em desenvolvimento. Cerca de 60% dos países de baixa renda estão sob alto risco de endividamento ou já estão passando por isso.Para obter mais informações, acesse: https://unstats.un.org/sdgs/report/2024
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Notícias
24 junho 2024
ONU lança Princípios Globais para a Integridade da Informação
O mundo precisa responder aos danos causados pela disseminação de ódio e mentiras online e, ao mesmo tempo, defender com firmeza os direitos humanos, disse hoje o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, no lançamento dos Princípios Globais das Nações Unidas para a Integridade da Informação.Falando um ano após o lançamento de seu Informe sobre Integridade da Informação em Plataformas Digitais (disponível em português), o secretário-geral apresentou um arcabouço para coordenar ação internacional a fim de tornar os espaços de informação mais seguros e mais humanos, uma das tarefas mais urgentes de nosso tempo.A desinformação, circulação de informações falsas, o discurso de ódio e outros riscos ao ecossistema de informações estão alimentando conflitos, ameaçando a democracia e os direitos humanos e prejudicando a saúde pública e a ação climática. Sua proliferação está agora sendo potencializada pelo rápido crescimento da Inteligência Artificial (IA) amplamente disponível, aumentando a ameaça a grupos frequentemente atacados em espaços de informação, inclusive crianças."Os Princípios Globais das Nações Unidas para a Integridade da Informação visam capacitar as pessoas a exigir seus direitos", disse o secretário-geral. "Em um momento em que bilhões de pessoas estão expostas a falsas narrativas, distorções e mentiras, esses princípios estabelecem um caminho claro, firmemente baseado nos direitos humanos, incluindo os direitos à liberdade de expressão e opinião".O chefe da ONU fez um apelo urgente aos governos, às empresas de tecnologia, aos anunciantes e ao setor de relações públicas que assumam a responsabilidade pela disseminação e monetização de conteúdo que resultam em danos.As próprias missões, operações e prioridades das Nações Unidas são comprometidas pela erosão da integridade das informações, incluindo esforços vitais de manutenção da paz e humanitários. Em uma pesquisa global com funcionários da ONU, 80% das pessoas entrevistadas disseram que as informações falsas colocam em risco elas e as comunidades que atendem.Os Princípios são o resultado de amplas consultas com os Estados-membros, o setor privado, lideranças jovens, mídia, academia e sociedade civil.As recomendações contidas no documento foram criadas para promover espaços de informação mais saudáveis e seguros que defendam os direitos humanos, sociedades pacíficas e um futuro sustentável.As propostas afirmam que:Governos, empresas de tecnologia, anunciantes, mídia e outras partes interessadas devem se abster de usar, apoiar ou ampliar a desinformação e o discurso de ódio para qualquer finalidade.Os governos devem fornecer acesso rápido às informações, garantir as condições para uma imprensa livre, viável, independente e plural e proteções sólidas para jornalistas, pesquisadores e a sociedade civil.As empresas de tecnologia devem garantir a segurança e a privacidade desde a concepção de todos os produtos, juntamente com aplicação consistente de políticas e recursos em todos os países e idiomas, com especial atenção às necessidades dos grupos que costumam ser alvo de ataques online. Elas devem elevar a resposta a crises e tomar medidas para apoiar a integridade das informações nas eleições.Todas as partes interessadas envolvidas no desenvolvimento de tecnologias de IA devem tomar medidas urgentes, imediatas, inclusivas e transparentes para garantir que todos os aplicativos de IA sejam projetados, implantados e sejam usados de forma segura, responsável e ética, e que respeitem os direitos humanos.As empresas de tecnologia devem definir modelos de negócios que não dependam de publicidade programática e não priorizem o engajamento acima dos direitos humanos, da privacidade e da segurança, permitindo aos usuários maior escolha e controle sobre sua experiência on-line e dados pessoais.Os anunciantes devem exigir transparência nos processos de publicidade digital do setor de tecnologia para ajudar a garantir que os orçamentos de publicidade não financiem inadvertidamente a desinformação, o ódio ou direitos humanos.As empresas de tecnologia e os desenvolvedores de IA devem garantir uma transparência significativa e permitir que pesquisadores e acadêmicos o acesso aos dados, respeitando a privacidade do usuário, encomendar auditorias independentes disponíveis ao público e co-desenvolver estruturas de responsabilidade do setor.O governo, as empresas de tecnologia, os desenvolvedores de IA e os anunciantes devem tomar medidas especiais para proteger e capacitar as crianças, com os governos fornecendo recursos para pais, responsáveis e educadores.HistóricoOs Princípios Globais das Nações Unidas para a Integridade da Informação resultam de uma proposta da Nossa Agenda Comum, o relatório do secretário-geral de 2021 que delineia uma visão para a futura cooperação global e ação multilateral.Os Princípios fornecem um recurso para os Estados-membros antes da Cúpula do Futuro, em setembro.Os Princípios Globais para Integridade da Informação estão disponíveis em: https://www.un.org/informationintegrity Contatos para a imprensa: Charlotte Scaddan, Departamento de Comunicações Globais da ONU: scaddan@un.orgVikram Sura, Departamento de Comunicações Globais da ONU: sura@un.org
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04 agosto 2023
#PrometoPausar: Ajude a combater a desinformação nas redes sociais!
A desinformação é uma informação que não é apenas imprecisa, mas também tem a intenção de enganar e é disseminada para causar danos.
A desinformação pode ser disseminada por atores estatais ou não estatais em vários contextos, inclusive durante conflitos armados, e pode afetar todas as áreas do desenvolvimento, desde a paz e a segurança até os direitos humanos, passando pela saúde pública, ajuda humanitária e ação climática.
As plataformas digitais e redes sociais se tornaram um espaço vulnerável para difusão da desinformação e do discurso de ódio, prejudicando o entendimento e o diálogo entre as pessoas e as nações, e o progresso rumo ao desenvolvimento sustentável.
⏸️ Um pequeno momento de pausa antes de compartilhar um conteúdo na internet pode ajudar a romper a corrente de desinformação que prejudica a paz e o desenvolvimento.
Sobre a campanha:
A campanha #PrometoPausar é uma iniciativa do Verificado, uma parceria mundial entre as Nações Unidas e a Purpose para combater a desinformação nas plataformas digitais e redes sociais.
Participe: https://brasil.un.org/pt-br/240171-prometopausar
#PenseAntesDeCompartilhar
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Faça a sua parte
21 agosto 2023
Campanha pela #AmbiçãoClimática
A campanha apoia os jovens, influenciadores digitais e a sociedade civil a promover evidências científicas sobre a #MudançaClimática e participar em iniciativas globais relacionadas à #AçãoClimática.
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Notícias
06 junho 2024
Alerta de fraude: ONU reforça aviso sobre contatos falsos usando o nome da Organização
Nesta quarta-feira (5), a ONU reforça seu alerta sobre o uso do nome da Organização por parte de fraudadores e estelionatários. De janeiro a maio deste ano, o Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio) recebeu mais de 900 consultas sobre e-mails falsos – uma média de 6 por dia. Em 2023, foram mais de 2000 pedidos de informação.O golpe mais recorrente envolve pessoas que se apresentam como militares e/ou médicos a serviço da ONU e solicitam pagamento de taxas para liberação de férias e/ou retorno ao país de origem.Orientações da ONU: A ONU recomenda que os destinatários de mensagens fraudulentas ou suspeitas ajam com extrema cautela e não respondam a pedidos de transferências de dinheiro, em qualquer moeda, nem forneçam informações pessoais. Transferências de fundos ou fornecimento de informações pessoais podem acarretar prejuízos financeiros ou roubos de identidade.As Nações Unidas informam que prêmios, recursos, certificados ou bolsas acadêmicas não são oferecidos pela internet ou por telefone. A Organização alerta também que nunca pede informações sobre contas bancárias ou dados pessoais de indivíduos.Alguns dos principais tipos de golpes e fraudes incluem:Golpe das férias: Por meio de mensagens, pessoas se identificam como servidores de um Estado-membro atuando em Forças de Paz e pedem dinheiro para ter direito a férias. A ONU esclarece que as solicitações de férias são feitas eletronicamente e sem custos para os seus funcionários. Golpe do noivo: Estelionatários entram em contato com as vítimas pelas redes sociais e/ou e-mail se apresentando como funcionários da ONU em países em situações de conflito armado, tragédia humanitária e/ou desastres naturais. Os fraudadores solicitam dados bancários, transferências bancárias ou Pix para poder viajar e encontrar suas noivas/noivos no Brasil. Os estelionatários utilizam fotos e nomes de funcionários da organização. Falsificam e-mails e documentos utilizando a logo da organização.Golpe do prêmio: Há também quem se identifique como funcionário da ONU pedindo dados pessoais para liberação de um suposto prêmio em dinheiro.Golpe do embaixador: Fraudadores se identificam como embaixadores ou apoiadores de alto nível da ONU, e utilizam tal denominação para solicitar dados pessoais e/ou bancários para eventual cadastro e/ou premiações. Muitos fraudadores que se dizem embaixadores da ONU, fazem visitas presenciais portando crachás falsos. A ONU esclarece que seus Embaixadores da Boa Vontade não estabelecem contato pelas redes sociais. Verifique, por favor, a lista de Embaixadores da ONU nesta página. Golpe da casa: Chamamos também a atenção para golpes que se referem à construção de casas ou outras benfeitorias por entidades ligadas às Nações Unidas. Verifique, por favor, a lista de Agências Especializadas, Fundos e Programas na ONU que operam no Brasil, e entre em contato diretamente com a entidade mencionada em qualquer mensagem referente a eventuais projetos em sua cidade, comunidade ou bairro: https://brasil.un.org/pt-br/about/un-entities-in-country.Em caso de suspeita de contato fraudulento:A ONU recomenda que as pessoas não respondam quaisquer contatos suspeitos, via e-mail ou redes sociais, e tomem as seguintes medidas:Classifiquem a mensagem eletrônica como 'spam'. Nas redes sociais, denunciem o usuário seguindo as regras de cada plataforma digital. As vítimas são orientadas a denunciar o incidente em qualquer Delegacia de Polícia ou nas Delegacias de Repressão aos Crimes de Informática, ou fazer um Boletim de Ocorrência online, se o serviço estiver disponível em seu estado. Qualquer pessoa com dúvidas sobre a autenticidade de uma mensagem ou telefonema em nome das Nações Unidas pode enviar um e-mail solicitando esclarecimentos, por meio do “Fale Conosco” da Organização: faleconosco@onu.org.br.Sobre o uso da logomarca das Nações Unidas:Iniciativas fraudulentas frequentemente usam a logomarca da ONU para se beneficiar indevidamente. Uma resolução da Assembleia Geral datada de 7 de dezembro de 1946 determina que o nome e o emblema das Nações Unidas não poderão ser usados sem a devida autorização do secretário-geral.
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História
14 junho 2024
Toda criança consegue aprender
A sensação de Alcilene era de ter fracassado. “Ser reprovada foi uma coisa muito triste para mim, eu achava que a culpa era minha”, contou a estudante de 14 anos, que mora em um distrito rural quilombola em Baraúna, no interior do Rio Grande do Norte. Aos 13 anos, havia sido reprovada no sexto ano, ainda sem ter sido alfabetizada. Ela não sabia ler e não entendia o que os professores e professoras explicavam. “Todo mundo passava, porque sabiam ler e responder as perguntas das provas e eu não sabia. Eu não me interessava em aprender a ler e escrever”. “Se falta interesse (do estudante), os professores, a gestão, a escola e a comunidade escolar estão trabalhando para que esse aluno tenha interesse? A escola está chegando até ele e ela para mostrar que são capazes?”, questiona Anderson Dias, professor de inglês e português na Escola Municipal Manoel de Barros, em Baraúna. “A responsabilidade não se restringe só ao aluno”.Foi Anderson quem notou que Alcilene precisava de apoio adicional. Felizmente, a escola participava do projeto Caminhos de Aprendizagens - Avexadas para Aprender, programa estadual que está sendo implementado em regime de colaboração com os municípios do Rio Grande do Norte, a partir das recomendações da estratégia Trajetórias de Sucesso Escolar, uma iniciativa do UNICEF e parceiros para o enfrentamento da cultura de fracasso escolar no Brasil.Isso significa que o município de Baraúna se fortaleceu para identificar estudantes em atraso escolar de dois ou mais anos e uniu esforços para retomada da aprendizagem para meninas e meninos em situação distorção idade-série. Na prática, gestores municipais participaram de capacitações técnicas realizadas pelo UNICEF e parceiros, criaram uma coordenação municipal específica para o tema, e multiplicaram as capacitações para professores da rede municipal – como na escola onde Alcilene estuda e Anderson dá aulas. Toda criança consegue aprenderO professor lembra com orgulho da trajetória de Alcilene durante o ano de 2023, quando, por orientação da Secretaria de Educação, ela foi matriculada em uma turma especial do Avexadas. “Ela participava de toda a programação da escola e projetos, mas não estava sendo vista como aluna ou como os demais que sabiam ler. Ela não sabia ler, nem escrever, conhecia poucas letras. Se Alcilene ficasse no sexto ano regular, eu tenho certeza de que ela seria reprovada e ficaria mais um ano em atraso escolar”, lembra o professor.Anderson e a escola então começaram a trabalhar com práticas pedagógicas adaptadas à realidade de Alcilene, e ela teve novas opções para avançar na aprendizagem e seguir em frente. “A gente tenta fazer um trabalho que desperte a autoestima, que desperte neles a vontade de aprender, esse acreditar em si mesmo. Que eles conseguem, que eles podem avançar, que eles podem aprender”.A trajetória de Alcilene foi transformada com o esforço conjunto do governo e da comunidade escolar para conhecer a fundo o problema, debater as diversas visões e enfrentar a cultura do fracasso escolar. A escola se constitui em espaço seguro e de acolhimento onde se conheceu, se debateu, se construiu e se reconstruiu conhecimentos sem ameaças ou pré-conceitos, culminando para a recuperação das aprendizagens e avanço nos estudos da adolescente.Sobre o futuro, Alcilene é otimista e repleta de sonhos. Quer ser professora. “Eu vi os professores me ajudando a aprender a ler e senti vontade de ser que nem eles e ajudar outras pessoas também aprender a ler”. Sobre a estratégia Trajetórias de Sucesso EscolarA estratégia Trajetórias de Sucesso Escolar é uma iniciativa do UNICEF e parceiros para o enfrentamento da cultura de fracasso escolar no Brasil. O objetivo é facilitar um diagnóstico amplo sobre a distorção idade-série e o fracasso escolar no País, e oferecer um conjunto de recomendações para o desenvolvimento de políticas educacionais que promovam o acesso à educação, a permanência na escola e a aprendizagem desses estudantes.A página da estratégia disponibiliza materiais pedagógicos – como as experiências didáticas –, textos, vídeos e dados relativos às taxas de distorção, abandono escolar e reprovação, com recortes por gênero, raça e localidade, que mostram as relações entre o atraso escolar e as desigualdades brasileiras. Para a iniciativa, o UNICEF conta com a parceria do Instituto Claro, Grupo Profarma e Itaú Social.Para saber mais, siga @unicefbrasil nas redes e visite a página: https://trajetoriaescolar.org.br/
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História
12 junho 2024
“O acesso à água nos permite garantir a saúde das nossas crianças”
Barbelys Rodriguez está no Brasil há quase oito anos. Migrante da Venezuela, ela e sua família iniciaram há dois anos um processo em que nunca imaginariam estar envolvidos antes: o de usar a sua voz para levar a mensagem de valorização e conscientização sobre o uso da água.Foi em uma palestra sobre o uso do hipoclorito de sódio, componente utilizado para realizar o tratamento intradomiciliar da água, que Barbelys conheceu a iniciativa do UNICEF para garantir acesso à água limpa e segura às famílias, como parte do seu programa de Água, Saneamento e Higiene (WASH, na sigla em inglês) – que, em Boa Vista, é implementado pela Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA).O João de Barro, um dos mais recentes bairros criados em Boa Vista, foi o local onde, junto com a sua família, Barbelys conseguiu comprar um terreno para levantar sua casa própria no novo país.A mudança, ocorrida durante a pandemia da COVID-19, trouxe outros desafios além da preocupação com o vírus. O bairro não tinha eletricidade e água naquele momento. Foi diante dessa situação que Barbelys e Rafael, seu esposo, arrecadaram dinheiro para construir um poço. O poço não abastecia só a casa da família, mas também outras três residências onde moram seus filhos, sobrinhos e o único neto.Com o novo poço, a água clara e cristalina logo foi utilizada para beber, cozinhar e para os outros afazeres do dia a dia. O problema parecia estar resolvido, mas uma coisa que Barbelys não sabia era que, sem o tratamento necessário, mesmo a água cristalina não era própria para consumo.Água, Saneamento e Higiene em João de BarroQuando as equipes de monitores do projeto do UNICEF em parceria com a ADRA começaram a aparecer na comunidade, Barbelys conta que eles foram de porta em porta analisar os poços que haviam sido construídos.“Eles me explicaram que, apesar da aparência boa da água, ela não era 100% limpa. Em uma reunião com todos que tinham poço, nos informaram o que precisava ser feito e como isso evitaria doenças para nós e para todas as crianças. Depois disso, pediram permissão para instalar os cloradores, que tratam a água para consumo”, destacou. Os cloradores auxiliam na desinfecção da água, reduzindo o risco de exposição a doenças. No João de Barro, o UNICEF, em parceria com a ADRA, trabalha aplicando diagnósticos sobre o acesso a água e a serviços de saneamento em moradias. É a partir desse trabalho que nascem as ações para a garantia de acesso à água potável, como a instalação de cloradores, doação de insumos para tratamento da água, cadastro dos poços usados pelas comunidades, monitoramento da qualidade de água, treinamentos para a realização do tratamento de água e realização de atividades sobre a importância do consumo de água tratada para a promoção da saúde e a prevenção de doenças.Esse trabalho é feito em integração com os serviços públicos. Em 2023, o UNICEF firmou uma parceria com o Programa de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Vigiagua) de Boa Vista, para a realização de cadastros de poços feitos pelas comunidades, realização do monitoramento da qualidade da água e ações de educação em saúde sobre a importância do consumo de água tratada para prevenção de doenças, incluindo práticas de higiene e limpeza.Já em parceria com a Companhia de Águas e Esgotos de Roraima (CAER) e a Associação de Moradores do João de Barro, foi feito um mapeamento de pontos do bairro que ainda não eram atendidos pela rede pública de água e saneamento, que, agora, orientadas pela companhia, aguardam a ligação com a rede pública. Além disso, são realizadas rodas de conversa com a população, onde são compartilhadas informações, por exemplo, sobre a tarifa social, a que moradores de baixa renda devem ter acesso.Barbelys recorda que antes das atividades de água e saneamento na região, muitas crianças e adolescentes eram acometidos por diarreia.“Ouvíamos que os céus estavam castigando os mais jovens. Depois da instalação dos cloradores nos poços existentes e das atividades sobre o tratamento da água, não ouvimos mais isso, porque as crianças estão bem e consumindo água de qualidade. O acesso à água nos permite garantir a saúde das nossas crianças”, ressaltou Barbelys, com um sorriso no rosto.As informações que as equipes de Água, Saneamento e Higiene levaram à comunidade não só promoveram a saúde, mas também foram responsáveis por acender uma chama interna. A família de Barbelys se colocou em uma posição de liderança que logo foi reforçada pela confiança depositada pelos vizinhos. Ela e seus familiares atuam hoje no João de Barro como agentes transformadores. Seu sobrinho de 15 anos, Alexis Manuel, se intitula como “guardião do poço”. “Quando faltava água era difícil. Eu não podia tomar banho, nem ir para a escola. Estou aqui para cuidar que ninguém deixe a torneira aberta ou desperdice a água, porque ela é preciosa. Eu bebo dessa água, meus alimentos são lavados e preparados com ela e precisamos cuidar para que todos usem com sabedoria”, diz o jovem.Com tudo isso, em alguns meses a família de Barbelys deixou de abastecer apenas as suas casas e passaram a fornecer água para outras 20 famílias da comunidade.A estratégia do UNICEF conta com o apoio financeiro do Governo dos Estados Unidos e da União Europeia, por meio do Escritório para População, Refugiados e Migração do Departamento de Estado dos Estados Unidos (PRM, na sigla em inglês) e do Departamento de Proteção Civil e Ajuda Humanitária da União Europeia (ECHO, na sigla em inglês).Para saber mais, siga @unicefbrasil nas redes e visite a página: https://www.unicef.org/brazil/t%C3%B3picos/%C3%A1gua-saneamento-e-higiene
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História
11 junho 2024
"Foi emocionante ler pela primeira vez para meus amigos"
A estratégia Trajetórias de Sucesso Escolar é uma iniciativa do UNICEF e parceiros para o enfrentamento da cultura de fracasso escolar no Brasil. O objetivo é facilitar um diagnóstico amplo e oferecer um conjunto de recomendações."Eu fui reprovado, porque eu não sabia ler e escrever e eu tinha vergonha de pedir ajuda e alguém me zoar, por isso é importante pedir ajuda para evoluir", diz Ygor Gabriel Batista Pascoal, 15 anos, de Aracaju, Sergipe.Com um sorriso tímido no rosto, Ygor inicia o ano letivo mais animado a partir dos aprendizados que teve no ano passado. O adolescente vinha de um histórico de atraso escolar e agora está conseguindo recuperar suas aprendizagens e avançar nos estudos por meio do Programa Sergipe na Idade Certa, implementado a partir da das recomendações da estratégia Trajetórias de Sucesso Escolar, do UNICEF e parceiros, voltada para a redução da distorção idade-série. Ygor estava em atraso escolar motivado por reprovações, mas, atualmente, cursa o 8º ano na Escola Estadual Poeta Garcia Rosa. "Nessa escola, aprendi a ler, escrever e me comportar mais. Minha matéria preferida é língua portuguesa e foi emocionante ler pela primeira vez para meus amigos na sala de aula", conta Ygor. "Depois que aprendi a ler, fiquei mais comunicativo e foi ficando mais fácil fazer novos amigos"."Percebemos que Ygor precisava de um olhar mais individualizado, fizemos uma avaliação de leitura e escrita e identificamos que ele precisava ser alfabetizado. O primeiro passo foi trabalhar a motivação, a autonomia e potencializar o que ele já sabia, pois ele não acreditava que podia aprender", conta Andreia de Sá Rocha Nogueira, pedagoga e professora da sala de recursos multifuncionais. A pedagoga conta sobre o processo de alfabetização tardia do menino:"Na alfabetização tardia, partimos do que o adolescente gosta e se interessa. Com o Ygor, começamos o processo pelo entendimento da pergunta com diversos gêneros textuais, incluindo músicas".Nesse caminho, uma das principais mudanças foi o comportamento. "Ygor começou a participar das aulas, ele queria realmente aprender e via que estava conseguindo e as aulas começaram a ficar mais fáceis. Aos poucos vimos um desenvolvimento maravilhoso", relata a professora de língua portuguesa, Elaysa Ferreira Lima. "Se não fosse a educação e os professores, Ygor poderia estar desmotivado, sem ir para a escola, então essa parceria com a escola é fundamental. Eu o vejo cada vez mais entusiasmado e com vontade de estudar. Ele chega de tarde e já pega o caderno dele para fazer o dever. De vez em quando, eu o pego lendo, um dia ele chegou todo feliz dizendo que conseguiu ler para todo mundo e ninguém zombou dele. Para mim é muita felicidade o ver lendo, estou muito feliz em vê-lo se desenvolvendo", diz Lilian Batista da Silva, mãe de Ygor. Programa Sergipe na Idade Certa (ProSIC) O Programa Sergipe na Idade Certa (ProSIC) – iniciativa da Secretaria Estadual de Educação, concebido a partir das recomendações da estratégia Trajetórias de Sucesso Escolar, desenvolvida pelo UNICEF e parceiros – é destinado a estudantes que estão em situação de distorção idade-série, ou seja, que apresentam dois ou mais anos de atraso escolar. “Antes do programa, tínhamos 76% dos alunos em distorção idade-série, hoje esse número reduziu drasticamente. Por meio do ProSIC, Ygor foi alfabetizado e hoje faz questão de mostrar para todo mundo que ele sabe ler”, conta Georgia Oliveira Costa Lins, ex-coordenadora pedagógica da Escola Estadual Poeta Garcia Rosa. Com práticas pedagógicas adaptadas à realidade desses estudantes, eles têm novas opções para avançar na aprendizagem e seguir em frente. “O sucesso do aluno é o conjunto de três pilares: sensibilidade do professor em não julgar, suporte pedagógico e da gestão para compreender a necessidade de reorganizar a escola para atender aquele aluno e a parceria com a família", explica a pedagoga. "Meu desejo para esse ano é estudar bastante e passar de ano. Eu gosto de estudar, porque assim consigo realizar meu sonho que é ser vaqueiro. Se você tem estudo, você tem tudo, você consegue trabalhar e não depender de ninguém", finaliza Ygor. Sobre a estratégia Trajetórias de Sucesso Escolar A estratégia Trajetórias de Sucesso Escolar é uma iniciativa do UNICEF e parceiros para o enfrentamento da cultura de fracasso escolar no Brasil. O objetivo é facilitar um diagnóstico amplo sobre a distorção idade-série e o fracasso escolar no País, e oferecer um conjunto de recomendações para o desenvolvimento de políticas educacionais que promovam o acesso à educação, a permanência na escola e a aprendizagem desses estudantes. A página da estratégia disponibiliza materiais pedagógicos – com as experiências didáticas –, textos, vídeos e dados relativos às taxas de distorção, abandono escolar e reprovação, com recortes por gênero, raça e localidade, que mostram as relações entre o atraso escolar e as desigualdades brasileiras. Para a iniciativa, o UNICEF conta com a parceria do Instituto Claro, Grupo Profarma e Itaú Social. Para saber mais, siga @unicefbrasil nas redes e visite a página: https://trajetoriaescolar.org.br/
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História
11 junho 2024
No Mês do Orgulho, o UNAIDS reforça seu apoio à comunidade LGBTQIA+ em todo o mundo
À medida que comunidades LGBTQIA+ tomam as ruas em todo o mundo durante junho para celebrar o mês do ORGULHO, o UNAIDS se solidariza com sua mobilização histórica, rejeita a criminalização, discriminação e estigmatização das pessoas LGBTQIA+ e insiste no respeito para todas as pessoas. A mobilização da Parada inclui a já tradicional Feira da Diversidade, quando pessoas, organizações e agências do governo se juntam para comemorar e celebrar ações e progressos, assim como exigir direitos. Este ano, o UNAIDS, UNESCO, UNFPA e UNICEF se juntaram para realizar uma sondagem entre participantes da Feira para conhecer o seu nível de conhecimento e de adesão aos métodos de prevenção combinada do HIV. Também procurou-se identificar como o estigma e discriminação afetam o acesso e uso da PrEP e PEP. Foram entrevistados 695 jovens, entre 18 a 29 anos. “Nos últimos 10 anos, foi justamente esta faixa etária que teve o maior incremento nos casos de AIDS", ressalta Claudia Velasquez, diretora e representante do UNAIDS no Brasil. "Os resultados desse levantamento vão nos ajudar a ter evidências sobre os melhores canais para informar e diologar com as juventudes sobre prevenção combinada e uso da PrEP e PEP, por exemplo”. A Casa 1, uma organização que oferece refúgio e suporte a jovens LGBTQIA+, complementou o trabalho de sensibilização e coleta de dados sobre a prevenção do HIV e divulgação de conhecimentos sobre PrEP e PEP entre as pessoas jovens entrevistadas. “O UNAIDS tem o compromisso de trabalhar junto com a sociedade civil e acreditamos que envolver uma organização local é fundamental pelo seu conhecimento e experiência de de trabalhar com o público-alvo da enquete", explica Claudia Velasquez."É importante destacar que envolver a sociedade civil traz, também, um potencial transformador para as jovens e os jovens que trabalharam na implementação da atividade." Motivos para celebrar Para Winnie Byanyima, diretora executiva do UNAIDS, as celebrações do Mês do Orgulho são uma demonstração do poder da inclusão e representam um longo caminho na luta para proteger os direitos humanos das pessoas LGBTQIA+. “Muito já foi conquistado, mas o progresso alcançado está ameaçado. Hoje, mais do que nunca, o mundo precisa do orgulho celebrado por esta comunidade, pois para proteger a saúde de todas as pessoas, precisamos proteger os direitos de todas elas”. Dados do UNAIDS indicam que existe muito para celebrar. Por exemplo, 123 países não penalizam relações entre pessoas do mesmo sexo. Este é o maior número de países que rejeitam a criminalização já registrado. Cada vez mais países têm abolido as leis punitivas prejudiciais contra LGBTQIA+, que muitas vezes são remanescentes do domínio colonial. Desde 2019, países como Botsuana, Gabão, Angola, Butão, Antígua e Barbuda, Barbados, Singapura, São Cristóvão e Nevis, Ilhas Cook, Maurício e Dominica revogaram leis que criminalizavam pessoas LGBTQIA+. Ameaças persistemNo entanto, os direitos humanos da comunidade LGBTQIA+ estão ameaçados por uma rede extremista de organizações e ativistas antidireitos, coordenada globalmente e bem financiada, que gasta milhões promovendo ódio e divisão social, além de propor leis cada vez mais severas para punir pessoas LGBTQIA+. Ataques a esta comunidade violam os direitos humanos e minam a saúde pública. O momento que vivemos não é seguro e exige coragem e solidariedade de todas as pessoas. O Mês do Orgulho sempre foi tanto sobre protesto e comemoração, quanto sobre celebração. As pessoas que participaram das primeiras manifestações em Nova Iorque, há mais de 50 anos, sabiam que o ORGULHO era o antídoto para o estigma e a discriminação – uma rejeição do sentimento de vergonha que outras pessoas tentavam impor sobre elas. Movimentos liderados por ativistas LGBTQIA+ impulsionaram grande parte do progresso alcançado na proteção dos direitos humanos e da saúde de todas as pessoas. Momento crucial Hoje estamos em um momento crucial: o fim da AIDS como ameaça à saúde pública pode ser alcançado ainda nesta década, mas o progresso está em risco devido ao retrocesso nos direitos humanos. Em um momento em que o apoio a quem defende os direitos humanos é vital e urgente, os recursos financeiros de apoio para organizações da sociedade civil estão diminuindo, à medida que os países doadores cortam seus orçamentos. A evidência é nítida: o estigma mata. Mas o caminho oposto, que é o da solidariedade, salva vidas.Este é um momento para solidariedade. Este é um momento para ORGULHO.Saiba mais e faça sua parte:Siga @unaidsbrasil nas redes e visite a página do UNAIDS no Brasil: https://unaids.org.br/Participe da campanha ONU Livres & Iguais, a campanha global das Nações Unidas para a igualdade LGBTQIA+: https://www.unfe.org/pt/
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História
06 junho 2024
Acessibilidade e dignidade: promovendo espaços verdes inclusivos na maior cidade da América Latina
A paulistana Rafaela Moreira de Freitas é uma pessoa rara: simpática, consciente e combativa, não deixa que ninguém fale por ela aquilo que quer expressar, independentemente dos desafios que a vida impõe. Nascida e criada na maior metrópole da América Latina, ela sempre apreciou os refúgios de verde que encontra em plena cidade cinza, contente em poder estar em meio à natureza – e desejando que essa sensação fosse ainda mais acessível para todos.Rafaela é, também, uma mulher com uma deficiência física rara: portadora de ataxia espinocerebelar, uma doença que causa a degeneração progressiva do cerebelo e suas vias, levando a alterações do equilíbrio e de outras funções, ela tem visto os mesmos parques de São Paulo em que corria, anos antes, cada vez mais distantes de poderem recebê-la novamente.Não por falta de vontade, nem de força de vontade – ambas, a estudante de Ciências Sociais e integrante do Conselho Municipal de Transporte e Trânsito de São Paulo tem de sobra. Mas por falhas na acessibilidade."A gente não está nos parques porque não tem acessibilidade.""E para mim foi muito difícil, porque eu estava acostumada com uma rotina que mudou há seis anos. Eu não nasci [assim], eu me tornei assim", explica Rafaela, avaliando de maneira ampla o quanto essas áreas verdes, antes tão convidativas, se tornaram locais de difícil acesso.Avaliar os parques para promover mudanças em São Paulo – incluindo a percepção de Rafaela e de centenas de pessoas que estão participando de avaliações, capacitações e oficinas – é um dos objetivos do Viva o Verde SP, parceria entre o ONU-Habitat e a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente (SVMA), da Prefeitura de São Paulo. E a disposição para absorver essa amálgama de percepções de mundo é, para Rafaela, um dos destaques da iniciativa. Na análise dos mais de cem parques da capital paulista, foi aplicada a Avaliação de Espaços Públicos da Cidade (City-Wide Public Space Assessment), ferramenta do Programa Global de Espaços Públicos do ONU-Habitat. De outubro a dezembro de 2023, agentes de pesquisa visitaram parques urbanos, lineares, de orla e naturais para realizar a observação detalhada da estrutura de cada um."Por que as pessoas com deficiência não frequentam os parques?", instiga Rafaela. "Poucos locais têm brinquedos com acessibilidade. Os banheiros acessíveis ficam trancados: se estivermos com um acompanhante, o que nem sempre é o caso, precisamos que peçam para abrir o banheiro. Não tem um funcionário que se comunique por Libras... é esse tipo de experiência que nós passamos. São coisas pequenas, e eu fico triste porque a gente não é menos cidadão, paga imposto igual, tem direito à cidade igual", destaca. O coordenador de programas do ONU-Habitat, Jordi Sánchez-Cuenca, salienta que o Viva o Verde SP segue o princípio da Agenda 2030 de não deixar ninguém para trás. "Neste mesmo espírito, as ferramentas que estamos aplicando em São Paulo têm a acessibilidade universal no espaço público como uma questão central.""O Viva o Verde SP também cumpre a legislação específica e as políticas públicas nacionais e municipais para as Pessoas com Deficiências: o projeto está fortalecendo a abordagem intersetorial na implantação e gestão dos parques municipais, juntando meio ambiente, inclusão, acessibilidade, lazer, saúde, segurança e governança democrática", reforça ele.A parceria e o ativismo de Joana Darc e VitoriaDo artesanato à pintura, da televisão às redes sociais, Vitoria Regia Rosalvo tem muitos hobbies e talentos. Sempre com o apoio da mãe, Joana Darc Rosalvo – do nome forte, de uma guerreira e santa francesa, essa mãe guarda especial orgulho –, Vitoria explora diversas possibilidades na vida. Aos 38 anos, carrega força por onde passa. Ela nasceu com paralisia cerebral espástica, que dificulta sua mobilidade e provoca espasmos e movimentos involuntários.Joana, assim como a filha, também não para: é palestrante, coordenadora do projeto Vozes Femininas, artesã, auxiliar de enfermagem e ainda estudante de Serviço Social. Na casa onde mora, decorada com diversos quadros pintados por Vitoria, ela cultiva um jardim que é seu xodó: um respiro de natureza no povoado distrito de Brasilândia, na zona norte da capital paulista.Joana Darc e Vitoria também participaram das ações do Viva o Verde SP, avaliando parques, mostrando as dificuldades que passam e sugerindo melhorias. "A sensação de estar dentro do parque é de liberdade, de um ar mais puro. É maravilhoso", celebra Joana. "Nós não temos o hábito de ir em parques por uma questão de acessibilidade. Esse é um dos pontos fundamentais para não irmos: nem nós, nem pessoas com deficiência em geral. Então foi muito rica essa troca. E, para nós, foi ainda mais especial porque tivemos a oportunidade de mostrar para outras pessoas o mundo da pessoa com deficiência". Além de avaliar os mais de cem parques urbanos da cidade, o Viva o Verde SP prevê análises específicas de dez desses espaços, a elaboração de planos de gestão e a promoção de inovação financeira para a manutenção dos espaços públicos verdes. Um dos grandes focos da iniciativa é a participação popular – diferencial necessário para abarcar diversidades.Ainda há um longo caminho, porém, para que os desejos de pessoas como Rafaela, Joana Darc e Vitoria sejam contemplados e mais parques se tornem, de fato, convidativos para todas as pessoas. "Com apoio do ONU-Habitat, através do Viva o Verde SP, os parques paulistanos receberão melhorias que permitirão que a Rafaela, a Joana Darc, a Vitoria possam frequentar todos os parques de São Paulo sem barreiras e com segurança", destaca Jordi, coordenador da iniciativa.Joana reflete que todos os dias busca promover a inclusão, mas precisa provar a própria capacidade e a da filha, "para que as pessoas não te olhem de cima pra baixo". "Todo dia, lutamos para não permitir que nos diminuam, para mostrar que sabemos do que estamos falando. Com quem se dispõe a de fato nos ouvir, vemos que a escuta ativa muda a visão da pessoa. E eu não deixo barato. Cada vez que vou enfrentar um desafio, eu e a Vi, lembro do que essas batalhas representam. E nós estamos aqui para vencê-las". Para saber mais sobre o Viva o Verde SP, siga @onuhabitatbrasil nas redes!Essa história integra a série de destaques da ONU Brasil para o Dia Mundial do Meio Ambiente 2024. Visite a página da campanha e faça parte da #GeraçãoRestauração: https://www.worldenvironmentday.global/pt-br
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Notícias
04 julho 2024
Autoridades reafirmam a validade do Consenso de Montevidéu sobre População e Desenvolvimento
O Consenso de Montevidéu sobre População e Desenvolvimento continua mais válido do que nunca e é um roteiro regional fundamental para alcançar um desenvolvimento mais inclusivo, produtivo e sustentável na América Latina e no Caribe, reafirmaram autoridades e delegados de países da região durante a abertura da Quinta Reunião da Conferência Regional sobre População e Desenvolvimento, que está sendo realizada até quinta-feira, 4 de julho, no Centro de Convenções de Cartagena das Índias, Colômbia.Na abertura da reunião, que reúne mais de 560 pessoas, incluindo representantes de países da região, agências das Nações Unidas e organizações regionais, multilaterais e da sociedade civil, os participantes destacaram as conquistas do Consenso de Montevidéu sobre População e Desenvolvimento e abordaram os desafios para sua implementação 30 anos após o Programa de Ação da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento (ICPD). Eles também discutiram o progresso e os desafios para garantir o pleno exercício dos direitos das pessoas com deficiência, um dos temas centrais da reunião. A Conferência foi aberta pelo ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Luis Gilberto Murillo Urrutia; o secretário executivo adjunto da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), Javier Medina Vásquez, representando o Secretário Executivo da CEPAL José Manuel Salazar-Xirinachs; a diretora regional para a América Latina e o Caribe do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), Susana Sottoli; a embaixadora de Honduras em Missão Especial para Assuntos da Mulher e Presidente da 57ª sessão da Comissão de População e Desenvolvimento das Nações Unidas, Noemí Espinoza; e o ministro de Planejamento do Desenvolvimento do Estado Plurinacional da Bolívia, Sergio Cusicanqui. "A Colômbia promove a paz em todas as suas expressões. Essa paz não significa somente a ausência de conflitos, mas também a igualdade de gênero, o acesso universal à saúde, incluindo os direitos sexuais e reprodutivos. Significa uma velhice digna e a garantia dos direitos das populações tradicionalmente excluídas", disse o ministro das Relações Exteriores, Luis Gilberto Murillo.Ele acrescentou que "o futuro é tarefa de todos nós, e é por isso que estou satisfeito com o fato da sociedade civil, as pessoas e as comunidades estarem aqui. Vamos aproveitar esse espaço para gerar soluções conjuntas, vamos chegar a acordos. Porque enfrentamos muitas ameaças à agenda de direitos e temos que nos articular e encontrar pelo menos os cinco pontos comuns mais importantes pelos quais temos que lutar".Em seu discurso de abertura, o secretário executivo adjunto da CEPAL, Javier Medina, enfatizou que, onze anos após sua aprovação, o Consenso de Montevidéu continua nos incentivando a fortalecer e aprofundar o enfoque de direitos humanos com uma perspectiva de gênero, interculturalidade e interseccionalidade na elaboração e implementação de políticas públicas e programas destinados a melhorar o bem-estar da população."À luz dos resultados alcançados e dos desafios que enfrentamos, é necessário concentrar nossos esforços em aprofundar o caminho que percorremos, bem como em fortalecer os pontos fortes que tornaram o Consenso de Montevidéu um instrumento tão poderoso e nossa Conferência Regional um fórum que nos incentiva a reivindicar o valor da diversidade".Ele também instou os países a "continuar construindo um sonho na América Latina e no Caribe, o sonho de um desenvolvimento mais sustentável, forjado com base no diálogo, fruto da cooperação regional e de uma visão compartilhada do futuro, em que a prosperidade para todos, a democracia, a garantia dos direitos humanos e o cuidado com nossas crianças andem de mãos dadas".A diretora regional do UNFPA, Susana Sottoli, por sua vez, disse que as evidências revelam o progresso da região nos últimos 30 anos em termos de saúde materna, planejamento familiar e transformação de normas discriminatórias de gênero. No entanto, os dados também mostram que milhões de pessoas ainda enfrentam obstáculos para exercer plenamente seus direitos."Trinta anos após a Conferência Internacional do Cairo sobre População e Desenvolvimento e 11 anos após o Consenso de Montevidéu, estamos em um ponto de inflexão crítico. Precisamos acelerar os esforços se quisermos tornar a promessa do Cairo uma realidade para milhões de meninas, adolescentes e mulheres em nossa região".A embaixadora Noemí Espinoza pediu que se tenha em mente o que o Consenso de Montevidéu aponta: que a pobreza em todas as suas manifestações representa em si a negação de direitos e que sua erradicação é um imperativo moral para a América Latina e o Caribe que os governos devem assumir.Por fim, em uma mensagem de vídeo, o ministro da Bolívia, Sergio Cusicanqui, destacou os esforços da região para continuar promovendo a implementação do Consenso de Montevidéu, embora tenha reconhecido que ainda há muito a ser feito, principalmente em relação à igualdade de gênero, à saúde sexual e reprodutiva e aos direitos dos grupos mais vulneráveis. Após a inauguração, a CEPAL apresentou o documento População, Desenvolvimento e Direitos na América Latina e no Caribe, que constitui o segundo relatório regional sobre a implementação do Consenso de Montevidéu sobre População e Desenvolvimento e representa a contribuição da região para o ciclo quinquenal de revisão e avaliação global da implementação do Programa de Ação da CIPD.O documento reflete o progresso e as conquistas da região na implementação do Consenso de Montevidéu de 2018 a 2023 e concentra-se nos principais desafios remanescentes na agenda de população e desenvolvimento, que contribuem para que a América Latina e o Caribe continuem sendo uma das regiões mais desiguais do mundo.Transmissão ao vivo: Mais informações:Página da Quinta Reunião da Conferência Regional sobre População e Desenvolvimento na América Latina e no Caribe.Registro para jornalistas e representantes da mídia.Programa completo da reunião.Documento: População, desenvolvimento e direitos na América Latina e no Caribe: Segundo relatório regional sobre a implementação do Consenso de Montevidéu sobre População e Desenvolvimento.Galeria de fotos.Contato para imprensa:Unidade de Informação Pública da CEPAL em Santiago, Chile: prensa@cepal.org
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03 julho 2024
Em parceria com o Ministério Público do Trabalho, UNOPS equipa escola com itens de informática
O Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS) está apoiando o Ministério Público do Trabalho (MPT) na promoção de ações de inclusão digital para populações ribeirinhas no Pará. O organismo da ONU, especializado em gestão de projetos, realizou a aquisição e entrega de equipamentos de informática para a Escola Municipal de Ensino Fundamental Professor Antônio de Sousa Pedroso, localizada em Alter do Chão, um dos distritos do município de Santarém, situado às margens do Rio Tapajós. Os novos equipamentos beneficiarão alunos e funcionários da escola, além de pessoas que moram na vila. “A informática é um sonho antigo da comunidade escolar, que sempre lutou para obter computadores para atender à alta demanda de jovens interessados em ingressar no mercado de trabalho e de crianças que necessitam se inserir no mundo digital”, afirma o professor Geremias Souza Santos, coordenador do Núcleo Tecnológico do município de Santarém.A escola atende turmas da pré-escola ao 9º ano e de Educação de Jovens e Adultos (EJA). Ao todo, foram entregues 24 computadores com periféricos e monitores, 24 fones de ouvido, 24 webcams, 12 filtros de linha, 2 impressoras, 24 adaptadores de wifi e um 1 projetor LCD. A unidade também é um ponto central para várias comunidades da região, incluindo Curucurui, Caranazal e Alter do Chão, e frequentemente sedia eventos comunitários.A aquisição dos equipamentos ocorreu no âmbito do Projeto Àwúre, uma iniciativa do MPT, em parceria com o UNOPS, a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS). O projeto visa promover o respeito pela identidade, diversidade e pluralismo de comunidades tradicionais, como povos indígenas, negros, quilombolas, ribeirinhos e praticantes de religiões de matriz africana, combatendo a discriminação, a intolerância, a violência e o racismo. "A entrega desses equipamentos representa um avanço significativo na inclusão digital e na capacitação profissional de adolescentes e jovens das comunidades ribeirinhas de Alter do Chão, em Santarém”, destaca a procuradora Tatiana Amormino, coordenadora Nacional do Subgrupo Comunidades Tradicionais Ribeirinhas do Grupo de Trabalho Povos Originários, Comunidades Tradicionais e Periféricas do MPT.“Essa iniciativa permitirá que essas comunidades tenham acesso a ferramentas essenciais para o aprendizado e desenvolvimento de habilidades fundamentais para a inserção no mercado de trabalho. Além disso, a implantação desses recursos ajudará a combater o trabalho infantil e a prevenir riscos sociais, proporcionando um ambiente mais seguro e produtivo para a juventude local".A reversão dos recursos para a aquisição dos equipamentos foi uma iniciativa do Subgrupo Comunidades Tradicionais Ribeirinhas. “Ações como essa fazem parte das medidas afirmativas e de reparação histórica fomentadas pelo MPT para fortalecer os direitos e a qualidade de vida de povos originários e comunidades tradicionais”, explica Tatiana.“O UNOPS vem apoiando o MPT em ações de promoção dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030, com atividades em vários pontos do território brasileiro. Com essa iniciativa, conseguimos trazer os insumos necessários para que essas comunidades tenham acesso a capacitações, conhecimentos e uma série de coisas que ajudam a melhorar as perspectivas profissionais”, comenta Cecília Abdo, gerente adjunta do projeto com o MPT no UNOPS.Para saber mais, siga @canal_awure nas redes e visite o Portal Àwúre: https://www.awure.com.br/
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02 julho 2024
PNUMA e Ministério de Meio Ambiente assinam acordo para reforçar ações ambientais no Brasil
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e o Ministério de Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) assinaram nesta segunda-feira (1º/7) memorando de entendimento para reforçar a colaboração no combate à mudança do clima, perda de biodiversidade, resíduos e poluição. O acordo marca o 20º aniversário do escritório do Pnuma no Brasil e fortalece a colaboração com o governo brasileiro nas agendas ambientais e de desenvolvimento sustentável. O documento estabelece avanços em políticas e ações ambientais no país, com benefícios para a sociedade e o meio ambiente, e reforça o comprometimento com a redução das desigualdades sociais no país e a garantia de um ambiente seguro e saudável.“Estamos felizes de renovar nossa parceria, mas também queremos aproveitar esta oportunidade para ampliar o escopo de nossa atuação conjunta. Estamos em um doloroso processo de reconstrução no Rio Grande do Sul, que já demandou R$ 91 bilhões. O Pantanal enfrenta uma estiagem severa, evidenciando a necessidade urgente de planos para a gestão de riscos, em vez da mera gestão de desastres”, afirmou a ministra Marina. Para Andersen, do PNUMA, "a assinatura deste acordo com o Brasil ressalta nosso compromisso contínuo com o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável em uma das regiões de maior biodiversidade do mundo”. “Temos o prazer de dar continuidade à nossa parceria com o Brasil e transformar nossos planos estratégicos em ações impactantes para acelerar os avanços em desafios ambientais ligados às mudanças climáticas, à perda da natureza e da biodiversidade e à poluição e ao desperdício", afirmou a diretora-executiva do PNUMA. O memorando descreve o apoio do PNUMA em quatro áreas principais: ação climática, ação para a natureza, ação contra produtos químicos e poluição e fortalecimento da governança ambiental.Ação climática: A colaboração apoiará o desenvolvimento do Plano Nacional sobre Mudança do Clima (Plano Clima), que inclui estratégias nacionais e plano setoriais de adaptação e mitigação. Também destaca a integração de soluções baseadas na natureza em planos de ação climática subnacionais, estratégias e instrumentos de governança para zonas costeiras, marinhas e oceânicas e esforços para combater a poluição plástica.Ação para a natureza: Iniciativas incluem a implementação da nova Estrutura Global de Biodiversidade, o desenvolvimento da Estratégia Nacional de Bioeconomia e o aprimoramento dos mecanismos de financiamento para a conservação da natureza. O acordo também apoia a regulamentação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) e promove medidas eficazes de conservação baseadas em áreas em todo o Brasil.Ação contra produtos químicos e poluição: A parceira facilita a cooperação no desenvolvimento de estudos e projetos alinhados com os compromissos da Convenção de Minamata, na elaboração da Estratégia Nacional de Economia Circular e em programas destinados a melhorar a qualidade do ar e gerenciar poluentes climáticos de vida curta, como metano e carbono negro.Fortalecimento da governança ambiental: O acordo inclui esforços de colaboração para reforçar a governança ambiental, como o apoio à presidência brasileira do G20 com consultoria especializada em sustentabilidade ambiental e questões climáticas. Um elemento fundamental dessa cooperação é o desenvolvimento do GEO Brasil, que avaliará as condições ambientais do país, avaliará a eficácia das políticas atuais e preverá tendências ambientais futuras.Esse memorando é um testemunho do compromisso compartilhado do PNUMA e do governo brasileiro de construir um futuro sustentável por meio de uma sólida gestão ambiental.NOTAS AOS EDITORESSobre o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA)O PNUMA é a principal voz global sobre o meio ambiente. Proporciona liderança e incentiva a parceria no cuidado com o meio ambiente, inspirando, informando e permitindo que nações e povos melhorem sua qualidade de vida sem comprometer a qualidade de vida das gerações futuras.Contato para a imprensa unep-newsdesk@un.org - Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
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28 junho 2024
Entrevista: "Somos uma família arco-íris"
"É de extrema importância para nós [pessoas LGBTIQ+] ter um aliado dentro da família. Todas as pessoas na família são importantes. Ter o apoio dos meus filhos foi fundamental para que eu tivesse forças para lutar pelos meus direitos."A icônica cantora e compositora brasileira Daniela Mercury tem sido uma defensora do programa Livres & Iguais da ONU há quase uma década. A mãe de cinco filhos é casada com Malu Verçosa, com quem tem três filhas. Daniela e sua filha mais velha com Malu, Márcia, se juntaram à ONU Livres & Iguais para uma entrevista especial. Sentadas lado a lado em um sofá em sua casa, elas discutiram sobre a importância do apoio, da aceitação e do poderoso impacto das relações de aliança em sua própria família "arco-íris" e na vida LGBTIQ+ em geral.Pergunta: Como os filhos podem ser aliados de seus pais LGBTIQ+? Como foi o início dessa jornada para Márcia?Daniela: Eu tenho cinco filhos. A Márcia é a terceira. Ela tem 26 anos, é advogada e tem sido uma aliada minha e da Malu desde pequena, desmistificando a forma como as pessoas nos veem e o que é uma família "arco-íris".Márcia: Meu papel como aliada começou na escola. Fiquei mais consciente porque todos vinham até mim e perguntavam: "Como é ter duas mães?" Desde a escola eu tinha que explicar que eu vivia normalmente assim como elas. Chego em casa, almoço com minha família, brinco com minhas irmãs, converso com minhas mães, brigo, discuto, como todo mundo! As pessoas costumam pensar que se trata de algo incomum ou complicado, mas na verdade é a coisa mais simples do mundo: uma família como qualquer outra. Daniela: Discutir o significado de "normal" também é defender!Márcia: Exatamente! Tenho muitos amigos homens, então o ambiente às vezes pode ser um pouco machista e até mesmo homofóbico. Educar por meio de pequenas ações - como questionar piadas ofensivas - pode parecer insignificante, mas é aí que a mudança começa, e isso faz a diferença. P: Qual é a importância de que pessoas LGBTIQ+ tenham aliados em suas próprias famílias? Daniela: É de extrema importância para nós [pessoas LGBTIQ+] ter um aliado dentro da família. Todas as pessoas na família são importantes. Ter o apoio dos meus filhos foi fundamental para que eu tivesse forças para lutar pelos meus direitos. Se eu tivesse que discutir com meus filhos em casa e enfrentar suas reações negativas à minha orientação sexual, teria sido muito difícil para Malu e eu superarmos os desafios e mantermos uma família unida, consciente e feliz. Somos abertamente uma família “arco-íris” feliz, apesar dos desafios que enfrentamos. E como uma família, estamos lado a lado contra a discriminação e o preconceito.P: O que te motiva no teu papel de aliada das tuas mães?Márcia: A luta [pela igualdade] é crucial, mas o aspecto mais fundamental de ser uma aliada é o amor. O amor é o que vai mover você. Essa aliança cria uma rede de apoio, o que é essencial porque as pessoas LGBTIQ+ já enfrentam muitas dificuldades. Como pessoas aliadas, proporcionamos o conforto de ter alguém com quem conversar e de estar ao seu lado em sua causa. Já é bastante desafiador ter de explicar as coisas e lidar com a discriminação fora de casa, então ter apoio em casa é incrivelmente importante. Ter amigos e familiares que ofereçam um espaço acolhedor, amoroso e respeitoso é uma das coisas mais importantes que podemos oferecer como aliados. P: Daniela, você falou sobre como o apoio de seus filhos, incluindo o da Márcia, influenciou sua jornada. Como seus pais afetaram essa situação?Daniela: Durante toda a minha vida, tenho falado sobre a importância de ter meus pais como aliados, na verdade, toda a família, meus irmãos, meus filhos. Se eu não tivesse essa força, esse apoio e essa aceitação, teria sido muito difícil para mim. Eu teria continuado a lutar por igualdade, mas não me sentiria respeitada e acolhida em casa.Malu e eu nos casamos oficialmente, com nossos pais ao nosso lado. Meu pai tem 95 anos e minha mãe 85, então tudo isso era novo para eles. É incrivel vê-los como nossos aliados, amando a Malu e acolhendo nosso relacionamento e nossa família. Elas também adoram as três filhas que tenho com a Malu, o que torna tudo ainda mais maravilhoso.Minha mãe é uma forte defensora dos direitos humanos. Meu pai, por outro lado, teve de superar suas barreiras internas, o que é compreensível, dada a natureza geralmente sexista, homofóbica e transfóbica da sociedade. Todos temos esses preconceitos dentro de nós. P: Como seu pai se tornou mais um aliado com o passar do tempo?Daniela: É um desafio para cada um de nós romper com esses preconceitos, e é ainda mais difícil para pessoas mais velhas que passaram a vida em famílias heterossexuais tradicionais. Eu já havia sido casada com homens antes, então essa foi uma experiência nova para meus pais. Ainda assim, por amor, meu pai acolheu. A princípio, ele disse: "Você vai falar sobre isso publicamente?" E eu disse a ele: "Eu vou, pai, é importante. Você me ensinou a ser corajosa, a lutar pelo que eu sou, pelo que eu acredito. E eu não tenho vergonha nenhuma de ser quem eu sou.” Ele entendeu. P: Marcia, como você lida com situações em que ouve comentários negativos sobre relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo ou pessoas LGBTIQ+?Márcia: Sempre que estou em uma situação em que vejo algo que não está certo, eu me pronuncio. Uma vez eu fui a um açougue e estava conversando com o rapaz enquanto ele cortava uma carne e ele estava me dizendo o quão ele achava absurdo duas pessoas do mesmo sexo estarem se relacionando. Eu comecei a explicar: "Tenho duas mães, uma família, duas irmãs, vou para a faculdade, elas vão para a escola, assim como você, assim como sua família." E, no final da conversa, ele parou, entendeu e disse: “Nossa, realmente… Eu vou estudar um pouco mais sobre isso...” Sempre houve diferentes tipos de famílias, não apenas as famílias arco-íris, mas também mães solteiras ou crianças que são criadas pelos avós.P: O que você diria àqueles que gostariam de ser aliados das pessoas LGBTIQ+, mas não sabem por onde começar?Daniela: Nós precisamos de aliados. Minha filha é uma aliada que tenho muito orgulho de ter. Primeiro por amor, depois por consciência de nossa causa. Acredito que devemos incentivar todos a serem aliados. Ao longo de minha vida, conheci muitas pessoas que lutam pela igualdade, que lutaram antes de mim e outras que lutarão depois de mim.Quero que o mundo inteiro seja aliado, que seja nosso aliado, por amor ou por sua humanidade, bondade, respeito e desejo de que este mundo seja acolhedor para toda a diversidade humana. Obrigada, obrigada minha filha. Te amo. Márcia: Te amo!Para saber mais, siga @onuderechoshumanos nas redes e participe da campanha ONU Livres & Iguais: https://www.unfe.org/pt/
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28 junho 2024
ONU-Habitat e São Gonçalo iniciam parceria para fortalecer gestão de dados
A iniciativa Fortalece São Gonçalo, fruto da parceria entre o Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat) e a Prefeitura de São Gonçalo, foi oficialmente lançada em evento realizado no Teatro Municipal de São Gonçalo. A parceria visa fortalecer o planejamento e a gestão do município da Região Metropolitana do Rio de Janeiro por meio da geração e análise de dados, apoiando a construção de políticas urbanas baseadas em evidências. Realizada por meio da Secretaria de Gestão Integrada e Projetos Especiais, a iniciativa vai permitir que São Gonçalo esteja mais capacitada para lidar com desafios urbanos existentes e futuros, além de promover a participação ativa da população na construção de uma cidade mais inclusiva. “A iniciativa Fortalece São Gonçalo soma ao trabalho do município o planejamento e a implementação de políticas públicas alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e à Nova Agenda Urbana, criando instrumentos para fortalecer a gestão pública e não deixar ninguém e nenhum lugar para trás”, ressalta a oficial nacional do ONU-Habitat para o Brasil, Rayne Ferretti Moraes. “Hoje foi um dia importante para seguirmos no caminho de desenvolvimento da nossa cidade, com a apresentação dos resultados do Plano Estratégico Novos Rumos e o lançamento do projeto Fortalece São Gonçalo, parceria com o ONU-Habitat. Com ações assertivas e a aplicação de políticas públicas baseadas em dados, vamos seguir transformando a nossa cidade para o futuro”, disse o prefeito de São Gonçalo, Capitão Nelson. Entre as ações previstas, está a criação do Observatório de Políticas Públicas de São Gonçalo, plataforma que visa reunir dados, informações e indicadores de diversas áreas para alinhar e monitorar as ações, projetos e programas do município com as agendas globais de desenvolvimento, medindo sua atuação para a redução das desigualdades. Seu objetivo é orientar a gestão pública com evidências e apoiar no planejamento de ações do governo, na priorização de recursos e nos processos de monitoramento e avaliação das políticas. Também estão previstos a instalação do Laboratório Urbano Sustentável, que busca soluções para promover abordagens colaborativas e soluções inovadoras; um diagnóstico de segurança urbana, realizado com a comunidade local em territórios-piloto para apoiar estratégias e ações de prevenção ao crime; a realização de oficinas participativas de desenho de espaços públicos para planejar, projetar e gerenciar espaços públicos; e a capacitação de gestores para análises e elaboração de políticas urbanas por meio do uso de dados. “A iniciativa visa apoiar a prefeitura no uso de metodologias colaborativas aplicadas na análise e formulação de políticas públicas e busca caminhar próximo à sociedade civil. Entre as ações previstas, duas serão construídas a partir das comunidades: o Diagnóstico de Segurança Urbana, que irá realizar levantamentos participativos em 10 territórios, com foco em meninas e mulheres; e as Oficinas de Desenho de Espaços Públicos, que contarão com a participação de crianças e jovens para desenvolver desenhos de uma cidade para todas as idades”, disse o coordenador de Programas do ONU-Habitat, Marcus Fiorito.“As ações com o ONU-Habitat ajudam o município a entrar em uma pauta global, mostrar que conseguimos usar bem os recursos que recebemos e mostram o nosso município para o mundo. Vamos agir com o ONU-Habitat, e pretendemos manter o legado de construir políticas públicas através de dados, com evidências e o apoio da tecnologia e da inovação”, afirmou a secretária de Gestão Integrada e Projetos Especiais, Rafaela de Santana Ribeiro.Identidade visual Para traduzir em imagens os principais objetivos da iniciativa, a equipe do ONU-Habitat, em parceria com a Secretaria de Comunicação Social, desenvolveu uma identidade visual com cores que dialogam com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável prioritários no projeto – o ODS 11, Cidades e Comunidades Sustentáveis, e o ODS 17, Parcerias e Meios de Implementação. A partir de elementos sociais e territoriais de São Gonçalo, a logomarca desenvolvida pretende representar o futuro que a cidade busca construir, com espaços públicos de qualidade, seguros e mais inclusivos, sem deixar ninguém e nenhum território para trás. Próximos passosO Observatório de Políticas Públicas de São Gonçalo irá lançar sua primeira análise temática em breve, com avaliações e recomendações para a área de Gestão em Saúde Pública para apoiar políticas públicas e, assim, aprimorar o atendimento à população gonçalense. Ao longo do contrato serão três cadernos temáticos lançados sobre diferentes campos de políticas públicas.Para saber mais, siga @onuhabitatbrasil nas redes!Contato para imprensa: Aléxia Saraiva, ONU-Habitat: alexia.saraiva@un.org
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