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    Em reuni�o do Mercosul, Dilma critica a��es 'antidemocr�ticas'

    MARINA DIAS
    FL�VIA FOREQUE
    DE BRAS�LIA

    17/07/2015 14h14

    Diante dos movimentos pr�-impeachment que ganharam for�a na oposi��o com o agravamento da crise pol�tica no governo, a presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira (17), durante reuni�o presidencial da c�pula do Mercosul, que "n�o h� espa�o para aventuras antidemocr�ticas" na Am�rica do Sul.

    Segundo a presidente, a realiza��o peri�dica de elei��es nos pa�ses que comp�em o bloco mostram a "capacidade de lidar com diferen�as pol�ticas" por meio do di�logo.

    Pedro Ladeira/Folhapress
    Presidente Dilma Rousseff � vista ao lado do chanceler Mauro Vieira no Pal�cio do Itamaraty
    Presidente Dilma Rousseff � vista ao lado do chanceler Mauro Vieira no Pal�cio do Itamaraty

    "No ano passado, tivemos elei��es no Uruguai e no Brasil. Este ano, � a vez da Argentina e da Venezuela. A realiza��o peri�dica e regular desses pleitos demonstra capacidade de lidar com diferen�as pol�ticas por meio do di�logo, do respeito �s institui��es e da participa��o do cidad�o", disse Dilma.

    "Temos de persistir nesse caminho, evitando atitudes que acirrem disputas e incitem a viol�ncia. N�o h� espa�o para aventuras antidemocr�ticas na Am�rica do Sul, na nossa regi�o", completou.

    ECONOMIA

    Parte do discurso da presidente foi dedicado ainda ao cen�rio desfavor�vel na economia regional. Ela reconheceu que a crise "tem se mostrado persistente".

    "A recupera��o das economias mais avan�adas � fr�gil. Chegou ao fim o superciclo das commodities. Essa situa��o passou a exigir politicas econ�micas capazes de preservar a pol�tica dos �ltimos anos e retomar o crescimento", disse.

    Por isso, Dilma afirmou ser necess�rio fortalecer o interc�mbio comercial entre os pa�ses do bloco e a "fluidez das trocas".

    "A crise n�o pode ser raz�o para criar barreiras comerciais entre n�s, pelo contr�rio, temos de reformar nossa integra��o e solidariedade", concluiu.

    Ao final de seu discurso, ela prestou homenagem ainda � colega Cristina Kircher, diante da proximidade de elei��es presidenciais na Argentina.

    "Voc� ter� aqui no Brasil uma amiga sempre pronta para receb�-la e para juntas compartilharmos nossos sonhos e nossas esperan�as", afirmou com voz embargada.

    Pedro Ladeira/Folhapress
    Presidente Dilma Rousseff recebe l�der argentina, Cristina Kirchner, no pal�cio do Itamaraty
    Presidente Dilma Rousseff recebe l�der argentina, Cristina Kirchner, no pal�cio do Itamaraty

    Diante do atraso no cronograma de atividades, foi cancelada a declara��o � imprensa, prevista para o in�cio da tarde.

    ACORDO MERCOSUL-UE

    Primeiro a discursar, o presidente do Uruguai, Tabar� V�zquez, indicou certa impaci�ncia com a demora na troca de ofertas entre Mercosul e Uni�o Europeia para o acordo de livre com�rcio entre os blocos.

    "Ningu�m ignora a complexidade das negocia��es, () [mas] confiamos em poder cumprir com o dever assumido, no sentido de obter a conclus�o das negocia��es e trocar as ofertas at� o �ltimo trimestre de 2015", afirmou.

    Eleito no final do ano passado, V�zquez destacou que os presidentes devem atuar "sem perder de vista" que "este � o mandato que vivemos". "N�s precisamos dele [acordo com UE], e os demais necessitam dele", resumiu.

    O presidente do Uruguai tamb�m mostrou insatisfa��o com o potencial j� alcan�ado pelo Mercosul. "Se hoje [o bloco] n�o nos satisfaz, � porque pode e deve ser melhor. Existe um compromisso de todos os integrantes de poder melhor�-lo.

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