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    Na disputa mais acirrada da hist�ria, Dilma � reeleita presidente do Brasil

    DE S�O PAULO

    26/10/2014 20h07

    Na disputa presidencial mais acirrada da hist�ria, Dilma Rousseff (PT) � reeleita presidente do Brasil. Com vit�ria apertada em Minas (52% dos votos), a petista perdeu em S�o Paulo: teve 35%, ante 64% de A�cio Neves (PSDB).

    Neste domingo (26), a petista derrotou A�cio Neves (PSDB) somando 51% dos votos v�lidos, ante 48% do tucano. A diferen�a entre os dois � a menor observada entre dois finalistas de uma elei��o presidencial desde o fim da ditadura militar e a redemocratiza��o do pa�s. Pela 3� vez seguida, brasileiros d�o novo mandato a um presidente.

    A reelei��o de Dilma representa um triunfo de ordem pessoal e outro de natureza pol�tica. Criticada por ministros do seu governo e dirigentes do pr�prio partido, o PT, a presidente venceu apesar do desempenho ruim na economia e ao final de uma campanha marcada pelo desejo de mudan�a da maioria do eleitorado.

    A vit�ria de Dilma tamb�m � um trof�u para o PT, que chegou ao poder com Luiz In�cio Lula da Silva em 2002 e agora ganhou o direito de ocupar o Pal�cio do Planalto por mais quatro anos, completando 16 anos no poder. Nenhuma outra for�a pol�tica do pa�s alcan�ou essa marca desde a volta da democracia. Esta foi a sexta elei��o presidencial em que petistas e tucanos se enfrentaram na final, e a quarta que o PT venceu.

    "Esta presidenta est� disposta ao di�logo e este � o meu primeiro compromisso", afirmou Dilma ap�s a confirma��o de sua reelei��o, num discurso em que rejeitou a ideia de que o pa�s saiu dividido da elei��o por causa da agressividade da campanha eleitoral.

    O maior desafio da presidente reeleita ser� recuperar a credibilidade de sua pol�tica econ�mica e reconquistar a confian�a dos investidores. Outro ser� recuperar o apoio de partidos que a apoiavam no Congresso e se afastaram do governo durante a campanha.

    As negocia��es ocorrer�o em meio � tens�o causada pelas investiga��es do esc�ndalo na Petrobras, estimuladas pelos depoimentos de um ex-diretor da estatal e um doleiro que acusam o PT e seus aliados de montar um esquema para desviar recursos da empresa para os partidos que apoiam Dilma no Congresso.

    APROVA��O

    O governo Dilma Rousseff � aprovado por 44% dos eleitores, segundo o Datafolha. O percentual � mais que o dobro daqueles que desaprovam seu governo: 19% o consideram ruim ou p�ssimo, enquanto 36% o avaliam como regular.

    A taxa de aprova��o de Dilma � inferior aos 52% que o ent�o presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) tinha ao final de seu primeiro mandato, em 2006, mas superior ao �ndice de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) em 1998, quando o tucano foi reeleito � Presid�ncia.

    Dilma tamb�m fica no meio dos dois ex-presidentes entre aqueles que desaprovaram os respectivos governos. Lula terminou seu primeiro mandato com rejei��o de s� 14%, contra 25% que diziam ser o governo FHC ruim ou p�ssimo.

    Lula terminou seu segundo mandato, em 2010, com a melhor avalia��o da hist�ria e conseguiu fazer sua sucessora. Em 2010, 83% dos eleitores consideravam sua gest�o �tima ou boa.

    Ap�s a gest�o Lula, 84% dos brasileiros achavam que o pa�s estava melhor do que antes. Naquele ano, a rejei��o ao governo do petista atingia s� 4% dos eleitores, e 13% o avaliavam era regular.

    Com Fernando Henrique ocorreu o oposto. Ele encerrou seus oito anos na Presid�ncia, em 2002, com aprova��o de s� 26%, �ndice inferior ao do primeiro mandato, embora 35% dissessem em 2002 que o Brasil estava melhor do que oito anos antes.

    A rejei��o ao tucano, na ocasi�o, alcan�ava 36% dos brasileiros, e ele n�o conseguiu fazer seu sucessor. Mesmo assim, FHC saiu do governo em melhor situa��o do que Jos� Sarney (1985-1990) e Fernando Collor de Mello (1990-1992), que deixou o Planalto ap�s o impeachment com apenas 9% de aprova��o.

    Itamar Franco, com 41%, tamb�m finalizou seu per�odo na Presid�ncia (1992-1994) melhor que FHC, que foi seu ministro da Fazenda na implanta��o do Plano Real e eleito na sequ�ncia. O mineiro, no entanto, havia sido eleito presidente, j� que assumiu ap�s Collor deixar o cargo.

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