Depois dos confrontos violentos entre jogadores uruguaios e adeptos colombianos, na meia-final da Copa América entre Uruguai e Colômbia, a Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL) anunciou, esta quinta-feira, a abertura de um inquérito relativamente ao sucedido.

A CONMEBOL refere que se pretende «elucidar a sequência de factos e responsabilidades dos envolvidos» nesses incidentes. «Na véspera da final da nossa Copa América, queremos ratificar e advertir que não se tolerará qualquer ação que afete uma festa mundial do futebol, na qual estão envolvidos os protagonistas e os adeptos presentes no estádio de uma final vista por centenas de milhões de espectadores em todo o mundo», afirma o organismo.

Anteriormente, a CONMEBOL já havia condenado «qualquer ato de violência que afete o futebol».

De recordar que a situação ocorreu na madrugada desta quinta-feira, envolvendo vários jogadores, entre os quais o ex-Benfica Darwin Núñez, Ronald Araújo, do Barcelona, e José Giménez, do Atlético Madrid, que foram defender as respectivas famílias que estavam a ser atacadas por adeptos adversários.

«Convidamos todos para os dias que faltam (para terminar a prova) a dedicar toda a sua paixão em apoiar as suas equipas e fazer uma festa inesquecível», destacou a CONMEBOL.

Ignacio Alonso, presidente da Associação Uruguaia de Futebol, destacou o papel dos jogadores no momento e criticou a organização pelo sucedido.

«Até agora, o que tivemos foi um diálogo interno, sabendo que houve uma reação natural, instintiva, de um pai, de um marido, de um irmão, de um filho, ao ver a família num momento complicado e ver que não permitiram a evacuação para o campo, que é o que indica o protocolo», disse.

De referir que, apesar da confusão nas bancadas, o Uruguai acabou por perder, por 1-0, e a Colômbia segue para a final com a Argentina.